Como é feita a drenagem linfática manual

Atualizado em maio 2021

​A drenagem linfática manual é um tipo de massagem corporal que serve para ajudar o corpo a eliminar o excesso de líquidos e toxinas, facilitando o tratamento da celulite, inchaço ou linfedema, e sendo também muito utilizada no pós-operatório de cirurgias, principalmente da cirurgia plástica.

A drenagem linfática não emagrece porque não elimina gordura mas ajuda a diminuir o volume, uma vez que elimina os líquidos que causam o inchaço corporal. Esta massagem deve ser realizada sempre em direção aos gânglios linfáticos aplicando apenas uma pequena pressão com as mãos sobre a pele, pois o excesso de pressão pode inibir a circulação linfática, comprometendo os resultados e, por isso, o mais recomendado é que seja feita por um profissional capacitado.

Imagem ilustrativa número 7

A drenagem pode ser realizada de 1 à 5 vezes por semana, de acordo com a necessidade, devendo ser prescrita o número de sessões pelo próprio terapeuta que irá realizar o procedimento, após uma avaliação inicial. De forma geral, a drenagem linfática segue o seguinte passo a passo:

1º passo: estimulação do sistema linfático

A drenagem linfática sempre deve ser iniciada com manobras que estimulem o esvaziamento dos gânglios linfáticos, localizados na região da virilha e na região acima da clavícula. O estímulo nestas regiões deve ser feito, antes de iniciar as manobras e deve ser repetido 1 a 3 vezes ao longo da sessão, para potencializar seus resultados. Para isso, pode-se fazer movimentos circulares sobre a região dos gânglios linfático ou fazer movimentos de bombeamento, 10 a 15 vezes.

2º passo: drenagem linfática facial

A drenagem do rosto inicia pela drenagem do pescoço. A drenagem do pescoço começa por círculos com os dedos que exercem pressão na região supraclavicular, a seguir deve-se fazer círculos suaves sobre o músculo esternocleidomastoideo, na lateral do pescoço e também na região nucal. A seguir começa-se a drenagem na face propriamente dita e para isso deve-se iniciar a drenagem ao redor da boca. Para isso, deve-se: 

  1. Apoiar o dedo indicador e médio, pressionando a área do queixo com movimentos circulares;
  2. Realizar movimentos na região por baixo da boca e em sua volta, incluindo acima do lábio superior, trazendo a linfa em direção ao centro do queixo;
  3. Os círculos com os dedos (anelar, médio e indicador) empurram a linfa das bochechas em direção ao ângulo da mandíbula. O movimento inicia na parte inferior da bochecha, até o ângulo, e depois chega mais próximo ao nariz, trazendo a linfa em direção ao ângulo;
  4. A pálpebra inferior deve ser drenada em direção aos gânglios próximos do ouvido; 
  5. A pálpebra superior, região do canto dos olhos e a testa também devem ser drenadas em direção ao ouvido. 

Veja no vídeo a seguir mais detalhes sobre como fazer a drenagem linfática no rosto:

youtube image - Como fazer drenagem linfática no rosto

3º passo: drenagem linfática nos braços e mãos

A drenagem do braço, mão e dedos começa com o estímulo na região axilar, com várias séries de 4-5 círculos. A seguir deve:

  1. Fazer o movimento de deslizamento ou bracelete do cotovelo até a região da axila. Repetir de 5-7 vezes;
  2. Fazer movimentos de deslizamento ou bracelete desde o punho até o cotovelo. Repetir de 3-5 vezes;
  3. Próximo ao punho os movimentos devem ser realizados com as pontas dos dedos em movimentos circulares;
  4. A drenagem da mão inicia com os movimentos circulares da região próxima ao polegar até a base dos dedos; 
  5. Os dedos são drenados com círculos combinados com as pontas dos de­dos e do polegar ao longo do seu comprimento; 

A drenagem dessa área termina com o estímulo dos gânglios axilares. 

4º passo: drenagem linfática do tórax e mama

A drenagem dessa região começa com a estimulação dos gânglios da região supraclavicular e axilar com movimentos circulares ou bombeamento. A seguir deve:

  1. Posicionar os dedos com movimentos circulares, a região de baixo da mama deve ser drenada em direção à axila. Repetir de 5-7 vezes;
  2. A região do centro do tórax deve ser drenada em direção à região subclavicular. Repetir de 5-7 vezes.

