Macroplaquetas: o que são, principais causas e como identificar

Atualizado em abril 2023

As macroplaquetas, também chamadas de plaquetas gigantes, correspondem a plaquetas de tamanho e volume superior ao normal de uma plaqueta, que possuem cerca de 3 mm e volume de 7.0 fl em média.

Essas plaquetas de tamanho maior normalmente são indicativas de alteração no processo de ativação e produção plaquetária, podendo acontecer como consequência de problemas cardíacos, diabetes ou condições hematológicas, como leucemia e síndromes mieloproliferativas.

A avaliação do tamanho das plaquetas é feita por meio da observação do esfregaço sanguíneo no microscópio e do resultado do hemograma, em que deve constar a quantidade e o volume de plaquetas.

Imagem ilustrativa número 1

Principais causas

As principais causas de macroplaquetas são:

  • Hipertireoidismo;
  • Doenças mieloproliferativas, como trombocitemia essencial, mielofibrose e policitemia vera;
  • Púrpura trombocitopênica idiopática;
  • Diabetes Mellitus;
  • Infarto Agudo do Miocárdio;
  • Leucemia;
  • Síndrome Mielodisplásica;
  • Síndrome de Bernard-Soulier.

Essas situações são capazes de estimular o processo de ativação plaquetária, aumentando o tamanho das plaquetas. As plaquetas maiores que o normal apresentam maior nível de atividade e potencial reativo, além de favorecerem processos trombóticos, já que possuem maior facilidade de agregação plaquetária e formação de trombo, o que pode ser bastante grave.

Assim, é importante que seja feitos exames para que se saiba a quantidade de plaquetas circulantes e as suas características. Caso sejam verificadas alterações, é importante identificar a causa das macroplaquetas para que se possa iniciar o tratamento mais adequado. Saiba mais sobre as plaquetas.

Como identificar

As macroplaquetas são identificadas por meio da realização do hemograma, em que é feita a avaliação da quantidade de plaquetas e do volume plaquetário médio (VPM), que é um parâmetro laboratorial que indica o volume das plaquetas e, assim, é possível saber se estão maiores do que o normal e o nível de atividade plaquetária. Veja mais sobre o hemograma.

Normalmente, quanto maior o VPM, maiores são as plaquetas e menor é a quantidade total de plaquetas circulantes no sangue, isso porque as plaquetas são produzidas e destruídas rapidamente. Apesar de ser um parâmetro importante para verificar alterações plaquetárias, os valores de VPM são difíceis de padronizar e podem sofrer interferência de outros fatores.

Além de avaliar o resultado do hemograma, o profissional de saúde também avalia microscopicamente a amostra de sangue, sendo visualizadas plaquetas maiores que o normal, podendo ser do mesmo tamanho ou maior que as outras células do sangue.