Acromegalia e gigantismo: sintomas, causas e tratamento

Atualizado em dezembro 2019

O gigantismo é uma doença rara na qual o organismo produz hormônio do crescimento em excesso, que se deve geralmente à presença de um tumor benigno na hipófise, conhecido por adenoma hipofisário, fazendo com que os órgãos e partes do corpo cresçam mais que o normal.

Quando a doença surge desde o nascimento, é conhecida como gigantismo, porém, se a doença surgir na idade adulta, geralmente por volta dos 30 ou 50 anos, é conhecida como acromegalia.

Em ambos os casos, a doença é causada por uma alteração na hipófise, o local do cérebro que produz o hormônio do crescimento, e, por isso, o tratamento é feito para reduzir a produção do hormônio, o que pode ser feito através de cirurgia, uso de remédios ou radiação, por exemplo.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Adultos com acromegalia ou crianças com gigantismo geralmente têm mãos, pés e lábios maiores que o normal, assim como traços grosseiros no rosto. Além disso, o excesso de hormônio do crescimento pode ainda causar:

  • Formigamento ou queimação nas mãos e pés;
  • Excesso de glicose no sangue;
  • Pressão alta;
  • Dor e inchaço nas articulações;
  • Visão dupla;
  • Mandíbula aumentada;
  • Alteração na locomoção;
  • Crescimento da língua;
  • Puberdade tardia;
  • Ciclos menstruais irregulares;
  • Cansaço excessivo.

Além disso, como existe a possibilidade de o excesso de hormônio do crescimento estar sendo produzido por um tumor benigno na hipófise pode também surgir outros sintomas como dores de cabeça regulares, problemas de visão ou diminuição do desejo sexual, por exemplo.

Quais as complicações

Algumas das complicações que esta alteração pode trazer para o paciente são:

  • Diabetes;
  • Apneia do sono;
  • Perda da visão;
  • Aumento do tamanho do coração;

Devido ao risco de surgirem estas complicações, é importante ir ao médico caso se suspeite desta doença ou de alterações de crescimento.

Como confirmar o diagnóstico

Quando existe suspeita de se ter gigantismo deve-se fazer um exame de sangue para avaliar os níveis de IGF-1, uma proteína que está aumentada quando os níveis de hormônio do crescimento também estão acima do normal, indicando acromegalia ou gigantismo.

Depois do exame, especialmente no caso do adulto, pode ainda ser pedida uma tomografia computadorizada, por exemplo, para identificar se existe algum tumor na hipófise que possa estar alterando sua função. Em certos casos, o médico pode solicitar a medição das concentrações do hormônio de crescimento.

Como é feito o tratamento

O tratamento do gigantismo varia de acordo com o que está causando o excesso de hormônio do crescimento. Assim, se existir um tumor na hipófise, normalmente é recomendado fazer uma cirurgia para retirar o tumor e repor a correta produção de hormônios.

Porém, se não existir uma razão para a alteração do funcionamento da hipófise ou se a cirurgia não resultar, o médico pode apenas indicar o uso de radiação ou medicamentos, como análogos da somatostatina ou agonistas da dopamina, por exemplo, que devem ser usadas durante toda a vida para manter os níveis do hormônio controlados.