Como engravidar de menina

Atualizado em janeiro 2024
Evidência científica

Desde há muitos anos que a humanidade tem procurado escolher o sexo dos bebês, seja por questões sociais ou apenas por uma vontade antiga de ter um menino ou uma menina.

No entanto, existem várias questões éticas associadas à seleção do sexo do bebê e, por esse motivo, a comunidade médica ainda não liberou o uso de técnicas de edição genética ou seleção de espermatozoides para esse fim.

Por esse motivo, a procura por métodos naturais que possam ajudar a engravidar mais facilmente de uma menina ou de um menino tem aumentado. A seguir, mostramos alguns métodos naturais que parecem ser confirmados pela ciência e que ajudam a engravidar de menina, assim como aqueles que parecem não ter qualquer fundamento ou que, pelo menos, ainda não foram estudados. 

Se está tentando ter um menino, veja os métodos comprovados para engravidar de menino

Imagem ilustrativa número 1

O que determina o sexo do bebê

O sexo do bebê é determinado geneticamente através da presença de um par de cromossomos, chamados cientificamente como cromossomos sexuais, que podem ser de dois tipos: X ou Y. Quando o bebê possui um par de cromossomos X, ou seja um par XX, significa que é uma menina, já se possuir um par XY, é um menino.

Uma vez que a mãe é sempre do sexo feminino e, por isso, possui apenas cromossomos do tipo X no óvulo, a determinação do sexo do bebê é feita pelo espermatozoide do pai, que tanto pode ser X ou Y. Assim, se o espermatozoide for X, o bebê será uma menina (XX) e se for Y, será um menino (XY).

Métodos com comprovação científica

Existem poucos estudos sobre a eficácia das formas naturais para escolher o sexo do bebê e, a maior parte, já foi realizada há muitos anos. Ainda assim, existem algumas teorias que parecem ajudar quem quer engravidar de menina, e incluem:

1. Ter relações 2 a 4 dias antes da ovulação

Esta teoria surgiu pela primeira vez perto do ano de 1970, quando foi descoberto pela primeira vez que os espermatozoides do tipo Y têm um tempo de vida inferior aos do tipo X. Isso implicava que, quanto mais longe da ovulação a mulher tivesse relações sexuais, menor parecia ser a tendência de ter um menino, já que os espermatozoides do tipo Y não conseguiam sobreviver tempo suficiente para fecundar o óvulo.

Em 2010, um estudo feito na Holanda demonstrou que esta teoria parece ser verdadeira, já que obteve uma elevada taxa de sucesso para ter meninas em casais que tiveram atividade sexual apenas nos 2 a 4 dias antes da ovulação.

Como fazer: a mulher deve ter relações apenas 2 a 4 dias antes da ovulação, evitando ter contato sexual depois desse período. Este método funciona melhor em mulheres com um ciclo regular, já que conseguem prever com maior precisão o dia da ovulação. Confira como descobrir qual o dia da sua ovulação.

2. Aumentar o consumo de cálcio

Ter cuidado com o tipo de dieta como forma de ter uma menina é outra teoria bastante antiga, que apareceu quando foi observado que em alguns mamíferos aquáticos o tipo de alimentação da mãe parece influenciar o sexo do bebê.

Além disso, numa pesquisa feita no Reino Unido, onde foram entrevistados mais de 700 casais, os investigadores descobriram que a concentração de alguns minerais na alimentação também parecia afetar o sexo do bebê, já que as mulheres que faziam uma alimentação mais rica em cálcio e magnésio pareciam ter maior número de filhas do que filhos.

A hipótese da alimentação foi estudada mais recentemente em 2010, na Holanda, onde um outro estudo, que envolveu mais de 100 casais, confirmou que mulheres que tinham maior concentração de cálcio no organismo, depois de aumentarem o consumo desse tipo de alimentos assim como fazerem suplementação com o mineral, apresentaram uma elevada taxa de sucesso para ter uma menina. Quanto ao magnésio, nenhuma relação foi encontrada.

