Citologia oncótica: o que é, para que serve, como é feita e resultados

Atualizado em janeiro 2023

A citologia oncótica é um exame que avalia as células do colo do útero, sendo utilizado para diagnosticar precocemente o câncer de colo uterino.

A citologia oncótica, também chamada de esfregaço cervicovaginal ou exame preventivo, é feita no consultório do ginecologista, através da raspagem do colo uterino para coletar as células do local, sendo depois enviadas para análise.

De acordo com o resultado do exame, o médico pode indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir o acompanhamento periódico, a realização de colposcopia com biópsia para confirmar o diagnóstico ou a realização de tratamento específico para câncer de colo de útero. Veja mais detalhes do tratamento para câncer do colo de útero.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

O exame de citologia oncótica serve para avaliar o colo do útero e realizar o diagnóstico inicial de câncer de colo do útero, o que pode ser influenciado pela infecção pelo vírus HPV, uso prolongado de anticoncepcionais orais e início precoce da atividade sexual.

A partir desse exame as células do local podem ser avaliadas microscopicamente, sendo possível identificar atipias celulares e alterações indicativas de infecção e sugestivas de malignidade, sendo possível, dessa forma, realizar o diagnóstico precoce do câncer de colo do útero.

Como é o preparo

Antes da realização da citologia oncótica, é recomendado que a mulher não tenha relação sexual 48 horas antes do exame, não esteja menstruada, não esteja fazendo uso de antibióticos e/ ou antivirais e não tenha feito duchas vaginais ou medicamentos de aplicação local (vaginal).

Como é feita a citologia oncótica

O exame de citologia oncótica é feito no próprio consultório do ginecologista e consiste em um exame simples, rápido e indolor, apesar de que algumas mulheres podem relatar um pequeno desconforto durante o procedimento.

Para realizar esse exame, a mulher deve ficar em posição ginecológica e o médico deve realizar a coleta de uma amostra do colo uterino utilizando uma espátula específica, conhecida como espátula de Ayre. Para fazer essa coleta, o médico gira essa espátula fazendo uma volta completa, para que seja possível recolher uma amostra adequada. Além disso, faz uso de uma escovinha específica para recolher amostra do canal endocervical.

Após a recolha desses materiais, é feito um esfregaço em uma lâmina e depois a amostra é fixada com álcool para que seja enviado para o laboratório para análise.

O que significa o resultado

Os resultados da citologia oncótica são liberados em um laudo em que constam as informações referentes às características das células observadas microscopicamente, podendo ser indicado:

  • Amostra insatisfatória, quando a amostra coletada não foi suficiente para observar as características celulares, sendo recomendado nesse caso a repetição do exame;
  • Negativo para câncer, quando não existem alterações no colo do útero sugestivas de malignidade. Nesse caso, é recomendado pelo médico que o exame seja repetido em 1 ou 3 anos, de acordo com a orientação do médico;
  • Presença de atipias celulares, quando são identificadas alterações nas células, sendo normalmente benignas. Nesse caso, é indicada a repetição do exame após 6 ou 12 meses, de acordo com a indicação do médico;
  • Infecção pelo HPV ou lesão de baixo grau, quando são verificadas alterações no colo do útero que são indicativas de infecção pelo vírus HPV, sendo recomendado nesse caso que o exame seja repetido em 6 meses para avaliar o desenvolvimento da lesão e a necessidade de tratamento;
  • Lesão de alto grau, quando são identificadas alterações que são sugestivas de câncer de colo de útero. Nesse caso, é indicada a realização de uma colposcopia com biópsia para confirmar o diagnóstico e, assim, ser possível indicar o tratamento mais adequado.

É importante que o resultado da citologia oncótica seja avaliado pelo médico levando em consideração a idade da mulher, a presença de sinais ou sintomas e o resultado de exames anteriores.