Vacina tríplice viral: para que serve, quando tomar e efeitos colaterais

Atualizado em abril 2022

A vacina tríplice viral, também conhecida popularmente como "vacina triviral", é uma vacina que faz parte do calendário de vacinação e que é administrada a partir dos 12 meses para proteger contra 3 doença virais:

  • Sarampo;
  • Caxumba;
  • Rubéola.

Na composição da vacina estão presentes formas mais enfraquecidas dos vírus destas doenças que, embora não possam causar a infecção, são suficientes para treinar o sistema imunológico. A proteção conferida pela vacina inicia-se duas semanas após a aplicação e a sua duração geralmente é por toda a vida.

Imagem ilustrativa número 1

Quem deve tomar 

A vacina tríplice viral é indicada para proteger contra os vírus do sarampo, caxumba e rubéola, em adultos e crianças com mais de 1 ano de idade, prevenindo o desenvolvimento destas doenças e suas possíveis complicações para a saúde.

Quando tomar 

A vacina deve ser administrada em duas doses, sendo a primeira administrada aos 12 meses e a segunda entre os 15 e 24 meses de idade. Após 2 semanas da aplicação, a proteção é iniciada, e o efeito deve durar para a vida inteira. Entretanto, em alguns casos de surto de alguma das doenças cobertas pela vacina, o Ministério da Saúde pode orientar a realização de uma dose adicional. 

A tríplice viral é oferecida gratuitamente pela rede pública, mas também pode ser encontrada em estabelecimentos de imunização particulares pelo preço entre R$ 60,00 e R$ 110,00 reais. Ela deve ser administrada sob a pele, por um médico ou enfermeiro, com a dose de 0,5ml. 

É possível, ainda, associar à imunização a vacina tetra viral, que tem proteção, também, para a catapora. Nestes casos, é feita a primeira dose da tríplice viral e, após os 15 meses até o 4 anos de idade, deve ser aplicada a dose da tetraviral, tendo a vantagem de proteger contra mais uma doença. Saiba mais sobre a vacina tetravalente viral

A vacina protege contra a COVID-19?

A vacina tríplice viral está sendo estudada pelo Centro de Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina como forma de prevenção contra a COVID-19 [1]. Até ao momento, estudos preliminares indicam que a vacina possa reduzir até 54% o aparecimento dos sintomas da infecção pelo novo coronavírus e até 74% os internamentos no hospital.

Porém, é necessário que o estudo seja concluído, assim como seus dados sejam avaliados, para garantir que de fato a vacina apresenta eficácia contra a COVID-19. O Centro de Pesquisa da UFSC também adianta que a vacina tríplice viral não atua da mesma forma que as vacinas desenvolvidas especificamente contra a COVID-19 [2].

Possíveis efeitos colaterais 

Os efeitos colaterais mais comuns da vacina incluem febre acima de 38ºC, que dura em média 5 dias, irritabilidade, vermelhidão nos olhos, coriza, manchas vermelhas no corpo e ínguas doloridas. Além disso, também é frequente o aparecimento de reações no local da picada, incluindo vermelhidão, dor, coceira e inchaço no local de aplicação.

Veja o que fazer para aliviar os principais efeitos colaterais da vacinação.

Quem não deve tomar

A vacina tríplice viral está contraindicada nas seguintes situações:

  • Mulheres grávidas;
  • Pessoas com doenças que afetem o sistema imunológico, como HIV ou câncer, por exemplo;
  • Pessoas com histórico de alergia à Neomicina ou a algum dos componentes da fórmula.

Além disso, se houver febre ou sintomas de infecção, deve-se conversar com o médico antes de tomar a vacina, pois o ideal é que se esteja sem sintomas que possam confundir com reações colaterais à vacina.