Tomografia abdominal: quando é indicado e como é feito

A tomografia abdominal é um exame de imagem que permite visualizar órgãos, ossos, tecidos e vasos sanguíneos da região abdominal e pelve, sendo geralmente usada para investigar suspeitas de infecções, como apendicite, diverticulite e pancreatite. 

Além disso, a tomografia abdominal pode ser indicada para avaliar lesões internas após traumas, auxiliar no planejamento de cirurgias abdominais, acompanhar tumores e orientar tratamentos.

A tomografia abdominal pode ser total, avaliando toda a região do abdômen e da pelve, ou parcial, focando apenas na área com sintomas, de acordo com a indicação médica e as orientações para a realização segura do exame.

Quando é indicado

A tomografia abdominal geralmente é indicada em casos de:

• Dor abdominal intensa sem causa definida;
• Suspeita de infecções ou inflamações, como apendicite, diverticulite, pancreatite ou abscessos;
• Problemas vasculares, como aneurisma ou ruptura da aorta e isquemia intestinal;
• Obstrução ou perfuração intestinal;
• Cálculos renais ou vesicais;
• Avaliação de lesões internas após traumas;
• Acompanhamento de tumores abdominais e pélvicos.

A tomografia abdominal também pode auxiliar no planejamento de cirurgias, como de hérnia ou transplantes, e também ajudar a identificar cistos, massas ou orientar procedimentos, como biópsias.

Tomografia abdominal no câncer

Em casos de câncer ou suspeita de tumor na região do abdômen e da pelve, a tomografia abdominal pode ser solicitada para identificar, avaliar e localizar o tumor.

Além disso, o exame ajuda a verificar se o câncer se espalhou para outros órgãos ou linfonodos e a planejar tratamentos, como cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

Tipos de tomografia abdominal

A tomografia abdominal pode ser realizada da seguinte forma:

1. Tomografia abdominal total

A tomografia abdominal total é um exame que avalia toda a região do abdômen e da pelve, permitindo visualizar órgãos sólidos, vasos sanguíneos, rins, intestinos, bexiga e estruturas pélvicas, como órgãos reprodutores. 

É indicada quando é necessário ter uma visão completa da região para investigar causas de dor, infecções, lesões internas, tumores ou para planejamento cirúrgico.

2. Tomografia abdominal parcial

A tomografia abdominal parcial avalia apenas uma parte específica do abdômen ou da pelve, focando na área onde há sintomas ou suspeita.

Esse tipo de exame é útil quando os problemas estão localizados, permitindo um diagnóstico mais rápido e direcionado, sem a necessidade de imagens de toda a região.

3. Tomografia abdominal com contraste

A tomografia abdominal com contraste utiliza substâncias, geralmente administradas por via intravenosa ou oral, que destacam vasos, órgãos, intestinos ou lesões, tornando mais fácil identificar inflamações, infecções ou tumores.

O contraste melhora a qualidade das imagens e ajuda o médico a analisar com mais precisão o que está ocorrendo dentro do abdômen. Entenda melhor como é feita a tomografia com contraste.

Preparo para tomografia abdominal

O preparo para a tomografia abdominal inclui:

• Informar ao médico sobre alergias, problemas nos rins, diabetes ou gravidez;
• Retirar objetos metálicos, como joias, colares, grampos de cabelo e sutiã com aro;
• Avisar sobre as medicações em uso;
• Vestir a bata, fornecida pelo centro de imagem.

Se a tomografia for realizada com contraste, é necessário fazer jejum de 2 a 4 horas, conforme orientação médica, e chegar com antecedência para receber o contraste ou medicação necessária.

Como é feita

A tomografia abdominal é feita em um aparelho chamado tomógrafo e costuma ser um exame rápido, que geralmente dura entre 20 a 30 minutos.

Para realizar o exame, a pessoa deve deitar em uma mesa que se move lentamente para dentro da máquina e precisa permanecer imóvel.

Durante o exame, o médico orienta a pessoa por microfone para que, em alguns momentos, prenda a respiração por alguns segundos para evitar borrões nas imagens. Ao final, a pessoa pode retomar normalmente suas atividades.

Quando não é indicada

A tomografia abdominal deve ser evitada ou usada com cautela por mulheres grávidas, crianças, asmáticos e pessoas instáveis após trauma.

Quando é necessário o uso de contraste, o exame pode ser limitado em quem possui problemas nos rins, alergias ou suspeita de perfuração intestinal.