Elefantíase: o que é, sintomas, transmissão e tratamento

Elefantíase é uma doença parasitária crônica, causada principalmente pelo nematoide Wuchereria bancrofti, que afeta os vasos linfáticos, resultando em sintomas como inchaço no braço, pernas, bolas escrotal ou seios, por exemplo. 

A elefantíase é transmitida através da picada do mosquito Culex sp., conhecido como mosquito palha ou pernilongo, que é capaz de transportar as larvas do verme, e depositar a larva na corrente sanguínea durante a picada.

O tratamento da elefantíase, também chamada de filariose linfática, é feito pelo infectologista ou clínico geral, sendo normalmente recomendado o uso de antiparasitários com o objetivo de eliminar o parasita.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de elefantíase

Os principais sintomas de elefantíase são:

  • Febre alta ou calafrios;
  • Dor de cabeça ou mal estar geral;
  • Abscesso, caroço, inchaço ou dor no local da picada;
  • Aumento dos gânglios linfáticos;
  • Inchaço dos membros, como pernas, braços, mamas, testículo ou saco escrotal;
  • Acúmulo de líquidos ao redor dos testículos (hidrocele).

Os sintomas de elefantíase podem surgir após vários meses da infecção pelo parasita e acontecem devido ao desenvolvimento e espalhamento das larvas do parasita pelo organismo. 

Após meses a anos, caso a filariose não seja devidamente tratada, a presença das filárias adultas na circulação faz com que se formem cicatrizes e haja obstrução dos vasos linfáticos.

Isso impede o fluxo de linfa e resulta no acúmulo deste líquido nos membros afetados, causando inchaço crônico e espessamento da pele, o que dá o aspecto semelhante ao de um elefante, que origina o nome da infecção.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da elefantíase é feito pelo infectologista ou clínico geral através da avaliação dos sintomas e exames físico e laboratoriais.

Marque uma consulta com o infectologista na região mais próxima de você:

Cuidar da sua saúde nunca foi tão fácil!

Marque uma consulta com nossos Infectologistas e receba o cuidado personalizado que você merece.

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Assim, o médico deve solicitar exames de sangue de preferência à noite pois há maior quantidade de parasita na circulação nesse período, facilitando o diagnóstico.

Além disso, o médico pode pedir um ultrassom dos vasos linfáticos ou do saco escrotal, pois permite visualizar o parasita nesses locais.

Como ocorre a transmissão

A transmissão da elefantíase acontece quando o mosquito Culex sp. infectado com o verme nematoide Wuchereria bancrofti, pica a pessoa.

Ao picar as larvas do tipo L3, passam para a corrente sanguínea, onde são transportadas até alcançar os vasos linfáticos, onde se desenvolvem até a fase adulta, havendo liberação de novas larvas na circulação sanguínea e linfática.

Leia também: Wuchereria bancrofti: sintomas, ciclo de vida e tratamento tuasaude.com/wuchereria-bancrofti

A elefantíase é contagiosa?

A pessoa infectada pelo parasita Wuchereria bancrofti não passa o parasita para outras pessoas diretamente, através do contato com a pele.

No entanto, se um mosquito a picar, pode ser infectado e, assim, transmitir o parasita para outras pessoas ao picá-las.

Como é feito o tratamento

O tratamento da elefantíase deve ser feito com orientação do infectologista ou clínico geral e tem como objetivo eliminar o parasita do organismo e desobstruir os vasos linfáticos.

Os principais tratamentos para elefantíase são:

1. Remédios para elefantíase

Os remédios para elefantíase são indicados para matar as larvas da filária e evitar complicações.

O principal remédio utilizado é a dietilcarbamazina, que deve ser tomado por via oral, após a confirmação do diagnóstico e identificação do tipo de espécie do parasita.

2. Cirurgia

Em alguns casos, pode ser necessária a realização de cirurgia para remover os restos de vermes adultos e as calcificações no sistema linfático, o que melhora a drenagem linfática, diminuindo os sintomas da elefantíase.

Além disso, a cirurgia é recomendada para o tratamento do acúmulo de líquido no saco escrotal, ajudando a aliviar a dor e o inchaço.

3. Meias de compressão

Para o tratamento da elefantíase crônica nas pernas, o médico pode também indicar elevar as pernas ou usar meias elásticas de compressão.

Além disso, é importante manter a higiene adequada da pele, lavando com água e sabonete frequentemente e secando bem, para evitar infecções.

Prevenção da elefantíase

A prevenção da elefantíase é feita se evitando o contato com mosquitos transmissores, através de medidas como:

  • Uso de mosquiteiro para dormir;
  • Telas nas janelas e nas portas;
  • Evitar deixar água parada em pneus, garrafas e vasos de plantas, por exemplo;
  • Usar repelente diariamente;
  • Evitar locais com moscas e mosquitos.

Além disso, cabe ao governo utilizar meios para combater as moscas e mosquitos como a pulverização de venenos pelo ar, como o fumacê e as medidas de saneamento básico.