Diphyllobothrium latum: sintomas, ciclo de vida e tratamento

Atualizado em março 2020

O Diphyllobothrium latum é um parasita popularmente conhecido como a "tênia" dos peixes, isso porque é encontrado principalmente nesses animais e atinge cerca de 10 metros. A transmissão para as pessoas acontece por meio do consumo de peixe cru, mal cozido ou defumado que possa estar infectado por esse parasita, dando origem à doença difilobotriose.

A maioria dos casos de difilobotriose é assintomática, no entanto algumas pessoas podem apresentar sintomas gastrointestinais, como náuseas e vômitos, além de poder haver obstrução intestinal. O diagnóstico da doença deve ser feito pelo clínico geral ou infectologista através do exame parasitológico de fezes, em que é feita a procura de estruturas do parasita ou ovos, que costumam aparecer cerca de 5 a 6 semanas após a infecção.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de difilobotriose

A maioria dos casos de difilobotriose são assintomáticos, no entanto algumas pessoas podem apresentar sinais e sintomas de infecção, sendo os principais:

  • Desconforto abdominal;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Diarreia;
  • Perda de peso;
  • Diminuição ou aumento do apetite.

Podem surgir também sinais e sintomas de deficiência de vitamina B12 e de anemia, como fraqueza, cansaço excessivo, falta de disposição, pele pálida e dor de cabeça, por exemplo. Além disso, no caso da difilobotriose não ser identificada e tratada, pode haver também obstrução intestinal e alterações na vesícula biliar devido à migração das proglotes do parasita, que são partes do seu corpo que contém órgãos reprodutores e seus ovos.

Ciclo de vida do Diphyllobothrium latum

Os ovos do Diphyllobothrium latum quando na água e sob condições adequada, podem torna-se embrionados e desenvolver-se até o estado de coracídio, que são ingeridos por crustáceos presentes na água. Assim os crustáceos são considerados os primeiros hospedeiros intermediários do parasita.

Nos crustáceos, o coracídio desenvolve-se até o primeiro estágio larval. Esses crustáceos, por sua vez, acabam por ser ingeridos por peixes pequenos e liberam as larvas, que desenvolvem-se até o segundo estágio larval, que é capaz de invadir os tecidos, sendo, por tanto, considerado o estágio infeccioso do Diphyllobothrium latum. Além de poder estar presente nos peixes pequenos, as larvas infectantes de Diphyllobothrium latum também podem ser encontradas em peixes maiores que se alimentam dos peixes menores.

A transmissão para as pessoas acontece a partir do momento que peixes infectados, tanto pequenos quanto grandes, são consumidos pela pessoa sem os devidos cuidados de higiene e preparo. No organismo humano, essas larvas desenvolvem-se até o estágio adulto no intestino, permanecendo fixados à mucosa intestinal por meio de uma estrutura presente em sua cabeça. Os vermes adultos podem atingir cerca de 10 metros e podem ter mais de 3000 proglotes, que são segmentos do seu corpo que contém órgãos reprodutores e que liberam os ovos.

Como é o tratamento

O tratamento da difilobotriose é feito com o uso de remédios anti-parasitários que devem ser recomendados pelo clínico geral ou infectologista, podendo ser indicado o uso de Praziquantel ou Niclosamida, cuja dose e concentração deve ser indicado pelo médico, e que são eficazes na eliminação do parasita.

Além de seguir o tratamento recomendado pelo médico, é importante também que sejam adotadas medidas de segurança para evitar novamente a infecção, como cozinhar corretamente o peixe antes de consumi-lo. No caso do peixe ser utilizado para preparação de sushi, por exemplo, é importante que seja congelado antes de que seja manipulado para o consumo, uma vez que temperaturas a partir de -20ºC são capazes de inibir a atividade do parasita.