A previsão da altura da criança depende da genética e de vários fatores externos, como a alimentação, o nível de atividade física e o estado hormonal. Em alguns casos, a altura fora do padrão esperado pode indicar alterações hormonais ou outras condições de saúde, o que requer atenção profissional.
Por isso, para calcular a altura estimada da criança pode-se utilizar uma fórmula matemática simples, que leva em consideração a altura da mãe e do pai, além do gênero da criança. No entanto, é importante ressaltar que representa apenas uma estimativa.
Caso existam dúvidas sobre a altura final e o ritmo de crescimento, é importante consultar o pediatra ou o nutricionista, já que alguns fatores podem necessitar de tratamentos ou cuidados especiais.
Calculadora de previsão de altura
Para facilitar os cálculos, insira os seus dados a seguir e saiba qual será a altura da criança:
É importante ter em mente que os resultados fornecidos pelas fórmulas representam uma estimativa, de forma que na vida adulta a pessoa pode ser mais sou menos alta. Para garantir que o crescimento e desenvolvimento da criança está acontecendo normalmente, é indicado que o pediatra seja consultado periodicamente.
É também importante levar em consideração que essas fórmulas são baseadas apenas na estatura dos pais. Existem fórmulas mais complexas que incluem a medição da altura do joelho ou da perna, por exemplo, cujas medições e cálculos devem ser realizados por um nutricionista ou pediatra e podem ser fornecer resultados mais exatos.
Como calcular a altura manualmente
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatra, a previsão da altura da crianças pode ser feita seguindo a seguinte fórmula:
- Para meninas: (altura da mãe em centímetros) + (altura do pai em centímetros - 13) /2 = média de idade dos pais - 6,5 cm ± 9 cm
- Para meninos: (altura da mãe em centímetros) + (altura do pai em centímetros + 13) /2 = média de idade dos pais + 6,5 cm ± 9 cm
É importante salientar que os resultados correspondem a previsões, não correspondendo necessariamente à realidade. Além disso, os resultados podem ter uma variação de mais ou menos 5 centímetros.
Esta fórmula é baseada em estudos antropométricos e correlações de crescimento físico na infância e adolescência, em que a genética dos pais é o preditor da altura final. No entanto, outros fatores que podem interferir na altura, como a genética, a alimentação, a saúde, a qualidade do sono, o desenvolvimento e a postura.
Outras formas de calcular a altura da criança
Outras formas, respaldadas cientificamente, de estimar a altura que a criança pode ter na idade adulta são:
- Idade óssea: através da realização de uma radiografia das mãos e punho é possível determinar a maturação dos ossos da criança, o que permite uma estimativa mais precisa da altura na vida adulta, além de ser importante para verificar se a curva de crescimento está dentro do que é considerado normal;
- Equações de predição baseadas na maturação puberal: em adolescentes, o estado de desenvolvimento puberal pode ajudar a estimar o potencial de crescimento restante, dando mais precisão ao cálculo;
- Métodos antropométricos: integram múltiplos parâmetros corporais como comprimento das pernas, braços e índice de massa corporal para ajustar o prognóstico de crescimento.
A escolha do método depende da idade da criança, história clínica, contexto familiar e disponibilidade de recursos na consulta pediátrica.
Fatores que influenciam a altura da criança
A altura da criança na vida adulta é influenciada por alguns fatores, sendo os principais:
- Genética: os filhos de pais altos tendem a ter maior probabilidade de serem mais altos;
- Nutrição: uma alimentação saudável, rica em proteínas, vitaminas e minerais permite alcançar o desenvolvimento adequado. A desnutrição pode interferir no crescimento e diminuir a altura final;
- Prática de atividade física: o exercício estimula o desenvolvimento muscular e ósseo, favorecendo o amadurecimento e o aumento da estatura em adolescentes;
- Saúde geral: doenças crônicas, transtornos hormonais ou alterações metabólicas podem interferir na estatura final;
- Maturação somática: o momento em que ocorre o estirão influencia na altura final.
A influência de cada fator pode variar de acordo com o contexto social, as condições de vida e a genética familiar. O crescimento adequado requer uma vigilância integral tanto a nível médio como nutricional.
O que fazer para criança ser mais alta
Para que a criança possa crescer saudável e ser mais alta, pode-se adotar estratégias simples, como por exemplo:
1. Ter uma alimentação saudável
Todas as vitaminas e minerais são importantes para o crescimento da criança, no entanto, as que estão diretamente relacionadas com esse processo são:
- Vitamina D, já que aumenta a absorção de cálcio e fósforo no intestino e facilita a entrada desses minerais nos ossos, sendo essenciais para a sua formação;
- Cálcio, fósforo e magnésio, pois são minerais essenciais para construir e manter os ossos saudáveis;
- Vitaminas do complexo B, pois regulam diversos processos celulares e metabólicos, incluindo o crescimento, o desenvolvimento e a oxidação, principalmente as vitaminas B6, B8 e B12, que estão principalmente relacionadas com o crescimento e cuja deficiência pode interferir nesse processo.
Por isso, ter uma alimentação saudável e equilibrada, rica em vegetais, verduras, frutas, grãos, cereais, gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas e proteínas, favorece o desenvolvimento e o crescimento das crianças, pois dessa forma o corpo obtém os nutrientes necessários para produzir o hormônio do crescimento.
2. Dormir adequadamente
O hormônio do crescimento é liberado durante o sono e, por isso, ter boas noites de sono podem favorecer o crescimento. Veja quantas horas é recomendado dormir por dia.
3. Praticar atividade física
Fazer com que a criança pratique atividade física também pode ser útil para que ela tenha músculos e ossos mais fortes, além de uma boa postura corporal, o que também influencia o seu crescimento.
4. Realizar consultas médicas regulares
As consultas regulares ao pediatra servem para verificar o crescimento e o estado nutricional, além de serem fundamentais para identificar, de forma precoce, alterações endócrinas, déficit nutricional e doenças crônicas.
Em casos especiais, o médico pode indicar suplementos vitamínicos ou minerais, porém sempre sob supervisão de um profissional e após avaliação individual.
Quando é que a baixa estatura é um problema de saúde
Se o pediatra verificar que a criança está tendo uma restrição de crescimento, possui nanismo ou alguma outra síndrome que tenha como característica a baixa estatura, pode ser recomendado fazer um tratamento com o hormônio do crescimento (GH), que é administrado em forma de injeção, 1 vez por dia.
Saiba mais sobre os efeitos do hormônio do crescimento.