Púrpura: o que é, sintomas e tratamento (é grave?)

A púrpura é caracterizada por manchas ou pontos vermelhos, roxos ou marrons na pele, causados pelo acúmulo de sangue que extravasa de pequenos vasos sanguíneos.

As manchas de púrpura não desaparecem ao serem pressionadas e costumam medir de 4 a 10 mm; entretanto, se medirem entre 1 e 2 mm são chamadas petéquias e, quando ultrapassam 1 cm, são classificadas como equimoses.

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O dermatologista deve avaliar cuidadosamente a pele e os demais sintomas para identificar o tipo de púrpura e indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir medicamentos, cuidados com sangramentos e, em alguns casos, atendimento médico de urgência para evitar complicações.

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Os principais tipos de púrpura são:

1. Púrpura trombocitopênica idiopática

A púrpura trombocitopênica idiopática, também chamada de trombocitopênica imune (PTI), é uma condição em que o sangue não coagula adequadamente pela baixa quantidade de plaquetas, células responsáveis por conter os sangramentos.

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Essa redução acontece porque o próprio sistema imunológico passa a destruir as plaquetas. Esse quadro pode ser temporário, principalmente em crianças, ou persistente, sendo mais comum afetar mulheres adultas.

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Sintomas: Incluem manchas vermelhas ou roxas na pele, sangramentos nasais, sangramento nas gengivas, sangue na urina ou nas fezes, menstruação mais intensa, além de cansaço, tontura e palidez, que podem estar ligados à anemia.

Como tratar:Em situações leves, muitas vezes não é preciso usar medicamentos, apenas acompanhar a evolução da contagem de plaquetas.

Quando o tratamento é indicado, podem ser usados medicamentos que diminuem a ação do sistema imunológico, como corticosteroides, imunoglobulina intravenosa ou imunossupressores, como azatioprina e ciclosporina.

Também podem ser usados remédios que estimulam a medula óssea a produzir mais plaquetas, como Romiplostim.

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2. Púrpura trombocitopênica trombótica

A púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) é um distúrbio sanguíneo raro e grave, caracterizado pela formação de coágulos em pequenos vasos por todo o corpo.

Esses coágulos podem reduzir o fluxo de sangue para órgãos vitais, como cérebro, rins e coração, representando risco à vida. Veja mais sobre a PTT.

A púrpura trombótica (PTT) ocorre devido à deficiência ou disfunção da enzima ADAMTS13, que regula a agregação das plaquetas. Sem essa enzima, plaquetas se agrupam formando microcoágulos nos pequenos vasos.

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Sintomas: A púrpura trombótica costuma se manifestar de forma rápida e intensa, e os sinais incluem confusão ou alterações do estado mental, cansaço, dor de cabeça, náuseas, vômitos, icterícia e falta de ar.

Além de manchas roxas na pele, sangue na urina, alterações na visão, anemia e trombocitopenia, que é a baixa quantidade de plaquetas no sangue.

Leia também: Trombocitopenia: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/trombocitopenia

Como tratar: O tratamento é urgente e deve começar imediatamente, sendo normalmente recomendada a plasmaférese, que substitui o plasma da pessoa por plasma saudável, associada a corticosteroides para reduzir a inflamação. Veja o que é plasmaférese.

Também podem ser usados medicamentos que inibem o sistema imunológico, como rituximabe, ou que aumentam rapidamente a contagem de plaquetas, como o caplacizumab.

3. Púrpura senil

A púrpura senil, também chamada de púrpura actínica ou de Bateman, ocorre em idosos e é causada pelo envelhecimento e pela exposição solar prolongada, quando os vasos sanguíneos se tornam frágeis e a pele perde elasticidade e resistência.

Diferentemente de outras púrpuras, os níveis de plaquetas permanecem normais, sendo classificada como púrpura não trombocitopênica. Conheça mais sobre a púrpura senil.

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Sintomas: Manifesta-se por manchas roxas, geralmente nas áreas expostas ao sol, como braços, mãos, pernas, pescoço e face, podendo aparecer após traumas mínimos e persistir por longos períodos. 

