Dor nos seios: 11 principais causas (e o que fazer)

Atualizado em janeiro 2024

A dor nos seios pode ser causada por alterações hormonais, como as que acontecem na menstruação, menopausa ou gravidez, ser consequência do uso de medicamentos ou da troca de anticoncepcional, ou ser sinal de cisto no seio, fibroadenoma ou papiloma intraductal, por exemplo.

De forma geral, a dor nos seios é leve e acontece de forma periódica, melhorando depois de alguns dias. No entanto, dependendo da causa, é possível que seja notados alguns sintomas, como saída de secreção pelo mamilo, vermelhidão local e sensação de queimação, por exemplo.

Assim, se a dor ou o desconforto na mama permanecerem por mais de 15 dias ou se parecerem não estar relacionados com a menstruação ou menopausa, é recomendado consultar o mastologista ou ginecologista para identificar a causa e iniciar o tratamento mais adequado.

Imagem ilustrativa número 1

Principais causas

As causas mais comuns de dor nos seios são:

1. Início da puberdade

As meninas entre 10 e 14 anos, que estão entrando na puberdade, podem apresentar uma pequena dor ou desconforto nos seios que estão começando a crescer, e se tornam mais doloridos.

O que fazer: não é necessário nenhum tratamento específico, mas tomar banho com água morna pode aliviar o desconforto. Nessa fase também é importante usar um sutiã que confira um bom apoio para o tamanho do seio. 

2. TPM ou menstruação

Antes e durante a menstruação as alterações hormonais podem provocar dor na mama de algumas mulheres, não sendo grave, apesar de incomodar todos os meses. Nestes casos, a mulher pode sentir pequenas pontadas na mama ou sensibilidade aumentada, mesmo no bico da mama. Quando a dor é leve ou moderada e dura de 1 a 4 dias, ela é considerada normal, mas quando dura mais de 10 dias e irradia para o braço ou axila, deve ser avaliado por um ginecologista ou mastologista.

O que fazer: raramente é preciso tomar medicamentos, mas o uso contínuo da pílula anticoncepcional pode ajudar a aliviar os sintomas em cada menstruação. Quando a dor incomoda muito, o ginecologista poderá indicar a toma de Bromocriptina, Danazol e Tamoxifeno, ou como opções naturais, o Agnus Castus, Óleo de prímula, ou vitamina E, que devem ser tomados durante 3 meses para a seguir avaliar os resultados. 

3. Menopausa

Algumas mulheres quando estão entrando na menopausa podem sentir os seios doloridos ou com a sensação de queimação, além de outros sintomas típicos da menopausa, como ondas de calor, suor noturno e alterações de humor, por exemplo.

A dor no seio acontece devido à alteração nos níveis dos hormônios estrogênio e progesterona, que tendem a variar bastante durante a primeira fase da menopausa, afetando o tecido mamário e causando o desconforto.

O que fazer: não é necessário nenhum tratamento específico, mas usar um sutiã com bom suporte, diminuir a quantidade de cafeína e aplicar compressas mornas sobre os seios, são estratégias simples que podem reduzir a dor.

4. Gravidez 

As mamas podem ficar especialmente sensíveis no início e no final da gravidez, devido ao crescimento das glândulas mamárias e a produção de leite materno, por exemplo. Se suspeita que pode estar grávida confira 10 primeiros sintomas de gravidez

O que fazer: colocar compressas mornas pode ajudar a aliviar o desconforto, assim como tomar um banho com água morna e massagear levemente a região. Na gravidez é recomendado também usar um sutiã de amamentação para um melhor suporte dos seios. 

5. Amamentação

Durante a amamentação quando os seios estão cheios de leite, as mamas podem ficar duras e muito doloridas, mas se a dor aguda e localizada no bico da mama, isso pode indicar uma rachadura, que provoca intensa dor e até mesmo, sangramento. 

O que fazer: Se a mama estiver cheia de leite a melhor estratégia é dar de mamar ou tirar o leite com uma bombinha. Se os mamilos estiverem doloridos deve-se observar bem a área para verificar se existe algum ducto entupido ou rachadura no local da dor, que impede a passagem do leite, podendo causar mastite, que é uma situação mais grave. Assim, se tiver problemas com a amamentação o enfermeiro especialista em obstetrícia poderá indicar pessoalmente o que fazer para solucionar esse problema. Saiba solucionar este e outros problemas comuns da amamentação

6. Uso de remédios

A toma de certos medicamentos, como Aldomet, Aldactone, Digoxina, Anadrol e Clorpromazina tem como efeito colateral a dor nas mamas.

