Cistite intersticial: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em abril 2023

A cistite intersticial é uma inflamação crônica da parede da bexiga, que causa sintomas como dor na parte inferior do abdome e vontade intensa e frequente de urinar, que tendem a piorar devido a estresse ou por ficar muito tempo de pé.   

Embora não se conheça a causa exata da cistite intersticial, acredita-se que seja provocada por anticorpos anormais no sangue ou desregulação na sensibilidade da bexiga, sendo mais frequente em mulheres com mais de 40 anos.  

Em caso de suspeita de cistite intersticial é importante consultar um urologista ou ginecologista. O tratamento pode envolver fisioterapia ou psicoterapia, medicamentos analgésicos e, algumas vezes, cirurgia, além de medidas para controlar o estresse, como exercícios físicos e acupuntura. Confira algumas dicas para aliviar o estresse.

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Principais sintomas

Os principais sintomas da cistite intersticial são:

  • Dor no pé da barriga; 
  • Vontade frequente de urinar;
  • Dificuldade para segurar a urina;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Desconforto ou sensibilidade da região genital;
  • Urina com sangue.

Os sintomas da cistite intersticial tendem a piorar durante a relação sexual, durante a menstruação, ao fazer movimentos bruscos, ao usar roupas apertadas, ao segurar a urina, ao permanecer muito tempo de pé ou devido a estresse excessivo.

Cistite intersticial pode prejudicar a gravidez?

Ter cistite intersticial durante a gravidez não afeta a saúde do bebê ou a fertilidade da mulher. Algumas mulheres com cistite intersticial apresentam melhora dos sintomas durante a gravidez, enquanto que em outras pode haver piora.

Caso a mulher tenha cistite intersticial e pretenda engravidar, deve consultar o médico para fazer uma avaliação dos medicamentos que está usando para controlar a doença, porque podem não ser seguros para o desenvolvimento do bebê durante a gravidez.

Possíveis causas

Acredita-se que a cistite intersticial seja causada por:

  • Circulação de anticorpos anormais no sangue, devido a doenças autoimunes;
  • Alterações na parede da bexiga, levando à passagem de anticorpos e substâncias inflamatórias para a urina;
  • Desregulação da sensibilidade da bexiga, provocada pela inflamação de nervos e aumento da atividade do sistema nervoso, por exemplo.

Embora não se conheça uma causa específica, estas alterações podem levar à inflamação e aumentar a sensibilidade da bexiga à dor. Conheça outras causas da vontade de urinar muitas vezes.

A cistite intersticial é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, especialmente mulheres, e em caso de doenças como síndrome do intestino irritável e fibromialgia. 

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da cistite intersticial é feito por um urologista, ginecologista ou clínico geral, levando em consideração os sintomas apresentados, especialmente quando persistem por mais de 6 semanas. 

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O médico também pode indicar alguns exames, como exame de urina, urocultura e cistoscopia, para confirmar o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado.

Como é feito o tratamento

O tratamento da cistite intersticial é feito com o objetivo de aliviar os sintomas. As principais opções de tratamento utilizadas são:

  • Fisioterapia pélvica, para avaliar a sensibilidade da pelve;
  • Treinamento da bexiga, em que se utilizam técnicas para relaxar a bexiga;
  • Alterações na dieta, eliminando o consumo de café, refrigerantes e chocolate;
  • Medidas para aliviar o estresse, como praticar exercícios físicos e acupuntura;
  • Psicoterapia, especialmente a terapia cognitiva comportamental;
  • Uso de medicamentos, como paracetamol, ibuprofeno, cimetidina, amitriptilina ou oxibutinina, de acordo com a orientação do médico.

Além disso, algumas vezes o médico também pode indicar a injeção de medicamentos na bexiga, como ácido hialurônico e lidocaína, ou o tratamento com hidrodistensão por cistoscopia, em que se enche a bexiga de líquido lentamente por um curto período, por exemplo.

Caso as opções de tratamento anteriores não sejam suficientes para controlar os sintomas, também pode ser indicada a cirurgia, que algumas vezes envolve a remoção total ou parcial da bexiga e sua reconstrução com uma pequena parte do intestino.