Queilite actínica: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em agosto 2023

Queilite actínica é uma lesão pré-cancerígena que normalmente afeta o lábio inferior podendo ser percebida através de sintomas como ressecamento, aspereza, estrias finas ou rachaduras nos lábios.

Essas lesões são causadas pela exposição frequente ou prolongada aos raios UV do sol, afetando principalmente homens, pessoas de pele mais clara ou que trabalham ao ar livre sob o sol.

O tratamento da queilite actínica é feito pelo dermatologista, que pode indicar o uso de pomadas, como retinoides, imiquimode ou 5-fluorouracil, além de ablação a laser, crioterapia ou cirurgia, com o objetivo de evitar que as lesões se transformem em câncer.

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Sintomas de queilite actínica

Os principais sintomas de queilite actínica são:

  • Ressecamento ou rachaduras nos lábios;
  • Lábios ásperos, com dá sensação de lixa;
  • Descamação e estrias finas;
  • Lesões ou placas brancas persistentes nos lábios;
  • Limite indefinido entre o lábio e a pele.

Além disso, a placa nos lábios pode se tornar endurecida, escamosa e formar feridas ou úlceras nos lábios.

A queilite actínica afeta principalmente o lábio inferior e nem sempre apresenta sintomas iniciais, no entanto, pode causar sensação de queimação, dormência ou dor nos lábios.

Ao surgirem sintomas de queilite actínica, deve-se consultar o dermatologista para que seja diagnosticada e iniciado o tratamento mais adequado, uma vez que as lesões têm potencial para se tornar câncer, especialmente o carcinoma espinocelular do lábio. Entenda o que é o carcinoma espinocelular.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da queilite actínica é feio pelo dermatologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e de exposição frequente ou prolongada ao sol.

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Para confirmar o diagnóstico, o médico deve solicitar uma biópsia da pele do lábio, para ser analisada em laboratório e descartar outras condições de saúde com sintomas semelhantes, como câncer de células escamosas ou basocelular, melanoma maligno, leucoplasia ou queilite benigna. Saiba identificar os sintomas da queilite benigna.

Possíveis causas

A queilite actínica é causada pela exposição aos raios UV do sol, sem proteção e por longos períodos, sendo mais comum de surgir em homens, uma vez que mulheres usam com mais frequência protetores labiais ou batons.

Além disso, algumas pessoas têm maior risco de a queilite actínica como:

  • Idade, sendo mais comum após os 45 anos;
  • Trabalho ao ar livre, em que a maior parte do tempo a pessoa está exposta ao sol;
  • Pele mais clara;
  • Condições genéticas que afetam a pigmentação da pele, como o albinismo.

Além disso, pessoas com histórico de câncer de pele não melanoma também têm um risco aumentado de desenvolver queilite actínica.

Como é feito o tratamento

O tratamento da queilite actínica é feito pelo dermatologista, tem como objetivo evitar que as lesões se transformem em câncer, e varia de acordo como tamanho , localização e gravidade da lesão.

Os principais tratamentos para a queilite actínica são:

1. Uso de pomadas

Algumas pomadas que podem ser indicadas pelo dermatologista para o tratamento da queilite actínica são:

  • Retinoides;
  • 5-fluorouracil;
  • Imiquimode;
  • Ácido tricloroacético;
  • Aminolevulinato de metila;
  • Mebutato de ingenol;
  • Diclofenaco.

Essas pomadas devem sempre ser indicadas pelo dermatologista e o tratamento realizado pelo tempo orientado pelo médico.

As pomadas para a queilite actínica podem causar efeitos colaterais como dor, inflamação e formação de crostas, o que muitas vezes pode dificultar a adesão da pessoa ao tratamento.

Nesses casos, é fundamental consultar novamente o dermatologista, que pode indicar outros tratamentos para a queilite actínica.

2. Terapia fotodinâmica

A terapia fotodinâmica tem como objetivo destruir as células danificadas da pele, sendo feito pelo dermatologista no consultório, com aplicação tópica do ácido 5-aminolevulínico, associação de fonte de luz.

Esse tipo de terapia pode ser feita junto com o uso de pomadas, de forma a aumentar a eficácia do tratamento.

3. Crioterapia

A crioterapia é um tratamento feito pelo dermatologista com a aplicação de nitrogênio líquido nas lesões para congelar e destruir as células doentes da queilite actínica.

Geralmente, são necessárias várias sessões para eliminar as lesões e a duração deste tipo de tratamento depende da indicação do médico.

A crioterapia não necessita de anestesia, pois não provoca dor, entretanto, após as sessões é comum a região da pele ficar vermelha, um pouco inchada e dolorida, além de poder surgir crostas ou cicatrizes no local.

4. Eletrocauterização

A eletrocauterização é outro tratamento realizado pelo dermatologista que utiliza um aparelho que emite uma corrente elétrica para promover uma destruição das células anormais.

Esse tipo de tratamento geralmente é indicado para lesões menores, não sendo muito indicado para lesões maiores ou persistentes.

5. Laser

O tratamento d laser para queilite actínica pode ser feito através da ablação por laser de CO2 ou laser de Er:YAG, sendo um dos tratamentos não cirúrgicos mais recomendados, pois leva à morte das células alteradas, tendo alta eficácia e menor risco de recorrência das lesões.

6. Vermelhectomia

A vermelhectomia é um tratamento cirúrgico feito pelo dermatologista nos casos mais graves e que não respondem a outros tratamentos para a queilite actínica.

Esse tipo de tratamento é realizado retirando as lesões do lábio através de cirurgia, sendo considerado um tratamento eficaz, mas que pode causar efeitos colaterais como dor, inchaço, cicatrização lenta, infecções ou alterações estéticas.