Eletroforese: o que é, para que serve e como é feita

O que é:

A eletroforese é uma técnica laboratorial realizada com o objetivo de separar moléculas de DNA, RNA ou proteínas de acordo com seu tamanho e carga elétrica.

Essa técnica é simples e de baixo custo e permite o diagnóstico de doenças, como a anemia falciforme, para verificar a expressão de proteínas ou para identificar microrganismos.

A eletroforese é utilizada como técnica de rotina em laboratórios e projetos de pesquisa, e dependendo da finalidade desse exame, outros testes podem ser necessários para chegar a determinados diagnósticos.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A eletroforese serve para:

  • Identificar vírus, fungos, bactérias e parasitas, sendo mais comum essa aplicação em projetos de investigação;
  • Teste de paternidade;
  • Verificar a expressão de proteínas;
  • Identificar mutações, sendo útil no diagnóstico de leucemias, por exemplo;
  • Analisar os tipos de hemoglobina circulantes, sendo útil no diagnóstico da anemia falciforme;
  • Avaliar a quantidade de proteínas presentes no sangue;
  • Diagnosticar condições que afetam as células plasmáticas, como macroglobulinemia de Waldenström, gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS)ou amiloidose primária.

A eletroforese de proteínas também pode ser usada para ajudar a diagnosticar problemas de tireoide, diabetes, doenças hepáticas e algumas doenças autoimunes.

Dependendo da finalidade da eletroforese, pode ser necessária a realização de outros exames complementares, como hemograma, testes de função renal e hepática ou radiografias, por exemplo, para que o médico conclua o diagnóstico.

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Tipos de eletroforese

A eletroforese para identificar microrganismos é mais comumente realizada em laboratórios de investigação, no entanto, para fins diagnósticos, a eletroforese pode ser utilizada para identificar doenças hematológicas e doenças que evoluam com o aumento da quantidade de proteínas, sendo os principais tipos de eletroforese:

1. Eletroforese de hemoglobina

A eletroforese de hemoglobina é uma técnica laboratorial realizada para identificar os diferentes tipos de hemoglobina circulantes no sangue, sendo possível identificar a presença de doenças relacionadas à síntese de hemoglobina.

O tipo de hemoglobina é identificado por meio da eletroforese em pH específico, idealmente entre 8,0 e 9,0, sendo verificado um padrão de bandas que pode ser comparado ao padrão normal, permitindo identificar a presença de hemoglobinas anormais.

Para que é feita: a eletroforese de hemoglobina é feita para investigar e diagnosticar doenças relacionadas à síntese de hemoglobina, como anemia falciforme e doença da hemoglobina C, além de ser útil na diferenciação das talassemias. Saiba como interpretar a eletroforese de hemoglobina.

2. Eletroforese de proteínas

A eletroforese de proteínas é um exame solicitado pelo médico para avaliar a quantidade de proteínas circulantes no sangue e, assim, identificar doenças.

Esse exame é feito a partir de uma amostra de sangue, que é centrifugada para que se obtenha o plasma, que a parte do sangue constituída, dentre outras substâncias, por proteínas.

Após eletroforese, pode ser visualizado um padrão de bandas e, posteriormente, um gráfico em que é indicada a quantidade de cada fração de proteínas, sendo fundamental para o diagnóstico.

Para que é feita: a eletroforese de proteínas permite que o médico investigue a ocorrência de mieloma múltiplo, desidratação, cirrose, inflamações, doenças do fígado, pancreatite, lúpus e hipertensão de acordo com o padrão de bandas e o gráfico apresentado no laudo do exame. Entenda como é feita e como entender o resultado da eletroforese de proteínas.

Como é feita

Para realizar a eletroforese, deve-se:

  1. Preparar um gel de agarose ou poliacrilamida, dependendo do objetivo da realização da técnica. Além disso, deve-se ter uma solução tampão, cuba de eletroforese, marcador de peso molecular e uma substância capaz de permitir a visualização das amostras quando expostas à luz UV ou LED;
  2. Colocar cada amostra em um poço do gel, misturando uma pequena quantidade de marcador de peso molecular;
  3. Colocar em um dos poços um controle positivo, que é a substância que se sabe o que é, e em outro poço, o controle negativo, para garantir a validade da reação. Em ambos os poços, é necessário haver também o marcador de peso molecular;
  4. Colocar o gel na cuba de eletroforese, caso não esteja, com a solução tampão específica, e ligar o aparelho para que seja gerada corrente elétrica capaz de gerar de diferença potencial e separação das partículas de acordo com a sua carga e tamanho. O tempo da corrida eletroforética varia de acordo com o objetivo do procedimento, podendo durar até 1 hora;
  5. Visualizar o resultado da eletroforese por meio do transiluminador. Quando o gel é colocado sob luz UV ou LED, é possível visualizar o padrão de bandas: quanto maior a molécula, menor é a sua migração, ficando mais próximo do poço, enquanto que quanto mais leve for a molécula, maior é o potencial migratório.

Para que a reação seja validada, é preciso que sejam visualizadas as bandas do controle positivo e que no controle negativo não seja visualizado nada, pois caso contrário é indicativo de que houve contaminação, devendo todo o processo ser repetido.