Metoprolol: para que serve e como usar

Atualizado em junho 2023

O metoprolol é um anti-hipertensivo da classe dos betabloqueadores, indicado para o tratamento da pressão alta, infarto agudo do miocárdio, arritmias cardíacas ou angina, ou para a prevenção de enxaqueca.

Esse remédio age mantendo o ritmo e a pressão cardíaca estáveis, podendo ser encontrado na forma de comprimidos ou injeção, como genérico "succinato de metoprolol" ou "tartarato de metoprolol" ou com os nomes comerciais Selozok, Quenzor, Emprol XR ou Miclox, por exemplo.

O metoprolol deve ser usado com indicação do cardiologista, podendo ser fornecido gratuitamente pelo SUS, ou comprado em farmácias ou drogarias, vendido mediante apresentação de receita médica.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

O metoprolol é indicado para o tratamento de:

  • Pressão alta;
  • Taquiarritmia cardíaca;
  • Arritmias ventriculares e supraventriculares;
  • Infarto agudo do miocárdio suspeito ou confirmado;
  • Hipertireoidismo, no tratamento dos sintomas junto com outros remédios;
  • Distúrbios cardíacos com palpitação.

Além disso, esse remédio pode ser usado para prevenir enxaqueca, angina no peito ou para prevenção secundária após infarto do miocárdio.

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Qual a diferença entre tartarato e succinato de metoprolol?

Tanto o tartarato de metoprolol, como o succinato de metoprolol, são remédios betabloqueadores, que ajudam o coração a bater mais devagar e com menos força, o que diminui a pressão arterial. Além disso, também ajudam a abrir as veias e artérias para melhorar o fluxo sanguíneo.

No entanto, existem diferenças entre os dois. O succinato de metoprolol é encontrado na forma de comprimidos de liberação prolongada, tendo um tempo de ação no organismo de 24 horas, podendo ser tomado 1 vez por dia.

Já o tartarato de metoprolol é encontrado na forma de comprimidos simples, tendo um tempo de ação no organismo de 6 a 12 horas, e por isso, normalmente é tomado mais de 1 vez por dia.

Como usar

A forma de uso do metoprolol varia de acordo com sua apresentação, que inclui:

1. Succinato de metoprolol comprimidos

Os comprimidos de succinato de metoprolol podem ser encontrados em diferentes doses, de 15 mg, 50 mg e 100 mg, e devem ser tomados por via oral, com um copo de água, em jejum ou junto com o café da manhã, conforme orientação do médico.

A posologia do succinato de metoprolol para adultos, varia com a condição a ser tratada e inclui:

  • Pressão alta: nos casos de pressão alta leve a moderada, a dose do succinato de metoprolol é de 1 comprimido de 50 mg, 1 vez por dia. Essa dose pode ser alterada pelo médico para 100 a 200 mg, 1 vez por dia. O tratamento de longa duração, normalmente é feito com a dose de 100 a 200 mg, 1 vez por dia;
  • Angina do peito: 100 a 200 mg de succinato de metoprolol, 1 vez por dia, podendo ser usado associado a outros remédios antianginosos;
  • Insuficiência cardíaca crônica: a dose inicial é de 1 comprimido de 25 mg, 1 vez por dia, durante as duas primeiras semanas. Essa dose pode ser ajustada pelo médico até uma dose máxima de 200 mg, 1 vez por dia;
  • Arritmias cardíacas: 100 a 200 mg de succinato de metoprolol, 1 vez por dia;
  • Tratamento após infarto do miocárdio: 200 mg de succinato de metoprolol, 1 vez por dia;
  • Alterações cardíacas com palpitações: 100 mg de succinato de metoprolol, 1 vez por dia;
  • Profilaxia da enxaqueca: 100 a 200 mg de succinato de metoprolol, 1 vez por dia.

O tratamento com o succinato de metoprolol deve ser feito pelo cardiologista, que pode alterar as doses de acordo com a resposta da pessoa à terapia.

