Síndrome do jaleco branco: o que é, sintomas, causas e como controlar

Atualizado em setembro 2021

A síndrome do jaleco branco é uma condição clínica em que a pessoa apresenta um aumento da pressão arterial no momento da consulta médica ou quando se está em um ambiente clínico, porém sua pressão é normal em outros ambientes. Além do aumento da pressão, podem surgir outros sintomas relacionados a uma crise de ansiedade, como tremores, aumento da frequência cardíaca e tensão muscular, por exemplo.

Os sintomas desse síndrome podem surgir tanto na infância quanto na vida adulta e o tratamento é feito com o objetivo de controlar os sintomas da ansiedade e, consequentemente, evitar que ocorra o aumento da pressão arterial durante a consulta.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas e como identificar

A síndrome do jaleco branco é caracterizada principalmente pelo aumento da pressão arterial no momento da consulta com o médico ou quando a pessoa chega em um ambiente clínico, podendo haver o aparecimento de outros sintomas, como:

  • Tremores;
  • Suor frio;
  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Ânsia de vômito;
  • Tensão muscular.

Para confirmar a síndrome do jaleco branco, é preciso que a pessoa apresente pressão arterial superior a 140/ 90 mmHg durante a consulta, pelo menos três vezes consecutivas, mas pressão arterial normal quando medida várias vezes em casa.

É importante que seja descartado o diagnóstico de hipertensão arterial e, por isso, o médico pode realizar uma entrevista clínica com a pessoa, em que são feitas perguntas relacionadas com o histórico pessoal e doenças anteriores e atuais, assim como se está fazendo uso de algum medicamento. Além disso, poderá solicitar a monitorização ambulatorial de 24 horas, conhecida como MAPA, e a monitorização residencial da pressão arterial, ou MRPA, podem ser uma boa ferramenta para que o médico confirmar se a pressão está normal em ambientes diferentes do hospitalar.

Possíveis causas da síndrome

As causas da síndrome são psicológicas e normalmente estão relacionadas com a associação da imagem do médico a agulhas ou associação do ambiente hospitalar a morte e doenças, por exemplo. Dessa forma, a pessoa cria aversão não só ao médico mas também ao ambiente clínico.

Além disso, a síndrome pode ser adquirida ao longo da vida devido à divulgação de notícias sobre erros médicos, compressas deixadas no corpo durante procedimentos cirúrgicos, além de demora no atendimento e ambiente pouco acolhedor, por exemplo. É mais comum que a síndrome aconteça em mulheres, não fumadoras e com diagnóstico recente de hipertensão arterial, por exemplo.

Como controlar

A síndrome do jaleco branco pode ser controlada de acordo com a causa da síndrome, sendo normalmente eficaz conversar com o médico, de modo que ganhe a confiança do médico e que o momento da consulta seja o mais amigável por isso. Além disso, algumas pessoas com essa síndrome podem ter aversão a qualquer profissional de saúde que utilize equipamentos, como estetoscópios ou jalecos. Assim, pode ser necessário que médicos, enfermeiros e até mesmo psicólogos evitem usar seus equipamentos, por exemplo.

Pode ser útil também, que a consulta seja realizada em um ambiente que não lembre o hospital ou consultório, pois os sintomas da síndrome do jaleco branco podem surgir durante a espera para a consulta.

Caso os sintomas sejam persistentes e surjam mesmo ao se pensar em ir à consulta, é recomendado consultar um psicólogo para que se possa identificar a razão que leva à síndrome e, assim, aliviar os sintomas.

É importante que as crises de ansiedade sejam controladas por meio de medidas eficazes, caso contrário pode evoluir para uma síndrome do pânico, por exemplo. Assim, é recomendado que sejam adotadas atividades no dia-a-dia que possam a ajudar a relaxar e, assim, evitar a síndrome do jaleco branco, como por exemplo praticar atividades físicas de forma regular e ter uma alimentação equilibrada. Saiba como combater a ansiedade.