5 estratégias para seu filho comer alimentos sólidos

Atualizado em junho 2020

Algumas vezes crianças com mais de 1 ou 2 anos de idade, apesar de serem capazes de comer quase todo tipo de alimento, parecem ter preguiça de mastigar e se recusam a comer alimentos mais sólidos como arroz, feijão, carne, pão ou batata.

Para resolver este problema, é importante criar estratégias para levar a criança a querer mastigar os alimentos, como deixar pequenos pedaços sólidos na papinha ou amassar apenas metade da papinha, além de ter muita paciência na hora da refeição.

Ter este tipo de problema com a alimentação dos filhos não é raro, e normalmente isso acontece porque a criança passou por algum período difícil na primeira infância, como ter ficado engasgado com frequência ou ter tido doenças que dificultaram a alimentação, fazendo com que os pais recorressem ao leite ou ao mingau com muita frequência, não permitindo uma estimulação adequada da mastigação.

Imagem ilustrativa número 1

A seguir apresentamos 5 boas estratégias para experimentar em casa e estimular a criança a comer alimentos sólidos:

1. Começar por alimentos que a criança gosta

Começar por alimentos que a criança gosta é uma estratégia importante para facilitar a aceitação da refeição sólida. Assim, se a criança adora banana amassada, por exemplo, deve-se tentar oferecer metade de uma banana inteira e deixar que ela mesma segure o alimento para sentir a sua textura e cheiro. Em alguns casos, repetir essa estratégia por alguns dias é o suficiente para que a criança comece a levar o alimento à boca de forma espontânea.

2. Deixar pequenos pedaços na papinha

Deixar pequenos pedaços na papinha é outra forma de fazer a criança sentir o alimento sólido aos poucos, sem forçá-la a comer toda a comida na forma sólida de uma só vez.

Também se pode usar a estratégia de amassar apenas metade da papinha, deixando a outra metade formada por alimentos inteiros, e ir tentando alternar a textura de cada alimento entre colheradas.

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3. Criar recompensas para incentivar

Criar pequenas recompensas estimula a criança a progredir na alimentação, sendo possível utilizar incentivos como bater palmas e sorrir a cada colherada que consegue mastigar, ou permitir que a criança saia da cadeirinha para se sentar na mesa juntamente com os outros membros da família, o que fará ela ter um sentimento de importância e maturidade.

4. Deixar a criança pegar na comida

Deixar a criança pegar na comida e dar uma colherzinha para ela segurar, mesmo que faça bagunça, é uma forma de incentivá-la a se alimentar sozinha e passar uma sensação de poder diante da comida. Essa é uma boa estratégia especialmente quando tem outro adulto se alimentando ao lado dela, pois a criança tende a imitar as ações dos familiares, inclusive os gestos de levar a comida à boca e a própria mastigação.

Além disso, deixar a criança participar do momento da preparação da refeição também aumenta a intimidade dela com os alimentos e a deixa mais propensa a experimentar a comida que ela mesma ajudou a produzir.

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5. Recomeçar o processo de introdução alimentar

Mesmo que a criança já tenha mais de dois anos de idade, recomeçar todo o processo de introdução alimentar pode ser a forma mais eficaz de fazê-la comer alimentos sólidos. Para recomeçar, deve-se tentar iniciar apenas com papinhas de frutas ou frutas raspadas nos lanches, deixando o leite, o mingau e a sopa amassada ainda como as refeições principais do pequeno.

À medida que a criança for aceitando consumir papas de frutas, deve-se tentar introduzir as frutas em pequenos pedaços e papas salgadas, utilizando purês, ovos amassados e carne moída, por exemplo, sempre lembrando de nunca forçar ou ameaçar a criança durante a refeição.

Confira estas e outras dicas no vídeo seguinte:

Consequências para o desenvolvimento da criança

Crianças que não mastigam os alimentam de sólidos, e comem apenas purês, papinhas, mingaus e sopas líquidas ou cremosas, podem desenvolver problemas como atraso da fala e dificuldade para reproduzir os sons de forma correta, pela falta de mastigação e estímulo dos músculos da face. Como consequência de falar pouco ou mal, a criança pode sentir-se inferior ou excluída quando começar a conviver com outras crianças na escola, por exemplo.

Essas crianças precisam do acompanhamento do pediatra e do nutricionista para que não lhes falte nutrientes na dieta, comprometendo sua imunidade e para que não haja déficit no seu crescimento e desenvolvimento intelectual.

Aos poucos ela vai se habituando e dentro de alguns meses pode ser possível notar uma boa diferença na sua alimentação e também no seu crescimento e desenvolvimento.

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