Para identificar sinais que possam indicar o desenvolvimento de câncer na pele existe um exame, chamado de ABCD, que é feito a partir da observação das características de manchas e pintas, para verificar se existem sinais que possam corresponder a câncer.
As 4 principais características que podem indicar que uma mancha é sinal de câncer de pele são:
- A - Assimetria da lesão: se a metade da mancha é diferente da outra;
- B - Borda irregular: quando o contorno do sinal, pinta ou mancha não é liso;
- C - Cor: se o sinal, pinta ou mancha apresenta diferentes cores, como preto, marrom e vermelho;
- D - Diâmetro: se o sinal, pinta ou mancha têm um diâmetro maior que 6 mm.
Estas características podem ser observadas em casa, e ajudam a identificar possíveis lesões de câncer na pele, mas o diagnóstico deve sempre ser feito por um médico. Assim, quando se tem alguma mancha, pinta ou sinal com estas características é recomendado marcar consulta no dermatologista.

A melhor forma de identificar qualquer alteração na pele é observar todo corpo, incluindo as costas, atrás das orelhas, cabeça e também a planta dos pés, cerca de 1 a 2 vezes por ano, de frente para o espelho. Devem ser procuradas manchas, sinais ou pintas irregulares, que mudam de tamanho, forma ou cor, ou por feridas que não cicatrizam a mais de 1 mês.
Uma boa opção, para facilitar o exame, é pedir a alguém para observar toda sua pele, especialmente o couro cabelo, por exemplo, e ir fotografando os sinais maiores para ir observando sua evolução ao longo do tempo. Veja como é feito o exame dermatológico.
Confira no vídeo a seguir essas e outras dicas para identificar os sinais sugestivos de câncer de pele:
Outros sinais que podem indicar câncer de pele
Embora a maior parte dos casos de câncer de pele apresentem as características anteriores, existem outros sinais que também podem indicar o desenvolvimento de câncer. Esses sinais variam de acordo com o tipo de câncer podendo ser:
1. Sinais do câncer de pele não melanoma

Os sinais do câncer de pele não melanoma podem ser:
- Pequena ferida ou nódulo na pele, de cor branca, avermelhada ou rosa, que pode causar coceira;
- Ferida ou nódulo na pele, que cresce rápido e forma uma casquinha, acompanhada de secreção e coceira;
- Ferida que não sara e que sangra durante várias semanas;
- Verruga que cresce.
O carcinoma basocelular e o carcinoma epidermoide são dois tipos de câncer não melanoma, mais frequentes, menos graves e mais fáceis de serem curados. Porém, o carcinoma espinocelular quando diagnosticado numa fase avançada, em certos casos pode espalhar-se para outros órgãos do corpo. Saiba mais sobre o carcinoma basocelular.
2. Câncer de pele melanoma

Os sintomas do melanoma podem ser uma pinta ou sinal escuro na pele, com bordas irregulares, acompanhados de sintomas como coceira e descamação na pele.
O melanoma maligno é o câncer de pele mais perigoso de todos, podendo causar alterações num sinal já existente, como aumento do seu tamanho e a alteração da sua coloração ou forma. A principal causa do melanoma é a exposição prolongada ao sol, daí a importância de se usar protetor solar diariamente e evitar ficar muito tempo exposto ao sol. Veja o que é o melanoma e como tratar.
Quando ir ao médico
É recomendado consultar o dermatologista sempre que verificar alterações num sinal, pinta ou mancha. Na maioria dos casos, um sinal com alterações não é câncer e nestas situações, o médico pode pedir consultas regulares para observar se houve alterações na pele, ou pode até mesmo escolher remover o sinal cirurgicamente, quando há sinais indicativos de malignidade.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico do câncer de pele é feito por um dermatologista ou oncologista, que faz uma análise específica e detalhada do sinal, pinta ou mancha usando uma lupa especial, através do exame de ABCD, analisando a forma, tamanho, cor e diâmetro da pinta, sinal ou mancha.
No final deste exame, se o médico tiver suspeitas de câncer na pele, pode pedir a realização de mais exames, como biópsia da lesão, por exemplo. Porém, no caso da alteração não ser câncer, o médico pode indicar outros cuidados para o tratamento da lesão, como comprimidos ou pomadas, por exemplo.
Por outro lado, caso seja verificado sinais indicativos de câncer de pele, pode ser indicada a realização de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Entenda como é feito o tratamento para câncer de pele.
Como prevenir o câncer de pele
Para prevenir o desenvolvimento do câncer de pele, é importante adotar algumas medidas que evitam o contato direto da pele com os raios ultravioletas do sol, diminuindo o risco de alterações. Assim, algumas formas de evitar esse tipo de câncer é:
1. Proteger a pele
Para proteger a pele corretamente, deve-se evitar a exposição solar nos momentos mais quentes do dia, principalmente no verão, entre as 11 h e as 16 h, procurando ficar na sombra sempre que possível. Além disso, é importante:
- Usar chapéu com abas largas;
- Vestir camiseta de algodão, que não seja preta, ou roupa com proteção solar que possuem na etiqueta o símbolo FPU 50+;
- Usar óculos escuros com proteção UV, comprados em ópticas especializadas;
- Usar protetor solar.
Estas dicas devem ser mantidas tanto na praia, como na piscina e em qualquer tipo de exposição ao ar livre, como acontece na agricultura ou na prática atividade física no jardim, por exemplo.
2. Usar protetor solar
Deve-se aplicar diariamente protetor solar contra as radiações UVA e UVB com fator no mínimo 15, aplicando o produto no corpo todo, incluindo no rosto, pés, mãos, orelhas e pescoço, voltando a aplicar a cada 2 horas ou depois de ir na água, porque sua proteção diminui. Veja qual o protetor solar mais indicado para cada tipo de pele.
É importante que o uso de protetor solar aconteça durante o ano inteiro, incluindo no inverno, isso porque mesmo quando o tempo está mais nublado, a radiação UV atravessa as nuvens e afeta negativamente a pele desprotegida.
3. Observar a pele
Deve-se observar a pele pelo menos 1 vez por mês, procurando pintas, sinais ou manchas que mudaram de cor, têm bordas irregulares, várias cores ou aumentaram de tamanho. Além disso, é importante consultar um dermatologista no mínimo uma vez por ano, para fazer um exame completo à pele e detetar alterações precoces.
4. Evitar bronzeamento artificial
Usar câmaras de bronzeamento artificial aumenta as chances de ter câncer de pele, pois embora a pele fique mais morena rapidamente, a exposição intensa a raios UVB e UVA aumenta as chances de ocorrerem alterações nas células da pele. Conheça os riscos do bronzeamento artificial.