Insulina vegetal: o que é, para que serve e como usar

janeiro 2022

A insulina vegetal, é uma planta medicinal de nome científico Cissus sicyoides, que é rica em flavonóides, resveratrol, cumarinas e taninos, que lhe conferem propriedades antioxidantes e hipoglicemiantes, que podem ajudar a normalizar os níveis de açúcar no sangue, sendo, por isso, popularmente utilizada como remédio caseiro para auxiliar no tratamento da diabetes.

A parte normalmente utilizada da insulina vegetal são suas folhas, que podem ser usadas secas ou frescas, geralmente para o preparo do chá, no entanto, também pode ser usada na forma de compressas, tintura ou xarope.

A insulina vegetal pode ser encontrada em ervanários, lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação, mercados e algumas feiras livres, mas deve ser usada apenas com orientação de um médico ou outro profissional de saúde que tenha experiência com o uso de plantas medicinais.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A insulina vegetal possui propriedades hipoglicemiantes, anti-inflamatórias, antioxidantes, antimicrobianas e anti-reumáticas, sendo normalmente indicada para:

  • Diabetes;
  • Pressão baixa;
  • Inflamação muscular;
  • Reumatismo;
  • Má circulação;
  • Abcessos;
  • Furúnculos.

Além disso, a insulina vegetal também pode ser usada para auxiliar no tratamento de convulsões ou doenças do coração.

Embora tenha muitos benefícios, esta planta medicinal não substitui o tratamento médico e deve ser usada com orientação do médico ou de um fitoterapeuta. 

São também necessários mais estudos científicos para comprovar a segurança e a eficácia da insulina vegetal para o tratamento da diabetes.

Como usar

A insulina vegetal pode ser usada na forma de chá ou compressas, preparados com as folhas da planta:

1. Chá de insulina vegetal

O chá de insulina vegetal pode ser preparado com as folhas secas ou frescas desta planta e é principalmente utilizado para auxiliar no tratamento da diabetes, sob orientação médica.

Ingredientes

  • 2 colheres (de sopa) folhas secas ou 1 folha fresca picada de insulina vegetal;
  • 1 litro de água.

Modo de preparo

Adicionar a água e as folhas secas ou frescas da insulina vegetal em uma panela, e levar ao fogo para ferver. Quando começar a ferver, desligar o fogo e deixar descansar por mais 10 minutos. Em seguida, coar e tomar 1 xícara, 2 a 3 vezes por dia.

Para usar a insulina vegetal para controlar a diabetes e os níveis de açúcar no sangue, deve-se consultar o médico para ter orientações, pois essa planta pode interferir na dose do remédio para diabetes e causar hipoglicemia, que ocorre quando os níveis de açúcar no sangue baixam muito, colocando a vida em risco. 

2. Compressas de insulina vegetal

As compressas de insulina vegetal podem ser usadas para aplicação sobre a pele, nos casos de reumatismo, abscessos, inflamação muscular ou furúnculos.

Para fazer a compressa, deve-se amassar 1 ou 2 folhas frescas da insulina vegetal com um pilão, aplicar sobre a pele da região afetada e cobrir com uma compressa limpa.

Possíveis efeitos colaterais

O principal efeito colateral que pode surgir com o uso da insulina vegetal é a hipoglicemia, especialmente quando essa planta é usada em quantidades maiores do que as recomendadas ou junto com remédios para diabetes. Saiba identificar os sintomas da hipoglicemia

Por isso o uso da insulina vegetal deve ser feito com indicação médica ou de um profissional com experiência em plantas medicinais.

Quem não deve usar

A insulina vegetal não deve ser usada por crianças, mulheres grávidas, lactantes, por pessoas com a pele muito sensível ou que tenham alergia a essa planta medicinal.

Além disso, deve ser usada com cautela por pessoas que utilizam remédios para diabetes.

É importante ressaltar que o uso da insulina vegetal deve ser feito apenas após indicação do médico ou do fitoterapeuta.

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Atualizado por Flávia Costa - Farmacêutica, em janeiro de 2022.

Bibliografia

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Mostrar bibliografia completa
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Equipe editorial constituída por médicos e profissionais de saúde de diversas áreas como enfermagem, nutrição, fisioterapia, análises clínicas e farmácia.

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