O prolactinoma é um tumor benigno localizado na hipófise, mais especificamente na glândula pituitária que leva ao aumento da produção de prolactina, que é um hormônio responsável por estimular as glândulas mamárias a produzirem leite na gravidez e durante a amamentação. O aumento da quantidade da prolactina caracteriza a hiperprolactinemia, que pode levar ao aparecimento de alguns sintomas como menstruação irregular, ausência de menstruação, infertilidade e impotência, no caso dos homens.
O prolactinoma pode ser classificado em dois tipos de acordo com o seu tamanho em:
- Microprolactinoma, que tem diâmetro menor que 10 mm;
- Macroprolactinoma, que tem diâmetro igual ou maior que 10 mm.
O diagnóstico do prolactinoma é feito por meio da dosagem de prolactina no sangue e do resultado de exames de imagem como ressonância magnética e tomografia computadorizada. O tratamento deve ser recomendado pelo endocrinologista ou neurologista de acordo com as características do tumor, sendo indicado o uso de medicamentos para regular os níveis de prolactina e aliviar os sintomas.

Sintomas de prolactinoma
Os sintomas do prolactinoma estão relacionados com o aumento da quantidade de prolactina circulante, podendo haver:
- Produção de leite materno mesmo sem estar grávida ou ter tido um parto recentemente;
- Menstruação irregular ou ausência de menstruação,
- Infertilidade;
- Impotência, no caso dos homens;
- Diminuição do desejo sexual;
- Aumento das mamas nos homens.
Apesar do aumento da quantidade de prolactina estar relacionada com o prolactinoma, também pode acontecer devido a outras situações como por exemplo síndrome do ovário policístico, hipotireoidismo, estresse, durante a gestação e amamentação, insuficiência renal, insuficiência hepática ou devido a alguns medicamentos. Conheça mais sobre as causas de hiperprolactinemia.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico do prolactinoma é feito inicialmente por meio da verificação da quantidade de de prolactina circulante e os valores podem variar de acordo com o tipo de prolactinoma:
- No caso de microprolactinoma, os valores de prolactina encontra-se entre 50 e 300 ng/dL;
- No caso de macroprolactinoma, os valores de prolactina encontra-se entre 200 e 5000 ng/dL.
Além da dosagem de prolactina circulante, o médico geralmente indica a realização de tomografia computadorizada e ressonância magnética com o objetivo de verificar as características desse tumor. Pode ser solicitada também a realização de densitometria óssea e de ecocardiograma com o objetivo de ver se há danos relacionados ao aumento da quantidade de prolactina circulante.
Veja como é feito o exame da prolactina e como entender o resultado.
Tratamento para prolactinoma
O tratamento para o prolactinoma tem como objetivo diminuir os sintomas e restaurar a fertilidade, além de regular os níveis de prolactina circulantes e controlar o crescimento e desenvolvimento do tumor. A primeira linha de tratamento indicada pelo endocrinologista é com medicamentos como a Bromocriptina e a Cabergolina.
Quando os níveis de prolactina não são regularizados, o médico pode indicar a realização de cirurgia para remoção do tumor. Além disso, no caso da pessoa não responder ao tratamento com medicamentos, pode ser recomendada a realização de radioterapia com o objetivo controlar o tamanho do tumor e evitar a progressão da doença.