Cateterismo: o que é, tipos e possíveis riscos

Atualizado em dezembro 2023

O cateterismo é um procedimento médico em que um tubo de plástico, denominado de cateter, é inserido para o interior do corpo (em um vaso sanguíneo, órgão ou cavidade corporal), com o objetivo de facilitar a passagem de sangue ou outros fluidos.

O procedimento é realizado de acordo com as condições clínicas do paciente, podendo ser feito no coração, bexiga, umbigo e estômago. O tipo de cateterismo mais frequentemente realizado é o cateterismo cardíaco, que é realizado para auxiliar o diagnóstico e o tratamento de doenças cardíacas.

Como qualquer outro procedimento médico, o cateterismo apresenta riscos, que variam de acordo com o local da colocação do cateter. Por isso, é importante que a pessoa seja acompanhada por uma equipe de enfermagem com o objetivo de evitar possíveis complicações.

Imagem ilustrativa número 1

Tipos de cateterismo

Os principais tipos de cateterismo são:

Cateterismo cardíaco

O cateterismo cardíaco é um procedimento médico invasivo, rápido e preciso. Neste procedimento, o cateter é inserido através de uma artéria, de uma perna ou de um braço até o coração.

O cateterismo, não é uma grande intervenção cirúrgica, mas é feito no hospital, em máquina de exame específica que emite radiação (mais do que as radiografias comuns) e onde se utiliza contraste venoso. Por isso, é necessária monitorização cardíaca durante todo o exame, para que o coração seja controlado através do eletrocardiograma. Quase sempre, é realizado com anestesia local associada ou não, à sedação.

Dependendo do objetivo, os cateteres podem ser utilizados para medir a pressão, observar o interior dos vasos sanguíneos, alargar uma válvula cardíaca ou desentupir uma artéria bloqueada. É possível também, através da utilização de instrumentos introduzidos através do cateter se obter amostras de tecido do coração para biópsia. Saiba mais sobre o cateterismo cardíaco.

Cateterismo vesical

O cateterismo vesical consiste na introdução de um cateter pela uretra, que chega até a bexiga com intenção de esvaziá-la. Este procedimento pode ser realizado na preparação de cirurgias, no pós cirúrgico ou para verificar a quantidade de urina produzida pela pessoa.

Esse tipo de cateterismo pode ser realizado através de sondas de alívio, que são usadas apenas para esvaziamento rápido da bexiga, sem a necessidade de manter o cateter implantado, e pode ser também do tipo sondagem vesical de demora, que é caracterizada pela colocação de um cateter acoplado a uma bolsa coletora que permanece por um determinado tempo, coletando a urina da pessoa.

Cateterismo umbilical

O cateterismo umbilical consiste em introduzir o cateter pelo umbigo para medir a pressão arterial, verificar a gasometria e outros procedimentos médicos. Geralmente é realizado em bebês prematuros durante o tempo que estão na UTI neonatal, não sendo um procedimento de rotina, já que possui riscos.

Cateterismo nasogástrico

O cateterismo nasogástrico é caracterizado pela introdução de um tubo de plástico, o cateter, no nariz da pessoa e que chega até o seu estômago. Esse procedimento pode ser feito para alimentação ou retirada de fluidos do estômago ou do esôfago. Deve ser introduzido por profissional habilitado e a posição do cateter deve ser confirmada com uma radiografia.

Riscos do cateterismo

O cateterismo não é considerado um procedimento perigosos, no entanto, como qualquer ato médico é acompanhado de alguns riscos:

  • Reações alérgicas, arritmia, sangramentos e ataque cardíaco, no caso do cateterismo cardíaco;
  • Infecções do trato urinário e traumatismo da uretra, no caso do cateterismo vesical;
  • Hemorragia, trombose, infecções e aumento da pressão arterial, no caso do cateterismo umbilical;
  • Hemorragia, pneumonia aspirativa, lesões no esôfago ou no estômago, no caso do cateterismo nasogástrico.

Os cateteres normalmente são trocados periodicamente, sendo sempre realizada a assepsia do local.