Como fazer: mulheres que estejam tentando engravidar de uma menina podem aumentar o consumo de cálcio, dando preferência para alimentos como o queijo, o leite ou a amêndoa, por exemplo. Este tipo de alimentação deve ser iniciada entre 5 a 9 semanas antes do momento em que se pretende engravidar, já que esse foi o tempo utilizado no estudo de 2010. Confira uma lista dos alimentos mais ricos em cálcio.

3. Ter relações 1 a 3 dias antes do dia de pico

O dia de pico é um conceito que foi introduzido pela primeira vez no método de Billings, que é um método muito utilizado por mulheres que tentam aumentar suas chances de engravidar. Neste método, a mulher deve avaliar o tipo de muco que é liberado pela vagina, de forma a identificar quando está no seu momento mais fértil, já que as características desse muco variam ao longo do ciclo menstrual. O dia de pico corresponde ao último dia em que o muco está mais líquido e que, normalmente, acontece cerca de 24 horas antes da ovulação.

Segundo a teoria do dia de pico, mulheres que têm uma relação sexual antes desse dia têm maior tendência para ter uma menina, enquanto mulheres que têm relações depois desse dia têm maior probabilidade de ter um menino.

Essa teoria foi confirmada em 2011 na Nigéria, onde um estudo, feito com base no método do dia de pico, demonstrou uma taxa de sucesso superior a 85% para obter uma menina tendo relações 1 a 3 dias antes desse dia. Esta teoria também parece bater certo com a teoria de ter a relação sexual 2 a 4 dias antes da ovulação, já que o dia de pico acontece cerca de 24h horas antes da ovulação.

Como fazer: para ter uma menina seguindo esta teoria, a mulher deve ter relações sexuais apenas 1 a 3 dias antes do dia de pico. Para ter maior chances de sucesso, a mulher deve também conhecer o método de Billings, que ajuda a identificar o dia de pico.

Como engravidar mais rápido 

Para engravidar rápido o mais importante é não ter nenhuma doença ginecológica, assim como ter relação sexual durante o período fértil. Insira seus dados na calculadora a seguir para saber quais são os melhores dias para engravidar:

Erro
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Confira algumas outras dicas para engravidar mais rápido.

Métodos sem comprovação científica

Existem ainda outros métodos que são utilizados desde a antiguidade, mas que não possuem comprovação científica ou que ainda não foram estudados. Esses incluem:

1. Usar a tabela chinesa

Este é um dos métodos que não tem qualquer comprovação científica e que consiste no uso de uma tabela chinesa, baseada em astrologia, para tentar prever o sexo do bebê de acordo com o mês da concepção e a idade lunar da mulher. Essa tabela, segundo algumas lendas, era utilizada por um rei chinês, que a utilizava para garantir que sempre tinha herdeiros do sexo masculino.

No entanto, em um estudo feito entre 1973 e 2006, sua eficácia foi desmentida e, por isso, este método não tem qualquer apoio da comunidade científica. Entenda melhor qual a teoria da tabela chinesa e porque não funciona.

2. Ter orgasmo ao mesmo tempo ou depois do parceiro

Segundo esta teoria, se a mulher tiver um orgasmo ao mesmo tempo ou depois do homem, os espermatozoides Y têm maior dificuldade em chegar primeiro ao óvulo, já que o pH vaginal será mais ácido, o que favorece os espermatozoides X, que dão origem a meninas.

Esta teoria parece ser defendida por alguns ginecologistas e obstetras, no entanto, não existem pesquisas recentes que confirmem esse resultado.

3. Ficar por baixo do parceiro na hora do sexo

Segundo este método, se a mulher ficar por baixo do parceiro na hora do sexo ou em outra posição em que a penetração é menos profunda, os espermatozoides X parecem ser favorecidos, e conseguem fecundar o óvulo antes dos espermatozoides Y.

Embora seja assente numa teoria verdadeira, não existem estudos sobre a relação entre a posição da relação sexual com o sucesso de obter uma menina ou menino. Dessa forma, esta teoria pode ser utilizada, mas não tem qualquer comprovação científica.