O espessamento endometrial pode ser considerada uma situação grave, uma vez que normalmente está associada à presença de pólipos, mioma e síndrome do ovário policístico, além de também poder aumentar o risco de desenvolvimento de câncer do endométrio, principalmente em mulheres que possuem maior nível de estrogênio circulante, possuem diabetes ou obesidade, por exemplo.
O espessamento endometrial, também conhecido como hiperplasia do endométrio, consiste no aumento da espessura do tecido que reveste o interior do útero, devido a uma exposição excessiva ao estrogênio, que pode ocorrer em mulheres que não ovulam todos os meses ou que estejam a fazer terapia de reposição hormonal feita somente com estrogênio.
A espessura do endométrio é medida através do exame de ultrassom de transvaginal, em que o ginecologista observa todas as características do útero, incluindo o endométrio, identificando a presença de possíveis alterações.

Principais sintomas
Os sintomas que podem surgir em casos de espessamento endometrial são principalmente o sangramento uterino anormal, cólica abdominal intensa, menos de 21 dias entre cada menstruação, e aumento discreto do tamanho do útero, percebido pela ultrassonografia.
Na presença desses sintomas, é importante que o ginecologista seja consultado para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, caso haja necessidade. O diagnóstico da hiperplasia do endométrio pode ser feito pelo ginecologista através da análise dos sintomas apresentados e de uma ultrassonografia transvaginal.
Além disso, o médico pode ainda realizar uma histeroscopia, que consiste na inserção de um aparelho com uma câmera no útero, de forma a perceber se existe algo anormal, e/ou na realização de uma biópsia, em que é retirada uma pequena amostra do tecido do endométrio para ser posteriormente analisado.
Possíveis causas
A hiperplasia do endométrio é causada pela exposição excessiva ao hormônio estrogênio e geralmente, uma quantidade de progesterona insuficiente. Este desequilíbrio hormonal na mulher pode ser causado pelas seguintes situações:
- Ciclo irregular ou a ovulação não ocorre todos os meses;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- Terapia de reposição hormonal, utilizando somente estrogênio;
- Presença de um tumor no ovário;
- Menopausa, em que o organismo deixa de produzir progesterona;
- Obesidade;
- Mioma submucoso;
- Pólipo endometrial.
O maior risco de desenvolver a hiperplasia do endométrio ocorre entre os 40 e 60 anos de idade.
Principais tipos de hiperplasia
De acordo com as características das células do endométrio, que são observadas através de uma biópsia, a hiperplasia do endométrio pode ser classificada em dois tipos principais:
- Hiperplasia do endométrio não atípica, em que o espessamento do endométrio não envolve células pré-cancerígenas;
- Hiperplasia atípica do endométrio, em que são identificadas células cancerígenas e/ ou pré-cancerígenas, o que é indicativo de câncer.
De acordo como tipo de hiperplasia, o médico pode indicar o melhor tratamento, que pode envolver o uso de medicamentos ou a realização de cirurgia.
Como é feito o tratamento
O tratamento da hiperplasia do endométrio vai depender do tipo de hiperplasia que a mulher possui e da sua gravidade, mas as opções terapêuticas incluem uma curetagem do tecido endometrial ou uso de medicamentos como progesterona ou progestágenos sintéticos por via oral, intramuscular ou intrauterina. Após o tratamento, aconselha-se a realização de uma biópsia do tecido endometrial para verificar o sucesso do tratamento.