Onfalocele: o que é, causas e tratamento

Atualizado em março 2023

A onfalocele é a presença de órgãos fora da cavidade abdominal, como intestino, fígado ou baço, que estão recobertos por uma fina membrana. A onfalocele é uma alteração congênita que pode ser identificada entre a 8ª e 12ª semana de gestação.

Essa alteração pode ser causada por fatores relacionados com a mulher, como uso de medicamentos sem indicação médica, consumo de bebidas alcoólicas e uso de cigarros, por exemplo.

O diagnóstico da onfalocele pode ser feito durante o pré-natal através de exames de imagem, sendo o diagnóstico precoce importante para preparar a equipe médica para o parto, pois é provável que o bebê precise ser submetido a cirurgia logo após o nascimento para colocar o órgão no lugar correto, evitando complicações graves.

Imagem ilustrativa número 1

Principais causas

As causas da onfalocele ainda não estão muito bem estabelecidas, no entanto é possível que aconteça devido a uma alteração genética. Além disso, alguns fatores relacionados com a grávida podem aumentar o risco de onfalocele, como:

  • Contato com substâncias tóxicas;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Uso de cigarros;
  • Uso de medicamentos sem orientação do médico.

No caso da mulher ser exposta a qualquer um desses fatores durante a gestação, é importante que o obstetra seja consultado com maior regularidade para que o desenvolvimento do bebê seja acompanhado com maior frequência e seja verificado o risco de alterações.

Onfalocele e gastrosquise

A gastrosquise é também uma alteração congênita e que também pode estar relacionada como uso de medicamentos sem indicação médica e consumo frequente e excessivo de bebidas alcoólicas na gravidez. No entanto, diferentemente da onfalocele, na gastrosquise os órgãos que estão fora da cavidade abdominal não estão cobertos pro membrana, além de não haver comprometimento do cordão umbilical. Saiba mais sobre a gastrosquise.

Como é o diagnóstico

A onfalocele pode ser diagnosticada ainda durante a gestação, principalmente entre a 8ª e 12ª de gravidez, por meio do exame de ultrassonografia. Após o nascimento, a onfalocele pode ser percebida por meio do exame físico realizado pelo médico, em que é observada a presença de órgãos fora da cavidade abdominal.

Além disso, o médico pode realizar outros exames, como ecocardiograma, raio-X e exames de sangue, por exemplo, para verificar a ocorrência de outras doenças, como alterações genéticas, hérnia diafragmática e defeitos cardíacos, por exemplo, que tendem a ser mais comuns em bebês com outras mal formações.

Tratamento para onfalocele

O tratamento da onfalocele é feito por meio de cirurgia, que pode ser feita logo após o nascimento ou depois de algumas semanas ou meses de acordo com a extensão da onfalocele, outras condições de saúde que o bebê pode ter e o prognóstico do médico. É importante que o tratamento seja feito o mais breve possível para evitar possíveis complicações, como por exemplo a morte do tecido intestinal e infecção.

Assim, quando se trata de uma onfalocele menor, ou seja, quando apenas uma porção do intestino se encontra fora da cavidade abdominal, a cirurgia é feita logo após o nascimento e tem como objetivo colocar o órgão no local correto e depois fechar a cavidade abdominal. No caso de onfalocele maior, ou seja, quando além do intestino, outros órgãos, como o fígado ou o baço, estão para fora da cavidade abdominal, a cirurgia pode ser feita em etapas para não prejudicar o desenvolvimento do bebê.

Além da remoção cirúrgica, o médico pode recomendar que seja passada uma pomada com antibiótico, com cuidado, na bolsa que reveste os órgãos expostos, com o objetivo de diminuir o risco de infecções, especialmente quando a cirurgia não é feita logo após o nascimento ou quando é feita por etapas.