A prolactina alta, também conhecida como hiperprolactinemia, é uma situação caracteriza pelo aumento desse hormônio no sangue, que normalmente está relacionado com a estimulação da produção de leite pelas glândulas mamárias durante a gravidez, regulação dos hormônios femininos relacionados com a ovulação e a menstruação, e relaxamento após o orgasmo, no caso dos homens.
Assim, a prolactina alta pode acontecer tanto em homens quanto em mulheres e ser consequência da gravidez, síndrome dos ovários policísticos, estresse ou tumor na hipófise, por exemplo, podendo causar sintomas que podem variar de acordo com a causa.
É importante que o clínico geral, ginecologista ou urologista seja consultado assim que surgirem sinais e sintomas indicativos de hiperprolactinemia, pois assim é possível confirmar o diagnóstico, identificar a causa e iniciar o tratamento mais adequado.

Sintomas de prolactina alta
Os sintomas de prolactina alta podem variar de homem para mulher e também de acordo com a causa do aumento dos níveis de prolactina no sangue. No entanto, de forma geral, os principais sinais e sintomas de hiperprolactinemia são:
- Diminuição da libido;
- Alteração no ciclo menstrual, em que a mulher pode ter menstruação irregular ou ausente;
- Disfunção erétil;
- Infertilidade;
- Osteoporose;
- Aumento das mamas nos homens;
- Diminuição do nível de testosterona e da produção de espermatozoides.
A prolactina alta é normalmente identificada pelo ginecologista, urologista ou clínico geral por meio da avaliação dos sintomas apresentados pela pessoa, histórico de saúde e realização da dosagem desse hormônio no sangue.
É considerado hiperprolactinemia quando os níveis de prolactina encontram-se superiores a 29,2 ng/mL, no caso das mulheres não grávidas e fora do período de amamentação, e acima de 20 ng/mL no caso dos homens, podendo o valor de referência variar entre os laboratórios. Saiba mais sobre o exame de prolactina e como entender o resultado.

Principais causas
A prolactina é um hormônio naturalmente produzido durante a gravidez e que tem como função estimular as glândulas mamárias a produzirem leite, sendo esse aumento considerado normal, além de também ser notado um aumento próximo ao período menstrual. No entanto, outras situações que podem levar ao aumento da prolactina e que devem ser investigadas e tratadas de acordo com a orientação do médico são:
- Alterações na tireoide, principalmente hipotireoidismo;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- Efeito colateral de alguns medicamentos, como antidepressivos e anticonvulsivantes;
- Estresse;
- Doença de Addison;
- Exposição à radiação na região da cabeça;
- Cirurgia na cabeça ou no tórax ou traumatismos nestes locais;
- Prática de exercício físico de forma intensa.
Além disso, é comum que alterações na hipófise, principalmente nódulos ou tumores, levem ao aumento dos níveis de prolactina e de outros hormônios, isso porque essa glândula endócrina é responsável pela regulação da produção hormonal. Assim, quando há alteração nessa glândula, há disfunção na produção de alguns hormônios, incluindo a prolactina.
Como é o tratamento
O tratamento para prolactina alta normalmente varia de acordo com a causa do aumento dos níveis desse hormônio e tem como objetivo controlar e aliviar os sinais e sintomas, além de controlar os níveis de prolactina no sangue.
Assim, quando o aumento da prolactina é devido ao uso de remédios hormonais, por exemplo, o médico pode indicar a suspensão do medicamento, troca ou alteração da dose. Já no caso de tumores, pode ser indicada a realização de cirurgia para remoção do tumor, seguida de sessões de quimioterapia.
Quando o aumento da prolactina acontece devido à gravidez, não é necessário tratamento, isso porque esse aumento é considerado normal e necessário para que seja produzido leite suficiente para amamentar o bebê. Nesse caso, os níveis de prolactina diminuem à medida que acontece a amamentação.
Além disso, quando a hiperprolactinemia tem como consequência disfunções sexuais, principalmente nos homens, ou provoca enfraquecimento dos ossos, desregulação do ciclo menstrual ou alteração em algumas funções do organismo, pode ser indicado o uso de medicamentos específicos para essas situações.