Clortalidona (Higroton): para que serve e como tomar

Clortalidona é um diurético indicado para o tratamento da pressão alta, insuficiência cardíaca, inchaço causado por insuficiência venosa crônica ou para prevenir a formação de pedra nos rins formada por oxalato de cálcio.

Esse remédio pode ser encontrado em farmácias ou drogarias, na forma de comprimidos de 12,5, 25 e 50 mg, como genérico "clortalidona" ou com o nome comercial Higroton. Além disso, também pode ser encontrado associado a outras substâncias, como atenolol ou amilorida, para tratar a pressão alta.

Leia também: Diuréticos: o que são, tipos e quando não usar tuasaude.com/como-funcionam-os-diureticos

A clortalidona deve ser usada com indicação do cardiologista, hepatologista ou nefrologista, que podem indicar a dose e o tempo de tratamento de forma individualizada, de acordo com a condição a ser tratada.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A clortalidona é indicada para o tratamento de:

  • Pressão alta, podendo ser usada sozinha ou junto com outro anti-hipertensivos;
  • Insuficiência cardíaca congestiva estável, leve a moderada;
  • Inchaço causado por edema insuficiência venosa crônica ou síndrome nefrótica;
  • Ascite causada por cirrose no fígado.

Além disso, esse remédio pode ser indicado para prevenir a formação de pedras nos rins formadas por oxalato de cálcio, em pessoas que tenham aumento da eliminação de cálcio pela urina de causa desconhecida, chamada hipercalciúria idiopática.

A clortalidona deve ser usada com indicação do cardiologista, hepatologista ou nefrologista, com acompanhamento médico regular para avaliar a eficácia do tratamento e o surgimento de efeitos colaterais.

Como tomar

A clortalidona deve ser tomada por via oral, com um copo de água, de preferência pela manhã junto com o café da manhã.

A posologia da clortalidona para adultos varia com a condição a ser tratada e inclui:

  • Pressão alta: as doses iniciais recomendadas são de 12,5 mg a 25 mg, por dia, podendo ser aumentada pelo cardiologista para até 50 mg por dia, de acordo com a resposta ao tratamento;
  • Insuficiência cardíaca congestiva estável: a dose normalmente recomendada é de 25 a 50 mg por dia, podendo ser aumentada pelo cardiologista para até 100 a 100 mg por dia;
  • Inchaço por insuficiência venosa crônica, ascite ou síndrome nefrótica: geralmente é recomenda a menor dose possível, que não deve ultrapassar 50 mg por dia;
  • Prevenção de pedras nos rins de oxalato de cálcio: as doses recomendadas são de 25 mg por dia, podendo ser aumentada pelo nefrologista para doses maiores do que 50 mg por dia, se necessário para aumentar a eficácia do tratamento.

O tempo de tratamento com a clortalidona deve ser orientado pelo médico, assim como as doses, de acordoc om as condições clínicas da pessoa e resposta ao tratamento.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns da clortalidona são pressão baixa, tontura, diminuição do apetite, desconforto abdominal, disfunção erétil, urticária ou rash cutâneo.

Além disso, a clortalidona pode causar diminuição de potássio, sódio e magnésio no sangue, com sintomas como dor de cabeça, cãibras nas pernas, vertigem, batimentos cardíacos acelerados, palpitações ou confusão mental. Nesses casos, deve-se comunicar imediatamente ao médico responsável pelo tratamento.

Deve-se comunicar ao médico também se surgirem sintomas de problemas renais, como pouca ou nenhuma urina, inchaço nos pés ou tornozelos, falta de ar ou cansaço. Veja os principais sintomas de problemas renais.

Quem não deve usar

A clortalidona não deve ser usada por pessoas que tenham ausência de urina, insuficiência hepática ou renal grave, histórico de gota ou de pedras de ácido úrico, ou hipocalemia refratária.

Além disso, esse remédio não deve ser usado por pessoas que tenham alergia à clortalidona ou qualquer outro componente dos comprimidos.

A clortalidona não deve ser usada para o tratamento da pressão alta na gravidez. Caso seja necessário o uso para o tratamento de doenças cardíacas na gestação, o cardiologista deve avaliar os riscos e benefícios do tratamento, pois a clortalidona pode diminuir o fluxo sanguíneo na placenta e chegar até o bebê causando distúrbios eletrolíticos.

Durante a amamentação, a clortalidona só deve ser usada se indicado pelo médico pois pode interromper a lactação ou passar para o bebê pelo leite materno.

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