O HIV-1 e o HIV-2 são dois subtipos diferentes do vírus do HIV, também conhecido por vírus da imunodeficiência humana, que são responsáveis por causar a AIDS, que é uma doença grave que afeta o sistema imunológico e diminui a resposta do organismo a infecções.
Estes vírus, embora causem a mesma doença e se transmitam da mesma forma, apresentam algumas diferenças importantes, especialmente na sua taxa de transmissão e na forma como evolui a doença.

4 principais diferenças entre HIV-1 e HIV-2
O HIV-1 e HIV-2 têm muitas semelhanças relativamente à sua replicação, modo de transmissão e manifestações clínicas da AIDS, porém eles apresentam algumas diferenças:
1. Onde são mais frequentes
O HIV-1 é muito comum em qualquer parte do mundo, enquanto o HIV-2 é mais frequente na África Ocidental.
2. Como se transmitem
O modo de transmissão do vírus é igual para o HIV-1 e HIV-2 e faz-se pelo contato sexual desprotegido, partilha de seringas entre pessoas contaminadas, transmissão durante a gravidez ou contato com sangue infetado.
Embora se transmitam da mesma forma, o HIV-2 produz menos partículas virais que o HIV-1 e, por isso, o risco de transmissão é menor em pessoas infectadas pelo HIV-2.
3. Como evolui a infecção
Caso a infecção por HIV evolua para AIDS, o processo de desenvolvimento da doença é muito semelhante para ambos os tipos de vírus. Porém, como o HIV-2 tem uma carga viral mais baixa, a evolução da infecção tende a ser mais lenta. Isso faz com que o aparecimento de sintomas no caso da AIDS causada pelo HIV-2 também seja mais demorado, podendo demorar até 30 anos, em comparação com o HIV-1, que pode ser em torno de 10 anos.
A AIDS surge quando a pessoa apresenta infecções oportunistas, como tuberculose ou pneumonia, por exemplo, que se manifestam devido à fraqueza do sistema imune gerada pelo vírus. Veja mais sobre a doença e os sintomas que podem ocorrer.
4. Como é feito o tratamento
O tratamento para a infecção pelo vírus HIV é feito com medicamentos antirretrovirais, que embora não eliminem o vírus do organismo, ajudam a impedir a sua multiplicação, a retardar a progressão do HIV, a prevenir a transmissão e ajudar a proteger o sistema imunológico.
Porém, devido às diferenças genéticas entre os vírus, as combinações de medicamentos para o tratamento do HIV-1 e do HIV-2 podem ser diferentes, já que o HIV-2 é resistente a duas classes de antirretrovirais: aos análogos da transcriptase reversa e aos inibidores de fusão/entrada. Saiba mais sobre o tratamento do HIV.