Exame de prolactina: para que serve e como entender o resultado

Revisão clínica: Marcela Lemos
Biomédica
novembro 2020

O exame de prolactina é feito com o objetivo de verificar os níveis desse hormônio no sangue, sendo importante durante a gravidez para saber se as glândulas mamárias estão sendo devidamente estimuladas para produzir quantidades adequadas de leite materno.

Apesar de ser muitas vezes indicado durante a gravidez, o exame de prolactina pode ser também indicado para homens pra investigar a causa de disfunção erétil ou infertilidade, por exemplo, e mulheres não grávidas para avaliar se há alguma alteração na produção desse hormônio que possa interferir na concentração dos hormônios femininos relacionados com o ciclo menstrual ou na investigação da síndrome do ovário policístico.

Imagem ilustrativa número 2

Para que serve

O exame de prolactina tem como objetivo verificar os níveis de prolactina no sangue, sendo principalmente indicado quando a pessoa apresenta sinais e sintomas indicativos de prolactina baixa ou alta, como alteração no ciclo menstrual, diminuição da libido e disfunção erétil, no caso dos homens. Nesses casos, o médico pode recomendar a realização de outros exames para identificar a causa da alteração e, assim, ser indicado o tratamento mais adequado.

Além disso, o exame de prolactina nas mulheres serve também para saber se está havendo produção adequada de leite durante a gestação, já que esse hormônio é responsável pela estimulação das glândulas mamárias para produção do leite materno.

Como entender o resultado

Os valores de referência da prolactina podem variar de acordo com o laboratório em que é realizado e com o método de análise, por isso é importante ter atenção aos valores de referência indicados no resultado do exame. De forma geral, os valores de referência da prolactina são:

  • Mulheres não grávidas e fora do período de amamentação: 2,8 a 29,2 ng/mL;
  • Mulheres grávidas: 9,7 a 208,5 ng/mL;
  • Mulheres pós menopausa: 1,8 a 20,3 ng/mL;
  • Homens: abaixo de 20 ng/mL.

Quando a prolactina está acima de 100 ng/mL a causa mais comum é o uso de remédios ou a presença de micro tumores, e quando os valores estão acima de 250 ng/mL provavelmente se trata de um tumor maior. Se existir a suspeita de um tumor o médico pode optar por repetir o exame da prolactina a cada 6 meses durante 2 anos, fazendo depois somente 1 exame por ano, para verificar se houve alguma alteração.

O que pode ser a prolactina alta

A prolactina alta acontece principalmente durante a gravidez e a amentação, sendo considerado normal e, por isso, não é necessário realizar tratamento. Além disso, é comum que próximo ao período menstrual, a mulher possa observar um ligeiro aumento na concentração de prolactina no sangue, o que também é considerado normal. No entanto, outras situações podem aumentar os níveis de prolactina e levar ao aparecimento de sintomas.

Assim, algumas situações que podem aumentar os níveis de prolactina e que devem ser investigados para que possa ser avaliada a necessidade de tratamento são hipotireoidismo, uso de remédios antidepressivos ou anticonvulsivantes, prática de atividade física intensa ou excessiva, síndrome do ovário policístico ou presença de nódulos ou tumores na cabeça. Conheça outras causas de prolactina alta e como deve ser o tratamento.

O que pode ser a prolactina baixa

A prolactina baixa pode acontecer como consequência do uso de alguns medicamentos ou disfunção da glândula relacionada com a produção hormonal, podendo ser apenas indicado pelo médico medidas que ajudem a aumentar os níveis desse hormônio no sangue.

Apesar da prolactina baixa não ser muitas vezes causas de preocupação, quando é verificada durante a gravidez é importante que o médico seja consultado para que possa ser possível estimular a produção de prolactina para que haja aumento na produção de leite materno.

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Escrito por Marcelle Pinheiro - Fisioterapeuta. Atualizado e revisto clinicamente por Marcela Lemos - Biomédica, em novembro de 2020.
Revisão clínica:
Marcela Lemos
Biomédica
Mestre em Microbiologia Aplicada, com habilitação em Análises Clínicas e formada pela UFPE em 2017 com registro profissional no CRBM/ PE 08598.