O que fazer: Deve-se informar o médico sobre o surgimento desse sintoma e também a sua intensidade. O médico poderá verificar a possibilidade de indicar a toma de outro medicamento que não cause mastalgia. 

7. Cistos na mama

Algumas mulheres têm um tecido mamário irregular chamado de seios fibrocísticos, que pode causar dor principalmente antes da menstruação. Esse tipo de problema não está ligado ao câncer, mas também causa a formação de nódulos nos seios que podem crescer ou desaparecer sozinho.

O que fazer: Nos casos em que a dor não está relacionada à menstruação, pode-se utilizar medicamentos como Tylenol, Aspirina ou Ibuprofeno, sob indicação médica. Saiba como é feito o tratamento para cisto na mama

8. Mudança de anticoncepcional 

Ao iniciar a toma ou mudar de anticoncepcional pode surgir a dor na mama, que pode ser leve ou moderada e geralmente afeta as duas mamas ao mesmo tempo, podendo haver também sensação de queimação.

O que fazer: Massagem durante o banho e uso de sutiã confortável pode ser uma boa solução enquanto o corpo não se adapta à pílula anticoncepcional, o que pode demorar de 2 a 3 meses.

9. Depois de uma cirurgia

Após uma cirurgia na região peitoral pode ter como consequência dor nos seios, principalmente nos primeiros dias depois do procedimento cirúrgico, devido à tensão da pele e a renovação do tecido da mama.

O que fazer: Caso a dor seja muito intensa nos primeiros dias ou apareça depois de algumas semanas da cirurgia, é recomendado que o médico seja consultado para que seja feita uma avaliação clínica e seja identificada a causa para iniciar o tratamento mais adequado.

10. Fibroadenoma mamário

O fibroadenoma mamário é o tumor benigno mais frequente da mama e aparece entre os 20 e 40 anos de idade, sendo caracterizado por ser uma bolinha bem delimitada no seio, que pode se mover e causar dor. 

O que fazer: É recomendado consultar o ginecologista ou mastologista para que seja realizado um ultrassom mamário ou uma mamografia para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento, que normalmente é feito com cirurgia.

11. Papiloma intraductal

O papiloma intraductal é o crescimento de um tumor benigno nos ductos mamários, provocando secreção sanguinolenta que sai pelo mamilo, além de dor e sensação de caroço na mama, sendo mais comum em mulheres entre 30 e 50 anos.

O que fazer: É importante que o ginecologista ou mastologista seja consultado para que sejam indicados exames que confirmem o diagnóstico e, assim, seja possível realizar uma cirurgia para retirada do papiloma.

Dor nos seios pode ser sinal câncer?

Raramente a dor nos seios é sinal de câncer, pois geralmente os tumores malignos não causam dor. No caso do câncer de mama outros sintomas podem estar presentes como saída de secreção pelo mamilo, depressão numa parte da mama. Confira os 12 sintomas do câncer de mama.

As mulheres com maiores riscos de ter câncer de mama são as que possuem mãe ou avós com câncer de mama, com mais de 45 anos de idade, e as que já tiveram algum tipo de câncer. As mulheres jovens, que amamentaram e que tiveram apenas lesões benignas ou até mesmo, cisto benigno na mama não têm mais risco de câncer de mama. 

Em todo caso, em caso de suspeita deve-se ir ao ginecologista para investigar e realizar a mamografia a partir dos 40 anos de idade.

Quando ir ao médico

Deve-se procurar o médico quando a dor no peito for forte ou durar mais de 10 dias consecutivos, ou se ela surgir juntamente com sintomas como:

  • Secreção clara ou com sangue no mamilo;
  • Vermelhidão ou pus na mama;
  • Febre;
  • Surgimento de um caroço no seio que some após o período menstrual.

Em caso de sintomas, marque uma consulta com o mastologista ou ginecologista mais próximo para que seja feita uma avaliação geral:

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Além disso, é importante ir ao ginecologista pelo menos 1 vez por ano fazer exames que avaliem a saúde da mama e do aparelho reprodutor, prevenindo problemas e identificando doenças logo no início.

O médico normalmente avalia as mamas observando o local da dor, se existem alterações como assimetria ou retração da mama em algum ponto, e também busca ínguas inflamadas ou doloridas nas axilas ou nas clavículas, para verificar se há necessidade de solicitar exames como a mamografia, ultrassonografia ou ecografia da mama, principalmente se houver casos de câncer de mama na família.