Policitemia: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento

Atualizado em agosto 2023

A policitemia corresponde ao aumento da quantidade de hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos, no sangue, ou seja, sendo verificado mais de 5.4 milhões de hemácias por µL de sangue nas mulheres e mais de 5.9 milhões de hemácias por µL de sangue nos homens.

Devido ao aumento no número de hemácias, o sangue fica mais viscoso, o que faz com que o sangue circule com mais dificuldade pelos vasos, podendo causar alguns sintomas, como dor de cabeça, tonturas e até mesmo infarto.

A policitemia pode ser tratada de modo não só a diminuir a quantidade de hemácias e a viscosidade do sangue, mas também com o objetivo de aliviar os sintomas e prevenir complicações, como AVC e embolia pulmonar.

 

Imagem ilustrativa número 2

Sintomas de policitemia

A policitemia normalmente não gera sintomas, principalmente se o aumento no número de hemácias não for tão grande, sendo percebida apenas por meio do exame de sangue. No entanto, em alguns casos, podem surgir alguns sintomas, como:

  • Dor de cabeça constante;
  • Visão embaçada;
  • Cansaço excessivo;
  • Coceira na pele;
  • Tontura.

É importante que a pessoa faça o hemograma de forma regular e, caso surja qualquer sintoma relacionado à policitemia, vá imediatamente ao médico, pois o aumento da viscosidade do sangue em função do aumento no número de hemácias aumenta o risco de AVC, infarto agudo do miocárdio e embolia pulmonar, por exemplo.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da policitemia é feito a partir do resultado do hemograma, em que é percebido não só o aumento no número de hemácias, mas também aumento dos valores do hematócrito e de hemoglobina.

É considerada policitemia quando é identificada mais de 5,4 milhões e 5,9 milhões de hemácias por µL de sangue em mulheres e homens, respectivamente. Veja quais são os valores de referência do hemograma.

Como saber se o resultado está normal

Para saber se a quantidade de hemácias está dentro do normal ou aumentado, indique na calculadora a seguir o resultado do seu exame:

Erro
Erro
Erro
Mínimo admitido, pode alterar para o valor do seu laboratório
Erro
Máximo admitido, pode alterar para o valor do seu laboratório
Erro

Principais causas

As principais causas de policitemia são:

  • Alterações genéticas;
  • Desidratação;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Doenças respiratórias;
  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Síndrome de Cushing;
  • Alterações no fígado;
  • Leucemia Mieloide Crônica;
  • Linfoma;
  • Alterações nos rins;
  • Tuberculose.

Além disso, o número de eritrócitos também podem ficar altos devido ao uso prolongado de corticoides, suplementos de vitamina B12 e medicamentos utilizados no tratamento do câncer de mama, por exemplo. Entenda melhor o que significa ter os eritrócitos altos.

Tipos de policitemia

A policitemia pode ser classificada em alguns tipos de acordo com o resultado do hemograma e a causa do aumento do número de hemácias:

  • Policitemia primária, também chamada de policitemia vera, que é uma doença genética caracterizada pela produção anormal de células sanguíneas. Conheça mais sobre a policitemia vera;
  • Policitemia relativa, que é caracterizada pelo aumento do número de hemácias devido à diminuição do volume plasmático, como no caso da desidratação, por exemplo, não sendo necessariamente indicativo de que houve maior produção de hemácias;
  • Policitemia secundária, que acontece devido a doenças que podem levar ao aumento não só do número de hemácias, mas também de outros parâmetros laboratoriais.

É importante que seja identificada a causa da policitemia para que seja estabelecido o melhor tipo de de tratamento, evitando o surgimento de outros sintomas ou complicações.

Como é o tratamento

O tratamento da policitemia deve ser orientado por um hematologista, no caso do adulto, ou por pediatra no caso do bebê e da criança, e depende da causa do aumento do número de hemácias no sangue.

Normalmente o tratamento tem como objetivo diminuir a quantidade de hemácias, tornar o sangue mais fluido e, assim, aliviar os sintomas e reduzir o risco de complicações. No caso de policitemia vera, por exemplo, pode ser recomendada a realização de flebotomia terapêutica, ou sangria, em que o excesso de glóbulos vermelhos é retirado.

Além disso, o médico pode indicar a utilização de medicamentos, como a aspirina, para deixar o sangue mais fluido e reduzir o risco de formação de coágulos, ou de outros medicamentos, como a Hidroxiureia ou o Interferon alfa, por exemplo, para diminuir a quantidade de hemácias.