Candidíase mamária: o que é, sintomas e tratamento

Revisão médica: Drª. Sheila Sedicias
Ginecologista
março 2021

A candidíase mamária é uma infecção frequente durante o período de amamentação e que é causada pelo fungo Candida albicans, que pode ser encontrado naturalmente na pele sem causar qualquer sintoma. No entanto devido a alterações na imunidade pode haver proliferação desse fungo, o que pode causar dor e vermelhidão no mamilo, aparecimento de ferida de difícil cicatrização e sensação de fisgada na mama durante e após a amamentação.

O tratamento para candidíase mamária deve ser feito sob orientação do mastologista ou dermatologista, que poderá indicar o uso de medicamentos em forma de pomada ou comprimido para ajudar a combater o fungo e, assim aliviar os sintomas. Durante o tratamento, a mulher não necessita parar de amamentar, no entanto caso o bebê apresente sintomas de candidíase na boca, é importante que seja tratado de acordo com a orientação do pediatra.

Imagem ilustrativa número 2

Sintomas de candidíase na mama

Os sintomas de candidíase na mama podem surgir durante ou após a amamentação, sendo os principais:

  • Dor no bico da mama, em forma de fisgada durante a amamentação e que permanece após dar de mamar;
  • Pequena ferida no bico do peito com dificuldade de cicatrização;
  • Uma parte do mamilo pode estar esbranquiçado;
  • O mamilo afetado pode estar brilhante;
  • Sensação de ardência no mamilo; 
  • Pode haver coceira e vermelhidão.

A candidíase mamária é considerada um tipo de candidíase sistêmica e nem sempre todos os sintomas estão presentes ao mesmo tempo, mas a dor em sensação de fisgada e a pequena ferida estão presentes em todos os casos. 

Na presença de sinais e sintomas de candidíase mamária, é importante que o médico seja consultado para que seja feita uma avaliação da mama, bem como análise do leite retirado da mama afetada, e, assim, ser possível iniciar o tratamento mais adequado.

Tratamento da candidíase mamária 

O tratamento da candidíase na mama deve ser feito de acordo com a orientação do mastologista ou dermatologista e é feito com o uso de antifúngicos em forma de pomada com nistatina, clotrimazol, miconazol ou cetoconazol por 2 semanas, que devem ser aplicadas após cada mamada, não sendo necessário retirar antes de dar de mamar. Quando esse tratamento não resolve o problema o médico pode recomendar o uso de fluconazol em comprimidos por cerca de 15 dias. 

Além disso, é importante também manter a mama sempre seca e limpa, pois assim é possível evitar a proliferação do fungo. Assim, pode ser interessantes usar discos de amamentação ou expor as mamas ao sol.

Se o bebê apresentar os sintomas da candidíase oral é necessário tratá-lo ao mesmo tempo em que a mãe faz o seu tratamento para evitar que ele contamine novamente a mulher. As chupetas e bicos de mamadeira também podem conter fungos e por isso devem ser fervidos por 20 minutos pelo menos uma vez ao dia. Veja como identificar e tratar a candidíase no bebê. 

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Escrito por Marcelle Pinheiro - Fisioterapeuta. Atualizado por Marcela Lemos - Biomédica, em março de 2021. Revisão médica por Drª. Sheila Sedicias - Ginecologista, em março de 2021.

Bibliografia

  • MONTOVANI, Jessica Antonia P . Ocorrência da candidíase mamilar em nutrizes no município de Londrina-PR. Trabalho de Conclusão de Curso, 2017. Universidade Estadual de Londrina.
  • CAMPOS, Aracieli R. Dor mamária na amamentação: os desafios no diagnóstico etiológico. Tese de pós graduação, 2018. Universidade Federal de Uberlândia.
Revisão médica:
Drª. Sheila Sedicias
Ginecologista
Médica mastologista e ginecologista formada pela Universidade Federal de Pernambuco, em 2008 com registro profissional no CRM PE 17459.