Fisioterapia para Parkinson: para que serve e exercícios

Atualizado em agosto 2021

A fisioterapia é um dos tipos de tratamentos que podem ser indicados para ajudar no tratamento da doença de Parkinson e tem um papel muito importante, já que proporciona uma melhora no estado físico geral do paciente, além de restaurar e/ou manter a independência na realização das atividades de vida diária.

No entanto, a fisioterapia não exclui a necessidade da toma dos medicamentos indicados pelo geriatra ou neurologista, sendo apenas uma forma de complementar o tratamento. Saiba mais sobre o tratamento da Doença de Parkinson.

Fisioterapia com pesos leves
Fisioterapia com pesos leves

Para que serve fisioterapia

O fisioterapeuta no tratamento da doença de Parkinson deve atuar o mais precocemente possível para:

  • Reduzir as limitações causadas pela rigidez, lentidão dos movimentos e alterações posturais;
  • Manter ou melhorar as amplitude de movimento prevenindo contraturas e deformidades;
  • Melhorar o equilíbrio, marcha e a coordenação;
  • Aumentar a capacidade pulmonar e resistência física geral;
  • Prevenir quedas.

É importante que toda a família esteja envolvida no tratamento do portador de Parkinson, para que as atividades também sejam encorajadas em casa, já que períodos prolongados de pausa podem comprometer os objetivos.

Exercícios de fisioterapia para Parkinson

Os exercícios devem ser prescritos após uma avaliação feita pelo fisioterapeuta, onde serão estabelecidas as metas a curto, médio e longo prazo. 

Os tipos de exercícios mais usados são:

  • Técnicas de relaxamento: devem ser realizadas no início da sessão para diminuir a rigidez, tremores e ansiedade, através de atividades rítmicas, envolvendo um balanceio lento e cuidadoso do tronco e membros, por exemplo.
  • Alongamentos: devem ser feitos, de preferência, pelo próprio indivíduo com ajuda do fisioterapeuta, incluindo alongamentos para os braços, tronco, cintura escapular/pélvica e pernas;
  • Exercícios ativos e de reforço muscular: devem ser realizados de preferência sentado ou de pé, através de movimentos dos braços e pernas, rotações do tronco, podendo ser utilizados bastões, elásticos, bolas e pesos leves;
  • Treino de equilíbrio e coordenação: é feito através atividades de sentar e levantar, rodar o tronco nas posições sentada e em pé, inclinação do corpo, exercícios com mudanças de direção e em várias velocidades, agarrar objetos e vestir-se;
  • Exercícios posturais: devem ser realizados sempre buscando a extensão do tronco e em frente ao espelho para que o indivíduo tenha mais consciência da postura correta;
  • Exercícios respiratórios: orienta-se a respiração em tempos com uso do bastão para os braços, uso da respiração através do diafragma e maior controle respiratório;
  • Exercícios de mímica facial: incentivo aos movimentos de abrir e fechar a boca, sorrir, franzir as sobrancelhas, fazer bico, abrir e fechar os olhos, soprar um canudo ou um apito e mastigar bastante os alimentos;
  • Treino de marcha: deve-se tentar corrigir e evitar a marcha arrastada através da realização de passadas maiores, aumento dos movimentos do tronco e braços. Pode-se fazer marcações no chão, andar sobre obstáculos, treinar o caminhar para frente, para trás e de lado;
  • Exercícios em grupo: ajudam a evitar a tristeza, isolamento e depressão, trazendo mais estímulo através do incentivo mútuo e bem-estar geral. Pode-se utilizar dança e música;
  • Hidroterapia: os exercícios na água são muito benéficos pois ajudam a reduzir a rigidez numa temperatura adequada, facilitando assim o movimento, a caminhada e trocas de postura;
  • Treino de transferência: numa fase mais avançada, deve-se orientar a forma correta para movimentar-se na cama, deitar e levantar, passar para a cadeira e ir ao banheiro.

Geralmente a fisioterapia será necessária por toda a vida, portanto quanto mais atrativas forem as sessões, maiores serão a dedicação e o interesse do paciente e, consequentemente, melhores serão os resultados obtidos.