2. Tartarato de metoprolol comprimido

O tartarato de metoprolol é encontrado na dose de 100 mg, devendo ser tomado por via oral, com um copo de água, antes ou com o café da manhã, conforme orientação do médico.

A posologia do tartarato de metoprolol para adultos, varia com a condição a ser tratada e inclui:

  • Pressão alta: 100 a 200 mg de tartarato de metoprolol por dia, podendo ser tomada como dose única pela manhã ou dividida em 2 doses, de manhã e à noite;
  • Taquiarritmia cardíaca: 100 a 150 mg por dia, divididas em 2 ou 3 doses. Essa dose pode ser aumentada pelo médico para no máximo 300 mg por dia;
  • Tratamento após infarto do miocárdio: 200 mg por dia, tomada em 2 doses divididas, por no mínimo 3 meses de tratamento, conforme orientação médica;
  • Angina do peito: 100 a 200 mg de tartarato de metoprolol por dia, tomados em 2 doses divididas. Essa dose pode ser aumentada pelo médico para no máximo 400 mg por dia;
  • Hipertireoidismo: 150 a 200 mg por dia, administradas em 3 a 4 doses divididas. Essa dose pode ser aumentada pelo médico para no máximo 400 mg por dia;
  • Alterações cardíacas com palpitações: 100 mg em dose única, 1 vez por dia. Essa dose pode ser aumentada pelo médico para no máximo 200 mg por dia, tomadas em 2 doses divididas, de manhã e à noite;
  • Prevenção da enxaqueca: 100 mg em dose única, 1 vez por dia. Essa dose pode ser aumentada pelo médico para no máximo 200 mg por dia, tomadas em 2 doses divididas, de manhã e à noite.

O uso do tartarato de metoprolol deve ser usado com acompanhamento médico regular, para avaliar a resposta ao tratamento e, se necessário alterar as doses.

3. Tartarato de metoprolol injetável

O tartarato de metoprolol injetável 1 mg/mL deve ser usado através de injeção diretamente na veia, feita no hospital pelo enfermeiro e sob supervisão médica.

Essa injeção pode ser indicada para infarto suspeito ou conformado ou distúrbios do ritmo cardíaco, como a taquicardia supraventricular, sendo que as doses devem ser indicadas pelo médico de acordo com a condição a ser tratada.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns do metoprolol são cansaço, tontura, vertigem, mãos e pés frios, fenômeno de Raynaud, diminuição dos batimentos cardíacos ou palpitações.

Além disso, também podem surgir náuseas, diarreia, prisão de ventre, dor abdominal, dor nas articulações, dificuldade para dormir, pesadelos, problemas de memória ou depressão.

É importante procurar o pronto-socorro mais próximo caso surjam efeitos colaterais como batimentos cardíacos muito lentos, falta de ar, tontura como se fosse desmaiar ou inchaço repentino ou ganho de peso rápido.

Quem não deve usar

O metoprolol não deve ser usado por crianças ou por pessoas que tenham insuficiência cardíaca descompensada, hipotensão, bloqueio atrioventricular, síndrome do nó sinoatrial, choque cardiogênico, obstrução grave de artérias, asma brônquica grave, ou alergia aos componentes da fórmula.

Durante a gravidez, esse remédio só deve ser usado se indicado pelo médico após a avaliação dos benefícios para a mulher e riscos para o bebê, pois pode diminuir a circulação sanguínea na placenta, podendo causar retardo do crescimento do feto, parto prematuro, morte intrauterina ou aborto.

Além disso, o metoprolol pode passar para o bebê através do leite, e por isso, seu uso deve ser feito somente se recomendado pelo médico.

O metoprolol deve ser usado com cautela em pessoas com diabetes, pois pode mascarar o sintoma de batimentos cardíacos acelerados durante uma crise de hipoglicemia

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