A psicose é um transtorno psicológico em que o estado mental da pessoa se encontra alterado, fazendo com que viva em dois mundos simultaneamente, no mundo real e no seu imaginário, porém não consegue diferenciá-los e muitas vezes eles se fundem.
O principal sintoma da psicose são os delírios. Ou seja, a pessoa em estado de psicose não consegue distinguir a realidade da fantasia e, por isso, não sabe situar-se no tempo e no espaço e possui muitas cismas. Uma pessoa psicótica pode cismar que o vizinho de baixo o quer matar, mesmo tendo consciência de que não mora ninguém no apartamento de baixo, por exemplo.
É importante que a pessoa com comportamento psicótico seja acompanhada por um psicoterapeuta e psiquiatra para que seja possível realizar o tratamento mais adequado, sendo na maioria dos casos recomendado o uso de remédios antipsicóticos e estabilizadores do humor.

Principais sintomas
De forma geral, a pessoa psicótica apresenta maior agitação, agressividade e impulsividade, além de apresentar outros sintomas como:
- Delírios;
- Alucinações como ouvir vozes;
- Discurso desorganizado, saltando entre vários temas de conversa;
- Comportamento desorganizado, podendo passar períodos muito agitados ou muito lentos;
- Mudanças bruscas de humor ficando muito feliz num momento e depressivo logo a seguir;
- Confusão mental;
- Dificuldade para se relacionar com outras pessoas;
- Agitação;
- Insônia;
- Agressividade e autoagressão.
A psicose geralmente aparece em jovens ou adolescentes e pode ser passageira, sendo chamada de perturbação psicótica breve, ou estar relacionada a outras doenças psiquiátricas como transtorno bipolar, Alzheimer, epilepsia, esquizofrenia, ou depressão, sendo comum também em usuários de drogas.
Possíveis causas
A psicose não tem uma única causa mas diversos fatores relacionados entre si podem levar ao seu surgimento. Alguns fatores que contribuem para o desenvolvimento de uma psicose são:
- Doenças que afetam o sistema nervoso central como Alzheimer, AVC, AIDS, Parkinson;
- Insônia grave, onde a pessoa leva mais de 7 dias sem dormir;
- Uso de substâncias alucinógenas;
- Uso de drogas ilícitas;
- Momento de grande stress;
- Depressão profunda.
Para chegar ao diagnóstico de uma psicose o psiquiatra deve observar a pessoa pessoalmente tentando identificar os sintomas apresentados mas também poderá solicitar exames de sangue, raio-x, tomografia e ressonância magnética para tentar identificar se existe alguma alteração que possa estar causando a psicose ou despistar outras doenças.
Como é feito o tratamento
O tratamento para psicose deve ser direcionado pelo psiquiatra e consiste no uso de medicamentos antipsicóticos e estabilizadores de humor como risperidona, haloperidol, lorazepam ou carbamazepina.
Muitas vezes além dos medicamentos é necessário o internamento num hospital psiquiátrico onde podem ser realizados tratamentos com aparelhos elétricos para eletroconvulsoterapia. No entanto, o Ministério de Saúde só aprova esta terapia em situações específicas como risco iminente de suicídio, catatonia ou síndrome neuroléptica maligna, por exemplo.
O internamento pode demorar de 1 a 2 meses até que a pessoa esteja melhor e possa receber alta porque já não é capaz de colocar a sua vida e a dos outros em risco mas para manter a pessoa sob controle o psiquiatra pode ainda manter os medicamentos que poderão ser tomados durante anos.
Além disso, as sessões semanais com o psicólogo ou psiquiatra poderão ser úteis para reorganizar as ideias e se sentir melhor, desde que a pessoa tome os remédios de forma correta.
No caso de uma psicose no pós-parto o médico também pode prescrever medicamentos e quando a psicose coloca a vida do bebê em risco a mãe pode ser afastada deste, sendo necessário até mesmo o internamento hospitalar. Geralmente após o tratamento os sintomas desaparecem e a mulher volta ao normal, mas existe o risco dela ter uma novo quadro psicótico num outro pós-parto.