Tinea cruris: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em julho 2021

A Tinea cruris é um tipo de micose superficial, chamada de dermatofitose, que acomete a pele sem pelo, principalmente virilha e região pubiana, em que pode ser notado o aparecimento de placas vermelhas nessa região que coçam muito, podendo também haver o aparecimento de bolhas no local.

Essa micose acontece principalmente em pessoas que usam roupas muito quentes, não realizam a higiene corretamente e suam muito, sendo mais comum de acontecer nos homens. Assim, na presença de sinais e sintomas possivelmente indicativos de Tinea cruris, o dermatologista seja consultado para que possa ser iniciado o tratamento, que envolve o uso de pomadas antifúngicas.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

A Tinea cruris tem como principal sintoma o aparecimento de uma lesão vermelha na virilha, podendo acontecer em apenas um dos lados ou nos dois, além de também poder atingir, em alguns casos, a região pubiana. Os principais sintomas e características das lesões da Tinea cruris são:

  • Placas vermelhas bem delimitadas;
  • Lesões com crescimento centrífugo, ou seja, que cresce do centro para as extremidades;
  • Lesões com bordas elevadas;
  • Coceira local;
  • Presença de bolhas nas lesões, em alguns casos.

Além disso, é comum que em alguns casos exista infecção secundária por bactéria ou por outros fungos, sendo importante consultar o dermatologista assim que forem notados sinais e sintomas indicativos de Tinea cruris, pois assim é possível iniciar imediatamente o tratamento e aliviar os sintomas.

Causas de Tinea cruris

A Tinea cruris é causada principalmente pelo fungos Trichophyton rubrum e Trichophyton mentagrophytes, no entanto pode acontecer, menos frequentemente, pela proliferação de fungos dos gênero Epidermophyton e Microsporum. Esses fungos podem ser encontrados na pele e, devido a alguns fatores, podem proliferar e digerir a queratina presente na pele, levando ao desenvolvimento dos sintomas.

Alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento de Tinea cruris são suor excessivo, uso de roupas muito quentes, higiene inadequada, diabetes mellitus e sistema imunológico comprometido, pois criam um "ambiente" favorável para o desenvolvimento do fungo.

Como é o diagnóstico

Na maioria dos casos de Tinea cruris, o diagnóstico feito pelo dermatologista consiste apenas na avaliação das lesões, além de ser feita uma avaliação do estado geral de saúde da pessoa e hábitos. No entanto, em alguns casos o médico pode indicar a realização de alguns exames dermatológicos para confirmar a Tinea cruris e descartar outros problemas de pele que possuem sintomas semelhantes, como psoríase inversa, eritrasma, dermatite seborreia e candidíase inguinal, por exemplo.

Assim, o médico pode indicar a realização de biópsia da lesão, teste com preparação de hidróxido de potássio (KOH) e exame direto e de cultura, em que é feita uma raspagem da lesão, que é enviada ao laboratório para que possa ser cultivada e avaliada sob o microscópio, sendo possível identificar o fungo responsável pelos sintomas.

Tratamento para Tinea cruris

O tratamento para Tinea cruris envolve o uso de antifúngicos em forma de comprimido ou pomada, principalmente, que deve ser aplicada diretamente na lesão. Assim, o médico pode indicar o uso do miconazol, clotrimazol, terbinafina, sulconazol, cetoconazol ou itraconazol, por 1 a 3 semanas de acordo com a orientação do médico e extensão da lesão.

Além disso, é importante manter a região sempre limpa e seca e evitar o uso de roupas muito apertadas ou com tecido quente, pois assim é possível diminuir o risco de novamente haver o desenvolvimento de Tinea cruris ou de outra doença de pele.