A drenagem dessa região termina com a estimulação da região subclavicular. 

5º passo: drenagem linfática na barriga

A drenagem do abdômen começa com o estímulo da região inguinal. A seguir deve: 

  1. Fazer movimentos de pressão com a lateral da mão em volta do umbigo em direção à crista ilíaca, e depois da crista ilíaca até o região inguinal. Repetir entre 5-10 vezes de cada lado;
  2. A drenagem da parte lateral da barriga deve ser de cima para baixo, pressionando suavemente a pele até chegar ao quadril. Repetir entre 5-10 vezes.

A drenagem da parede abdominal termina com a estimulação em bombeamento dos gânglios inguinais.

Imagem ilustrativa número 9

6ª passo: drenagem linfática nas pernas e pés

A drenagem das pernas e pés começa com a estimulação da região inguinal com pressões consecutivas e movimentos circulares com as pontas dos dedos em várias séries de 4-5 círculos. A seguir deve:

  1. Posicionar as mãos em forma de bracelete sobre a coxa e fazer deslizamentos do meio da coxa até os gânglios, de 5-10 vezes e depois da região mais próxima do joelho, até a região inguinal, de 5-10 vezes; 
  2. A região interna da coxa deve ser drenada em direção aos genitais; 
  3. A drenagem do joelho começa pela drenagem dos gânglios poplíteos localizados na parte de trás do joelho; 
  4. A drenagem da parte posterior da perna deve ser sempre em direção aos gânglios linfáticos próximos dos genitais; 
  5. Fazer movimentos de bracelete desde o tornozelo até a parte de trás dos joelhos, pressionando as mãos contra a pele. Repetir entre 5-10 vezes;
  6. Colocar as mãos atrás da dobra do joelho e subir até à virilha, passando pelo bumbum. Repetir entre 5-10 vezes.
  7. Para drenar os pés deve-se realizar movimentos circulares com as pontas dos dedos desde a região maleolar até a parte posterior do joelho. 

7º passo: drenagem linfática das costas e nádegas 

As manobras realizadas nas costas e glúteos podem ser de pressão com a parte lateral da mão e o movimentos em círculo com os dedos. Deve-se drenar:

  • O meio das costas em direção à axila;
  • A região lombar em direção à região inguinal; 
  • A região superior e média do glúteo em direção à região inguinal;
  • A parte inferior dos glúteos em direção aos genitais. 

A drenagem dessa região termina com a estimulação dos gânglios inguinais. 

Após finalizar a drenagem a pessoa deve permanecer deitado, em repouso por 5-10 minutos. Se estiver em tratamento contra o linfedema, por exemplo, poderá usar uma meia ou manga elástica para evitar que a região fique inchada novamente. Se for realizar atividade física intensa a seguir, também deverá usar a meia ou manga de compressão durante a atividade física.

Imagem ilustrativa número 8

Tipos de manobras usadas

Existem diversas manobras que podem ser realizadas durante uma sessão de drenagem, mas as mais utilizadas são:

  • Círculos com os dedos (sem o polegar): são realizados movimentos circulares pressionando levemente a pele e são realizados círculos várias vezes consecutivas pela área de pele a tratar;
  • Pressão com a parte lateral da mão: posicionar a parte lateral da mão (dedo mindinho) sobre a região a ser tratada e rodar o punho até os outros dedos tocarem na pele. Realizar esse movimento repetidas vezes ao longo da região a tratar;
  • Deslizamento ou bracelete: é mais usado nos braços e pernas ou locais onde seja possível enrolar a mão à volta. Deve-se fechar a mão sobre a região a ser tratada e pressionar o local com um ligeiro movimento de arrastamento e começando da região mais próxima dos gânglios e ir afastando; 
  • Pressão com o polegar, com movimento circular: apoiar somente o polegar na região a ser tratada e realizar movimentos circulares concêntricos pressionando levemente a pele de forma consecutivas no local, sem friccionar a região.

A pressão realizada deve ser sempre suave, semelhante a um tateamento, e as direções da drenagem devem ser rigorosamente respeitadas para que tenha o efeito esperado.  

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