Cleptomania: o que é, sintomas, causas e tratamento

Cleptomania é um transtorno do controle do impulso em que a pessoa não consegue resistir ao impulso de furtar pequenos objetos, havendo sensação de tensão antes do furto e de alívio e prazer após o ato.

Além disso, é comum que a pessoa sinta também sensação de culpa e remorso após o furto, assim como vergonha, o que pode fazer com que a pessoa não busque tratamento psicológico, tornando o problema crônico.

É possível tratar a cleptomania, também conhecida como furto compulsivo, por meio de sessões de psicoterapia, através do método de terapia cognitivo-comportamental, ou com o psiquiatra, que poderá avaliar a necessidade do uso de algum medicamento.

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Sintomas de cleptomania

Os principais sintomas de cleptomania são: 

  • Incapacidade frequente de resistir aos impulsos de furtar objetos desnecessários.
  • Sensação crescente de tensão antes do furto;
  • Prazer ou alívio no momento do furto;
  • Sensação de culpa, remorso, vergonha e depressão após o furto.

A cleptomania costuma aparecer na infância e adolescência, sendo mais comum em mulheres

Diferentemente de um ladrão, a pessoa com cleptomania furta objetos sem pensar no seu valor.

Na maior parte dos casos desse transtorno, os objetos furtados nunca são usados ou chegam a ser devolvidos para o verdadeiro dono.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da cleptomania é feito pelo psiquiatra ou psicólogo através da avaliação dos sintomas, assim como quando se iniciaram e situações que possam desencadear os episódios de cleptomania.

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Possíveis causas

As causas de cleptomania não estão totalmente conhecidas, no entanto, parece estar relacionada com alterações na função de alguns neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina.

Esses neurotransmissores são responsáveis pelo controle das emoções, estado de ânimo e sensação de prazer, além de um sistema no cérebro chamado sistema opioide, que está relacionado com a regulação dos impulsos.

Como é feito o tratamento

O tratamento da cleptomania deve ser feito com orientação do psiquiatra que pode indicar a psicoterapia e/ou uso de remédios.

Os principais tratamentos para cleptomania são:

1. Terapia cognitiva-comportamental

A terapia cognitiva-comportamental é feita pelo psicólogo sendo muito importante para desenvolver estratégias que ajudem a pessoa a se controlar e evitar o furto, como frases que relembram a culpa sentida após o roubo e o perigo que é roubar.

No entanto, esse tratamento é demorado e é importante o apoio da família para ajudar a pessoa a controlar a sua doença.

Leia também: Terapia Cognitiva Comportamental: como é feita e quando é indicada tuasaude.com/terapia-cognitivo-comportamental

2. Uso de remédios

O uso de remédios para cleptomania podem ser indicados pelo psiquiatra para ajudar a controlar a vontade de furtar.

Alguns desses remédios incluem antidepressivos, anticonvulsivantes ou remédios para a ansiedade.

Possíveis complicações

É importante que a cleptomania seja identificada e tratada de acordo com as orientações do psicólogo ou psiquiatra, pois, caso contrário, pode levar a complicações psicológicas, como depressão e excesso de ansiedade.

Além disso, a cleptomania pode causar complicações na vida pessoal, pois a vontade de cometer furtos atrapalha a concentração e o relacionamento saudável no ambiente de trabalho e com a família.