Varíola: o que é, sintomas, transmissão e tratamento

Atualizado em fevereiro 2024

A varíola é uma doença infecciosa altamente contagiosa causada por um vírus do gênero Orthopoxvírus, que pode ser transmitido através de gotículas de saliva ou de espirro. Ao entrar no organismo, esse vírus cresce e se multiplica dentro das células, levando ao aparecimento de sintomas como febre alta, dores no corpo, vômitos intensos e aparecimento de bolhas na pele.

Quando ocorre a infecção, o tratamento tem como objetivo reduzir os sintomas da doença e prevenir a transmissão para outras pessoas, podendo também ser indicado o uso de antibióticos para prevenir o aparecimento de infecções bacteriana associadas.

Apesar de ser uma doença grave, altamente contagiosa e que não tem cura, a varíola é considerada erradicada pela Organização Mundial de Saúde devido ao sucesso relacionado à vacinação contra a doença. Apesar disso, a vacinação ainda pode ser recomendada em alguns lugares em função do medo associado ao bioterrorismo ou ser recomendada após o contato com o vírus, prevenindo o desenvolvimento de complicações da doença.

Imagem ilustrativa número 3
Vírus da varíola

Sintomas da varíola

Os primeiros sintomas de varíola incluem:

  • Febre alta;
  • Dores musculares no corpo;
  • Dor lombar;
  • Mal estar geral;
  • Vômitos intensos;
  • Náuseas;
  • Dores de barriga;
  • Dor de cabeça;
  • Diarreia;
  • Delírio.

Estes sintomas surgem entre 10 a 12 dias após a infecção pelo vírus e normalmente são seguidos do aparecimento de bolhas na boca, no rosto e/ou nos braços, que se espalham rapidamente para o tronco e para as pernas.

As bolhas da varíola podem ser facilmente estouradas e levar à formação de cicatrizes. Depois de um tempo as bolhas, principalmente as que estão no rosto e no tronco, ficam mais endurecidas e podem parecer estar aderidas à pele.

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Varíola dos macacos

A varíola dos macacos, ou varíola símia, é uma doença infecciosa causada por um vírus pertencente ao mesmo gênero do vírus da varíola,e que, apesar de ser conhecida como "varíola dos macacos", acredita-se que o principal reservatório desse vírus sejam os roedores.

De forma geral, a varíola dos macacos é autolimitada, ou seja, os sintomas desaparecem em cerca de 14 a 21 dias, sem que seja necessária a realização de tratamento específico. Os sintomas da varíola dos macacos são semelhantes ao sintomas da varíola "comum", tendo sido relatado o aparecimento de bolhas e lesões ulcerosas na pele, febre, arrepios, dor de cabeça e dor muscular.

A transmissão da varíola dos macacos acontece por meio do contato com as feridas e secreções das feridas, contato com objetos contaminados, por exemplo. Na suspeita de varíola dos macacos, é importante que o clínico geral ou infectologista seja consultado para que seja feita uma avaliação dos sintomas e a confirmação do diagnóstico. É também importante que a pessoa com suspeita ou confirmação de Monkeypox fique em isolamento para prevenir a transmissão da doença. Conheça mais sobre a varíola dos macacos.

Varíola do Alasca

A varíola do Alasca é causada pelo vírus Alaskapox da família do Orthopoxvírus causando dor nas articulações e/ou músculos, ínguas inchadas, e bolinhas na pele com pus. A varíola do Alasca é rara e provoca sintomas mais leves, no entanto, podem ser mais intensos em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.

Esse tipo de varíola ocorre na região do Alasca nos Estados Unidos, sendo transmitida através do contato com animais contaminados, como cães, gatos, ratazanas ou musaranhos de dorso vermelho.

Como acontece a transmissão

A transmissão da varíola acontece principalmente por meio da inalação ou contato com saliva das pessoas infectadas pelo vírus. Apesar de ser menos comum, a transmissão também pode se dar através de roupa de uso pessoa ou roupas de cama.

A varíola é mais contagiosa na primeira semana da infecção, mas à medida que são formadas crostas nas feridas, há diminuição da transmissibilidade.

Tratamento para varíola

O tratamento da varíola tem como objetivo aliviar os sintomas e evitar infecções bacterianas secundárias, que podem acontecer devido à fragilidade do sistema imunológico. Além disso, é recomendado que a pessoa fique em isolamento para evitar que haja a transmissão do vírus para outras pessoas.

Em 2018 foi aprovado o medicamento Tecovirimat e em 2021 foi aprovado o Brincidofovir, que possuem atividade contra o vírus da varíola, podendo combater a infecção de forma eficaz. No entanto, esses medicamentos não foram testados em pessoas doente e, por isso, não é conhecido o seu real efeito em humanos.

Vacina para varíola

A vacina para a varíola é capaz de prevenir o aparecimento da doença, caso seja administrada antes da exposição ao vírus da varíola, e/ ou evitar que a doença seja grave, desde que seja administrada em até 4 a 7 dias após a exposição ao vírus.

A vacina contra a varíola é formada por um vírus semelhante ao vírus da varíola, o vaccinia, que é semelhante ao vírus da varíola, porém é menos perigoso e é capaz de gerar uma resposta imunológica contra o vírus da varíola.

A vacina para varíola não faz parte do calendário básico de vacinação no Brasil, pois a doença foi considerada erradicada há mais de 30 anos. Porém, a vacina pode ser indicada no caso de ameaça de bioterrorismo, em áreas em que foram identificados casos da doença ou para profissionais que trabalham em laboratório em que há manipulação desse vírus.

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