Crise de ausência: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento

Crise de ausência é um tipo crise convulsiva, que causa sintomas como perda perda transitória de contato com o mundo, como se a pessoa estivesse desligada do mundo ao redor, ficando quieta e com o olhar vago e fixo para o espaço.

Esse tipo de crise epiléptica é mais comum em crianças entre 4 e 14 anos, mas também pode ocorrer em adultos, causada por uma alteração da atividade elétrica dos neurônios no cérebro e também dos níveis de neurotransmissores cerebrais.

Leia também: Epilepsia: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento tuasaude.com/epilepsia

O tratamento da crise de ausência é feito pelo neurologista ou neuropediatra e, normalmente, envolve o uso de remédios anticonvulsivantes para controlar a atividade cerebral e evitar novas crises.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas da crise de ausência

Os principais sintomas da crise de ausência são: 

  • Perda súbita da consciência;
  • Parar os movimentos, atividades ou fala de forma repentina, sem cair no chão;
  • Olhar fixo e vago, como se estivesse fora do ar ou desligado do mundo;
  • Piscar ou revirar os olhos;
  • Ausência de resposta ao que se é falado ou de reação a estímulos;
  • Apertar os lábios ou fazer movimentos de mastigação.

Além disso, podem surgir pequenos movimentos com a cabeça ou com as duas mãos, esfregar os dedos ou palidez. Veja outros sintomas de crise convulsiva.

As crises de ausência podem ser difíceis de identificar, especialmente em crianças, podendo ser confundidas com falta de atenção, por exemplo.

Por isso, é importante consultar um neurologista ou neuropediatra assim que são observados os sintomas, para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento mais adequado.

Quanto tempo dura uma crise de ausência?

Geralmente, a crise de ausência dura cerca de 10 a 20 segundos, podendo ocorrer várias vezes ao longo do dia e, depois da crise, a pessoa recupera rapidamente o estado normal de alerta e continua a atividade que estava fazendo, não se lembrando do que aconteceu.

No entanto, dependendo do tipo de crise de ausência, os sintomas podem se iniciar de forma mais lenta e durar mais de alguns minutos.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da crise de ausência é feito pelo neurologista ou neuropediatra através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame físico e neurológico em que o médico faz testes de comportamento, habilidades motoras e função mental. 

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Além disso, para confirmar o diagnóstico, o médico pode solicitar um exame de eletroencefalograma, para avaliar a atividade elétrica do cérebro. Durante esse exame, o médico pode pedir à pessoa para respirar muito rapidamente, porque isso pode desencadear uma crise de ausência.

Outros exames que o médico pode solicitar são ressonância magnética ou tomografia computadorizada, para obter imagens detalhadas do cérebro e descartar outras doenças como AVC ou tumor cerebral. 

Possíveis causas

As principais causas da crise de ausência são:

  • Histórico familiar de crise de ausência;
  • Idade, sendo mais comum em crianças dos 4 e 14 anos;
  • Gênero, sendo mais frequente em meninas do que meninos;
  • Respiração rápida;
  • Sons, luzes piscantes ou luz solar intensa;
  • Falta de sono ou estresse emocional;
  • Uso de álcool ou drogas ilícitas;
  • Síndrome de Lennox-Gastaut.

Além disso, o uso de remédios como isoniazida ou antipsicóticos, interromper de forma abrupta o uso de benzodiazepínicos ou não tomar o anticonvulsivante receitado pelo médico corretamente, podem aumentar o risco de crise de ausência.

Crise de ausência infantil tem cura?

A idade de início da crise de ausência infantil geralmente é entre 4 e 10 anos, tendo um pico entre os 5 e 7 anos, e a criança normalmente deixa de ter as crises naturalmente na adolescência, até os 18 anos, ficando curada.

Porém, algumas crianças podem ter crises para o resto da vida ou desenvolver outros tipos de convulsões.

Leia também: Convulsão: o que é, sintomas, causas, tipos, tratamento (e o que fazer) tuasaude.com/convulsao

Tipos de crise de ausência

Os principais tipos de crise de ausência são:

1. Crise de ausência típica

A crise de ausência típica é o tipo mais comum caracterizada por interromper repentinamente todas as atividades sem qualquer aviso, olhar vazio ou para o espaço e tremores nas pálpebras, por exemplo.

Geralmente, esse tipo de crise de ausência dura cerca de 10 a 20 segundos e, após a crise a pessoa pode ficar confusa por alguns segundos.

2. Crise de ausência atípica

A crise de ausência atípica é caracterizada por ter um início mais lento e ser mais longa do que a crise de ausência típica.

Nesse tipo de crise de ausência os sintomas se iniciam com um olhar vazio ou fixo no espaço, seguido por piscar repetidamente, apertar os lábios, fazer movimentos de mastigação, estalar os dedos ou fazer movimentos com as mãos.

A crise de ausência atípica normalmente dura 20 segundos ou mais, podendo continuar na vida adulta, sendo mais comum em pessoas que têm síndrome de Lennox-Gastaut. Entenda o que é a síndrome de Lennox-Gastaut.

Como é feito o tratamento

O tratamento para crise de ausência deve ser orientado pelo neurologista ou neuropediatra, que pode indicar o uso de medicamentos para crise de ausência, principalmente anticonvulsivantes, como a etossuximida, o ácido valproico ou a lamotrigina, por exemplo. 

Leia também: Anticonvulsivantes: o que são, para que servem e principais tipos tuasaude.com/anticonvulsivantes

Além disso, como forma de ajudar a controlar e prevenir as crises de ausência, o médico pode recomendar fazer uma dieta cetogênica, que é rica em gorduras boas e pobre em carboidratos, devendo ser feita com orientação do nutricionista.

Confira no vídeo a seguir mais detalhes sobre como funciona a dieta cetogênica:

CARDÁPIO para DIETA CETOGÊNICA

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Quem tem TDAH tem crise de ausência?

O TDAH e a crise de ausência são condições diferentes, porém podem ter sintomas semelhantes, como desatenção, episódios de olhar fixo ou sonhar acordado.

No entanto, o TDAH apresenta sintomas diferentes, como desorganização, esquecimento, inquietação ou fala excessiva, por exemplo. Veja os principais sintomas de TDAH.

Em alguns casos, a pessoa com TDAH pode ter um maior risco de desenvolver epilepsia e crise de ausência, sendo importante ter um diagnóstico adequado para fazer o tratamento correto.

Leia também: Tratamento para TDAH: medicamentos e opções naturais tuasaude.com/tratamento-para-deficit-de-atencao-e-hiperatividade

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