Remédios para doença inflamatória pélvica

Atualizado em setembro 2022

Os remédios para a doença inflamatória pélvica são principalmente os antibióticos, como a doxiciclina, a ceftriaxona ou o metronidazol, pois agem impedindo a multiplicação ou levando à morte as bactérias ou protozoários, responsáveis por causar a doença inflamatória pélvica, podendo ser usados em casa ou em ambiente hospitalar.

A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma infecção que tem início na vagina ou no colo do útero e é mais frequente em mulheres que são sexualmente ativas ou que possuem o dispositivo intra-uterino DIU, levando ao surgimento de sintomas como febre, dor no abdômen ou sangramento vaginal. Saiba quais são as principais causas e sintomas da doença inflamatória pélvica.

O tratamento para doença inflamatória pélvica deve ser iniciado o mais cedo possível, com orientação do ginecologista, para prevenir complicações, como infertilidade ou possibilidade de ter gravidez ectópica, devido ao desenvolvimento de lesões nas trompas de falópio. Dependendo da gravidade da doença, pode ser necessário ser realizado um procedimento cirúrgico para tratar a inflamação ou drenar abscessos, por exemplo.

Imagem ilustrativa número 1

Principais remédios para DIP

O tratamento para doença inflamatória pélvica aguda consiste no uso de antibióticos, orais ou em injeção, durante cerca de 14 dias, ou de acordo com a prescrição médica.

Os principais antibióticos recomendados pelo médico para a doença inflamatória pélvica são:

Geralmente, o tratamento da DIP é feito com associação dos antibióticos, como ceftriaxona, doxiciclina e metronidazol, ou clindamicina e gentamicina, por exemplo, de forma a tratar a infecção sexualmente transmissível (IST), como gonorréia ou clamídia, ou a vaginose bacteriana, que possa estar causando a doença inflamatória pélvica. 

Durante o tratamento é importante a mulher estar em repouso, não ter contato íntimo, retirar o DIU caso faça uso e tomar medicamentos para aliviar as dores como paracetamol ou ibuprofeno. Além disso, o parceiro também deve ser tratado, mesmo que não haja sintomas, para evitar recontaminação ou manifestação da doença.

Após 72 horas do início do tratamento com antibióticos, a mulher deve ser avaliada novamente pelo médico ginecologista para verificar se o tratamento escolhido teve bons resultados. Caso não haja melhora dos sintomas, pode ser necessária hospitalização para fazer um tratamento pela veia.

Caso a doença agrave e haja possibilidade de rompimento de abcessos nas trompas, pode ser necessária intervenção cirúrgica para limpeza e drenagem de abcessos.

Possíveis complicações da DIP

Quando o tratamento para a doença inflamatória pélvica não é iniciado rapidamente a doença pode se desenvolver e causar vários tipos de cicatrizes no aparelho reprodutor feminino, podendo resultar em várias complicações como:

  • Gravidez ectópica: acontece porque a presença de cicatrizes nas trompas pode impedir a saída do óvulo para o útero, que acaba sendo fertilizado pelo espermatozóide, gerando uma gravidez nas trompas;
  • Infertilidade: dependendo dos locais onde as cicatrizes da DIP se desenvolvem, a mulher pode ficar com infertilidade;
  • Abcessos nos ovários: as cicatrizes podem resultar no acúmulo de pus, o que causa o desenvolvimento de abcessos no aparelho reprodutor. Esses abcessos podem acabar abrindo e causando uma hemorragia ou infecção generalizada.

Além disso, mulheres com doença inflamatória pélvica, que não estão fazendo qualquer tipo de tratamento também apresenta dor pélvica crônica, que acaba diminuindo a qualidade de vida.

Sinais de melhora

Os sinais de melhora da doença inflamatória pélvica geralmente surgem poucos dias após o inicio do tratamento e estão relacionados com a diminuição da dor pélvica, regulação das perdas menstruais e alívio da febre, caso exista.

Nos casos em que a mulher não apresentava qualquer sintoma, os sinais de melhora podem ser observados pelo ginecologista através de exames como ultrassom ou laparoscopia.

Sinais de piora

Os sintomas de piora da DIP normalmente acontecem quando o tratamento não é iniciado a tempo e, por isso, surgem cicatrizes no aparelho reprodutor que podem acabar causando sangramento fora do período menstrual, febre e até aumento do desconforto pélvico, com dor para urinar e durante o contato íntimo.