Natalizumabe (Tysabri): para que serve e efeitos colaterais

Natalizumabe é um medicamento indicado para tratar formas muito ativas de esclerose múltipla recorrente-remitente, em pessoas que não responderam adequadamente a outros tratamentos ou quando a doença apresenta uma evolução rápida.

Essa medicação pertence à classe dos anticorpos monoclonais, sendo comercializada com o nome Tysabri, e disponível na forma de solução para infusão diretamente na veia.

O natalizumabe deve ser usado somente com indicação do neurologista, e realizado em ambiente hospitalar, para que seja monitorado os possíveis efeitos colaterais, como dores de cabeça, fadiga, náusea e erupções na pele.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

O natalizumabe (Tysabri) é indicado em casos de Esclerose múltipla recorrente-remitente, em pessoas que não responderam adequadamente a outros tratamentos ou que tiveram evolução rápida da doença.

O natalizumabe serve para ajudar a diminuir as crises da doença e a atrasar o avanço das dificuldades que ela pode causar, como fraqueza nos braços e pernas, problemas de memória e dificuldades para andar. Conheça outros sintomas da esclerose múltipla.

Natalizumabe engorda?

O uso do natalizumabe pode levar ao ganho de peso, considerado um possível efeito colateral do tratamento, embora pouco comum. Em alguns casos, pode acontecer o contrário, a perda de peso durante o uso do medicamento.

Como usar

O natalizumabe é um medicamento injetável administrado por via intravenosa, ou seja, diretamente na veia, por um enfermeiro, em ambiente hospitalar e sob supervisão médica.

Esse medicamento vem em forma líquida e precisa ser diluído em 100 ml de soro fisiológico a 0,9% antes da aplicação, devendo ser utilizado em até 8 horas após o preparo.

A aplicação do natalizumabe é feita de forma lenta e leva cerca de uma hora. A dose geralmente utilizada para tratar a esclerose múltipla é de 300 mg por aplicação, sendo repetida a cada quatro semanas.

Para entender melhor como funciona o natalizumabe (Tysabri), fale com um profissional Rede D'Or especializado no uso de imunobiológicos.

Cuidados no uso

Alguns cuidados durante o uso do natalizumabe incluem:

  • Realizar exames de sangue e ressonância magnética regularmente, para que o médico acompanhe a resposta ao medicamento e identifique possíveis complicações;
  • Avaliar possíveis infecções antes de iniciar o tratamento, especialmente a presença do vírus John Cunningham, que pode trazer riscos durante o uso;
  • Informar ao médico sobre vacinas recentes, já que vacinas com vírus vivos não devem ser aplicadas enquanto o tratamento estiver em andamento;
  • Não interromper o tratamento por conta própria, pois o natalizumabe pode permanecer no organismo por várias semanas, exigindo cuidados ao trocar ou iniciar outro remédio.

Após 2 anos de uso, é importante reavaliar com o médico os riscos e benefícios para decidir se o tratamento deve continuar.

Possíveis efeitos colaterais

Entre os efeitos colaterais mais comuns estão dor de cabeça, cansaço, dores nas articulações, desconforto abdominal, náusea, diarreia, tontura e erupções na pele.

Também pode ocorrer maior risco de infecções, como gripes, infecção urinária ou problemas no estômago e intestino, além de alterações menstruais, ganho ou perda de peso e inchaço em braços ou pernas.

Em alguns casos, podem aparecer reações mais graves, como problemas no fígado e uma condição rara chamada leucoencefalopatia multifocal progressiva, que afeta o cérebro e pode causar sintomas como fraqueza, alterações de memória, visão ou equilíbrio.

Durante o uso do natalizumabe pode acontecer uma reação alérgica grave, como a anafilaxia, que costuma surgir nas primeiras horas após a aplicação e precisam de atendimento médico de emergência imediatamente.

Leia também: Anafilaxia: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/o-que-e-anafilaxia

Quem não deve usar

O natalizumabe não deve ser usado por pessoas que já apresentaram alergia ao medicamento ou a algum de seus componentes. Também é contraindicado durante a gravidez e a amamentação.

O uso é contraindicado em pessoas que têm ou já tiveram leucoencefalopatia multifocal progressiva, bem como em pessoas com maior risco de infecções, incluindo aquelas com câncer.

Além disso, não deve ser administrado junto com outros medicamentos que afetam o sistema imunológico, como betainterferonas, acetato de glatirâmer, biológicos ou imunossupressores, já que isso aumenta o risco de infecções graves.

Vídeos relacionados

Exercícios para ESCLEROSE MÚLTIPLA

06:53 | 57.315 visualizações