Geralmente não causam dor ou coceira, embora a pele possa estar mais sensível ao toque.

Como tratar: A púrpura senil não necessita ser tratada, uma vez que não representa risco para a saúde e nem é indicativo de hemorragias.

No entanto, caso a pessoa se sinta incomodada, pode fazer uso de alguns tipos de cremes ou pomadas com vitamina K que ajudam a diminuir as manchas, devendo ser indicadas pelo dermatologista. 

4. Púrpura de Henöch-Schönlein

A púrpura de Henöch-Schönlein, atualmente conhecida como vasculite por IgA, é uma doença em que o anticorpo imunoglobulina A (IgA) se acumula em pequenos vasos sanguíneos, causando inflamação e vazamento de sangue.

Leia também: Púrpura de Henöch-Schönlein: sintomas, complicações e tratamento tuasaude.com/purpura-de-henoch-schonlein

A doença é mais comum em crianças entre 4 e 7 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade, e frequentemente surge após uma infecção do trato respiratório superior.

A causa da púrpura de Henöch-Schönlein ainda não é totalmente conhecida, mas acredita-se que infecções por vírus ou bactérias, possam desencadear a inflamação dos vasos sanguíneos.

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Sintomas: Entre os sintomas mais comuns estão, mancha vermelha ou roxa, dor abdominal, náuseas ou vômitos, podendo haver sangue nas fezes, dor e inchaço nas articulações, especialmente joelhos e tornozelos.

Em casos raros, pode haver inchaço nos testículos, alterações neurológicas ou problemas respiratórios.

Como tratar: Geralmente, esse tipo de púrpura desaparece sozinho, mas o tratamento pode aliviar os sintomas, e o médico pode recomendar anti-inflamatórios ou analgésicos, como ibuprofeno ou paracetamol, para reduzir a dor.

5. Púrpura induzida por medicação

A púrpura induzida por medicação ocorre quando medicamentos causam o aparecimento de manchas na pele, seja por interações medicamentosas ou pelo efeito do remédio sobre a coagulação. 

Alguns exemplos incluem trombocitopenia induzida por heparina, necrose cutânea causada por varfarina e vasculite por IgA, que podem ser desencadeadas por quimioterapia, ciclosporina A ou quinino.

Sintomas: A púrpura induzida por medicação se manifesta principalmente por manchas vermelhas ou roxas na pele ou mucosas, que podem surgir isoladas ou agrupadas, dependendo da reação ao medicamento. 

Em alguns casos, podem ocorrer sangramentos nas gengivas ou nariz, ou sinais de diminuição das plaquetas, como fadiga ou palidez.

Como tratar: O primeiro passo é identificar e suspender o medicamento causador. Além disso, tratar qualquer infecção presente ajuda a normalizar a contagem de plaquetas e reduzir o risco de sangramentos.

6. Púrpura fulminante

A púrpura fulminante é uma condição grave que ocorre principalmente em recém-nascidos, geralmente por falta de proteínas essenciais para a coagulação do sangue, ou como consequência de infecções graves, especialmente por meningococo. 

Essa deficiência leva à formação de coágulos que podem prejudicar a circulação e causar danos aos tecidos.

Sintomas: Manifesta-se por manchas vermelhas na pele que podem evoluir para áreas negras, devido à morte das células nos locais afetados. A progressão rápida das lesões é um sinal de alerta.

Como tratar: O tratamento envolve a administração das proteínas de coagulação faltantes, conforme orientação médica, além do manejo da causa da infecção, para prevenir complicações e preservar órgãos vitais.

A doença púrpura é grave?

Algumas formas de púrpura são leves e desaparecem sozinhas, enquanto outras, como a púrpura trombótica ou a púrpura fulminante, podem afetar órgãos ou a coagulação do sangue e exigem atenção médica rápida, pois podem ser graves.

Púrpura pode virar leucemia?

A púrpura não se transforma em leucemia, pois são condições diferentes. No entanto, alguns tipos de leucemia podem causar púrpura devido à baixa contagem de plaquetas ou alterações na coagulação, ou seja, a púrpura pode ser um sinal da leucemia, mas não a causa da doença.

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