Desogestrel é um hormônio utilizado em anticoncepcionais orais para evitar a gravidez, geralmente indicados durante a amamentação ou quando há contraindicação ao estrogênio.
O desogestrel, conhecido como uma minipílula por conter apenas progestagênio, é encontrado com nomes comerciais como Cerazette, Nactali e também na versão genérica de desogestrel 75 mcg.
Leia também: Minipílula: o que é, quando é indicada e efeitos colaterais tuasaude.com/minipilulaA cartela de desogestrel contém 28 comprimidos que devem ser tomados diariamente, sem pausa entre as cartelas, devendo ser usado somente com indicação do ginecologista.
Para que serve
O desogestrel é um anticoncepcional oral indicado principalmente para evitar a gravidez, já que inibe a ovulação e engrossa o muco do colo do útero, dificultando assim a gravidez.
É geralmente recomendado para mulheres que estão amamentando ou que têm contraindicação ao uso de estrogênios, por conter apenas progestagênio na sua composição.
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A cartela de desogestrel contém 28 comprimidos. Deve-se tomar 1 comprimido por dia, com água, sempre no mesmo horário e seguindo a ordem indicada pelas setas na cartela.
Ao terminar uma cartela, a próxima deve ser iniciada no dia seguinte, sem pausa. O comprimido não deve ser partido ou mastigado.
Recomenda-se iniciar o uso no primeiro dia da menstruação. Também é possível começar entre o 2º e o 5º dia do ciclo, mas, nesse caso, deve-se usar outro método contraceptivo, como camisinha, durante os primeiros sete dias de uso.
Como fazer a troca de anticoncepcionais
Ao mudar para o desogestrel, o início pode variar conforme o método anterior. Em caso de anticoncepcional com estrogênio, como pílula combinada, anel ou adesivo, o ideal é começar logo após o último comprimido ativo ou retirada do anel ou adesivo, sem precisar de outro método.
Se a troca for feita em outro momento, pode ser necessário usar camisinha por 7 dias.
Já em casos de métodos com progestagênio, como minipílula, injeção ou implante, a troca costuma ser direta, geralmente no dia da retirada ou da próxima dose, sem exigência de proteção extra.
O que fazer se esquecer
No caso de esquecer de tomar o desogestrel, é importante seguir as orientações para manter a proteção contra a gravidez:
- Se o atraso for menor que 12 horas, o comprimido deve ser ingerido assim que lembrar, sem perder a eficácia;
- Se o atraso for maior que 12 horas, tomar o comprimido esquecido assim que lembrar e usar método contraceptivo adicional, como camisinha, pelos próximos 7 dias;
- Se o atraso ocorrer na primeira semana da cartela, o uso do método adicional é essencial, como camisinha, pois o risco de gravidez é maior se houver relação sexual. Nessa situação, recomenda-se fazer um teste de gravidez 21 dias após a última relação desprotegida.
Além disso, se o esquecimento ocorrer após a primeira semana de uso da cartela inicial do desogestrel, as orientações permanecem as mesmas em relação ao tempo de atraso.
Leia também: Esqueci de tomar a pílula anticoncepcional: o que fazer? tuasaude.com/esquecer-de-tomar-o-anticoncepcionalPossíveis efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns incluem sangramento irregular, acne, alterações de humor, dor nas mamas, náusea e leve aumento de peso.
Também são observadas, com menor frequência, dor de cabeça, queda de cabelo, ausência de menstruação, infecção vaginal e cistos ovarianos.
Desogestrel engorda?
O ganho de peso é um dos efeitos mais comuns do uso do desogestrel, podendo engordar.
No entanto, não há evidências científicas de que o desogestrel cause aumento significativo de peso, podendo esse efeito variar de mulher para mulher.
Desogestrel corta a menstruação?
Sim, o desogestrel pode cortar a menstruação em algumas mulheres.
Após 2 a 3 meses de uso contínuo, pode-se notar uma redução dos sangramentos, e algumas mulheres podem parar de menstruar completamente.
Quem não pode tomar
O desogestrel não deve ser usado em casos como:
- Alergia a qualquer componente da fórmula;
- Problemas graves no fígado ou histórico recente de doença hepática;
- Câncer de mama atual ou suspeita de câncer sensível a hormônios;
- Presença de trombose;
- Sangramento vaginal sem causa conhecida;
- Gravidez ou suspeita de gravidez.
Além disso, é importante o ginecologista avaliar o uso do desogestrel em casos de doenças renais, e em quem faz uso de medicamentos que podem reduzir a eficácia, como alguns anticonvulsivos.