Analgesia congênita: A doença onde a pessoa nunca sente Dor

Atualizado em junho 2018

A analgesia congênita é uma doença rara que faz com que o indivíduo não sinta nenhum tipo de dor. Esta doença também pode ser chamada de insensibilidade congênita à dor e faz com que seus portadores não percebam as diferenças de temperatura, podendo se queimar com facilidade, e embora eles sejam sensíveis ao tato, são incapazes de sentir dor física sendo propensos a graves lesões, mesmo esmagamento de membros.

A dor é um sinal emitido pelo corpo que serve para proteção. Ela indica sinais de perigo, quando as articulações são usadas de forma extrema, e ainda ajudam a identificar doenças, como infecção de ouvido, gastrite ou outras mais graves, como o Infarto. Como a pessoa não sente dor, a doença vai progredindo e se agravando, sendo descobertas numa fase avançada.

As causas da analgesia congênita ainda não foram totalmente esclarecidas, mas sabe-se que os neurônios motor e sensitivos não chegam a se desenvolver normalmente nestes indivíduos.  Esta é uma doença genética e pode afetar indivíduos da mesma família.

Imagem ilustrativa número 1

Sinais de analgesia congênita

O principal sinal da analgesia congênita é o fato do indivíduo não sentir nenhuma dor física desde o nascimento e por toda a vida.

Devido a este fato, o bebê pode auto mutilar-se arranhando-se e cortando-se constantemente. Um artigo cientifico relatou o caso de um menino que arrancava seus próprios dentes e mordia as mãos ao ponto de arrancar a ponta dos próprios dedos aos 9 meses de idade.

É comum haver vários casos de febre ao ano devido as infecções que não sejam a ser diagnosticadas e múltiplas lesões, inclusive fraturas, luxações e deformidades ósseas. Geralmente há irritabilidade e hiperatividade associadas.

Em alguns tipos de analgesia congênita há alteração na sudorese, lacrimejamento e retardo mental.

Imagem ilustrativa número 2

Como é feito o Diagnóstico 

O diagnóstico da analgesia congênita é feito com base na observação clínica do bebê ou da criança, já que normalmente é descoberta na infância. Pode-se recorrer à biópsia da pele e dos nervos periféricos e ao teste de estimulação simpática e análise do DNA para confirmar a doença. Raio-x, tomografias e ressonâncias magnéticas devem ser realizadas em todo o corpo para avaliar possíveis lesões e iniciar os tratamentos necessários o mais rápido possível.

Analgesia congênita tem cura?

O tratamento para a analgesia congênita não é específico, pois esta doença não tem cura. Por isso, as imobilizações e cirurgias podem ser necessárias para tratar lesões ortopédicas e evitar a perda dos membros.

O indivíduo deverá ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar composta por médico, enfermeiro, dentista e psicólogo entre outros a fim de prevenir novas lesões e melhorar sua qualidade de vida. São recomendadas consultas médicas e exames que devem ser realizados, pelo menos, 1 vez ao ano para investigar se existem doenças que precisam ser tratadas.