Acromatopsia: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em maio 2021

A cegueira de cores, conhecida cientificamente como acromatopsia, é uma alteração da retina que pode acontecer tanto em homens como em mulheres e que provoca sintomas como diminuição da visão, sensibilidade excessiva à luz e dificuldade para enxergar cores.

Ao contrário do daltonismo, em que a pessoa não consegue distinguir algumas cores, a acromatopsia pode impedir totalmente de observar outras cores além de preto, branco e alguns tons de cinza, devido a uma disfunção presente nas células que processam a luz e a visão da cor, chamadas de cones.

Geralmente, a cegueira de cores surge desde o nascimento, uma vez que a sua principal causa é uma alteração genética, no entanto, em alguns casos mais raros, a acromatopsia também pode ser adquirida durante a vida adulta devido a lesões no cérebro, como tumores, por exemplo.

Embora a acromatopsia não tenha cura, o oftalmologista pode recomendar o tratamento com o uso de óculos especiais que ajudam a melhorar a visão e atenuando os sintomas.

Imagem ilustrativa número 1
Visão de uma pessoa com acromatopsia completa

Principais sintomas

Na maior parte dos casos, os sintomas podem começar a surgir logo nas primeiras semanas de vida, ficando mais evidentes com o crescimento da criança. Alguns desses sintomas incluem:

  • Dificuldade para abrir os olhos durante o dia ou em locais com muita luz;
  • Tremores e oscilações dos olhos;
  • Dificuldade para enxergar;
  • Dificuldade para aprender ou distinguir cores;
  • Visão a preto e branco.

Em casos mais graves, pode também ocorrer um movimento rápido dos olhos de um lado para o outro.

Em alguns casos, o diagnóstico pode ser difícil já que a pessoa pode não estar consciente da sua situação e não procurar ajuda médica. Em crianças pode ser mais fácil perceber a acromatopsia quando elas têm dificuldade para aprender as cores na escola.

O que pode causar a acromatopsia

A principal causa de cegueira de cores é uma alteração genética que impede o desenvolvimento das células, do olho, que permitem observar as cores, conhecidas como cones. Quando os cones são completamente afetados, a acromatopsia é completa e, nesses casos, só se enxerga a preto e branco, porém, quando a alteração nos cones é menos grave, a visão pode ficar afetada mas ainda permitir distinguir algumas cores, sendo chamada de acromatopsia parcial.

Por ser causada por uma alteração genética, a doença pode passar de pais para filhos, mas apenas se existirem casos de acromatopsia na família do pai ou da mãe, mesmo que eles não apresentem a doença.

Além das alterações genéticas, também existem casos de cegueira de cores que surgiram durante a idade adulta devido a lesões cerebrais, como tumores ou toma de um remédio chamado hidroxicloroquina, que é geralmente utilizado em doenças reumáticas.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico normalmente é feito por um oftalmologista ou pediatra, apenas através da observação dos sintomas e testes de cor. No entanto, pode ser necessário fazer um teste de visão, chamado de eletrorretinografia, que permite avaliar a atividade elétrica da retina, sendo capaz de revelar se os cones estão funcionando corretamente.

Como é feito o tratamento

Atualmente, esta doença não tem tratamento, pelo que o objetivo se baseia em aliviar os sintomas, o que pode ser feito com o uso de óculos especiais com lentes escuras que ajudam a melhorar a visão ao mesmo tempo que diminuem a luz, melhorando a sensibilidade.

Além disso, é recomendado utilizar chapéu na rua para diminuir a luminosidade sobre os olhos e evitar atividades que necessitem de muita acuidade visual, pois podem cansar rapidamente e causar sentimentos de frustração.

Para permitir que a criança tenha um desenvolvimento intelectual normal é aconselhado informar os professores sobre o problema, para que possam sentá-la sempre na primeira fila e oferecer material com letras e números grandes, por exemplo.