Vampirismo: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento

Atualizado em setembro 2021

O vampirismo clínico, também conhecido como síndrome de Renfield, é um distúrbio psicológico relacionado a uma obsessão por sangue. Este é um distúrbio grave mas raro, sobre o qual ainda existem poucos estudos científicos.

Os portadores desta síndrome podem manifestar sintomas diferentes que incluem uma necessidade incontrolável de ingerir sangue, podendo até se ferir e se cortar para sugar seu próprio sangue.

Enquanto que "vampirismo clínico" é um termo utilizado para descrever uma relação obsessiva com o sangue, a "síndrome de Renfield" é um termo que foi inventado por um cientista para descrever a ingestão compulsiva de sangue, o qual não é cientificamente reconhecido. Este nome, foi inspirado no romance Drácula, onde Renfield é uma personagem secundária, com problemas psicológicos que mantém uma ligação e correspondência telepática com Conde Drácula.

Principais sintomas

Alguns dos principais sintomas que podem indicar a presença deste distúrbio incluem:

  • Necessidade ou obsessão incontrolável para beber sangue;
  • Vontade de fazer cortes ou feridas em si mesmo para sugar o sangue;
  • Vontade de beber o sangue de outras pessoas;
  • Sensação de satisfação ou de prazer depois ou durante a ingestão de sangue;
  • Gosto por romances e literatura sobre bruxaria, vampirismo ou terror em geral;
  • Obsessão para matar pequenos animais como pássaros, peixes, gatos e esquilos;
  • Preferência para permanecer acordado durante a noite.

Nem todos os sintomas necessitam de estar presentes e muitas vezes o vampirismo clínico vem também associado a outros comportamentos perturbadores, que podem incluir psicose, alucinações, delírios, canibalismo, violação e homicídio.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de vampirismo pode ser feito pelo psiquiatra ou psicólogo, que identifica a presença de uma obsessão em torno do sangue e do consumo de sangue humano.

Além disso, é comum a presença de psicose, alucinações e delírios, relacionados com o sangue ou com vampiros, personagens fictícias de terror imortais e que sobrevivem às custas da ingestão de sangue.

Porém, este distúrbio pode muitas vezes ser confundido com outras doenças psicológicas, como a esquizofrenia, por exemplo, já que existe pouca investigação científica sobre o vampirismo clínico.

Como é feito o tratamento

O tratamento para o vampirismo clínico inclui geralmente internamento hospitalar, de forma a que o paciente possa ter um acompanhamento de 24 horas por dia, uma vez que muitas vezes pode representar um perigo para si mesmo e para os outros.

Além disso, é também necessário o tratamento com remédios para controlar as psicoses, alucinações ou delírios associados, assim como podem ser indicadas sessões diárias de psicoterapia.