A esclerite é uma doença caracterizada pela inflamação da esclera, que é a camada fina de tecido que cobre a parte branca do olho, levando ao aparecimento de sintomas como vermelhidão no olho, dor ao movimentar os olhos e diminuição da capacidade visual em alguns casos. A esclerite pode atingir um ou os dois olhos e é mais frequente em mulheres jovens e de meia idade, sendo muitas vezes consequência de complicações de doenças como artrite reumatoide, lúpus, hanseníase e tuberculose.
A esclerite tem cura, principalmente se o tratamento for iniciado logo no início da doença. Assim, é importante consultar o oftalmologista assim que surgirem sinais e sintomas que sejam indicativos de esclerite, para que possa ser iniciado o tratamento mais adequado Para tratar, podem ser utilizados medicamentos como antibióticos ou imunossupressores, além de em alguns casos também ser necessário fazer cirurgia.

Sintomas de esclerite
O principal sintomas relacionado com a esclerite é a vermelhidão no olho e a dor ao movimentar os olhos que pode ser tão intensa ao ponto de interferir no sono e no apetite. Outros sintomas de esclerite são:
- Inchaço no olho;
- Alteração de branco para tons amarelados no olho;
- Aparecimento de um nódulo doloroso, que pode não se movimentar um pouco;
- Diminuição da visão;
- Perfuração do globo ocular, sendo sinal de gravidade.
No entanto, quando a esclerite afeta a parte de trás do olho, os sintomas da doença podem não ser logo identificados, o que prejudica o seu tratamento e a prevenção de complicações.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico é feito com a avaliação dos sintomas e da estrutura do olho por um oftalmologista, que também pode recomendar exames como instilação tópica de anestésico, biomicroscopia à lâmpada de fenda e teste da fenilefrina a 10%.
Quando não tratada adequadamente, a esclerite pode causar complicações como glaucoma, descolamento de retina, inchaço no nervo óptico, alterações na córnea, catarata, perda progressiva de visão e cegueira.
Principais causas
A esclerite é surge principalmente como uma complicação de doenças como artrite reumatoide, gota, granulomatose de Wegener, policondrite recidivante, lúpus, artrite reativa, poliartrite nodosa, espondilite anquilosante, hanseníase, sífilis, síndrome de Churg-Strauss e, em casos mais raros, tuberculose e hipertensão arterial. Além disso, a doença pode surgir após cirurgias oculares, acidentes ou presença de corpos estranhos no olho ou infecções locais causadas por microrganismos.
Como é feito o tratamento
O tratamento para esclerite é feito sob orientação do oftalmologista que indica o uso de medicamentos de acordo com a causa da esclerite, podendo ser recomendado o uso de antibióticos ou imunossupressores, por exemplo.
Em casos de complicações como catarata e glaucoma que não conseguem ser controlados apenas com o uso de medicamentos, o médico também pode recomendar cirurgia. Além disso, deve-se tratar e controlar outras doenças que podem ter causado a esclerite, como lúpus e tuberculose, para favorecer a cicatrização do olho e evitar o reaparecimento do problema.
No entanto, é importante lembrar que os casos de esclerite anterior necrosante com inflamação e esclerite posterior são os mais graves, com maiores chances de perda de visão.