Vaginose na gravidez: o que é, sintomas e tratamento

Atualizado em dezembro 2022

A vaginose bacteriana acontece devido ao desequilíbrio da microbiota vaginal devido às alterações hormonais desse período, fazendo com que exista uma diminuição dos lactobacilos e crescimento das bactérias naturalmente presentes na vagina, levando à alteração no pH vaginal e corrimento acinzentado com cheiro forte.

A vaginose na gravidez está normalmente associada com a bactéria Gardnerella vaginalis ou Gardnerella mobiluncus e, embora não interfira no desenvolvimento do bebê, pode aumentar o risco de ter um parto prematuro ou até de o bebê nascer com baixo peso, por exemplo. 

Assim, caso surja alguma alteração vaginal deve-se consultar o obstetra ou o ginecologista para identificar se existe algum problema e iniciar o tratamento mais adequado.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de vaginose na gravidez

Os principais sintomas de vaginose na gravidez são:

  • Coceira vaginal intensa;
  • Corrimento branco ou acinzentado;
  • Odor fétido, semelhante a peixe podre;
  • Sensação de queimação ao urinar;
  • Vermelhidão na região genital.

Na maioria dos casos a vaginose bacteriana não causa qualquer sintoma e, por isso, muitas mulheres acabam descobrindo a infecção apenas durante um exame de rotina no ginecologista ou no obstetra. 

Além disso, os sintomas de vaginose bacteriana também podem ser confundidos com uma candidíase e, por isso, é muito importante que o diagnóstico seja feito pelo médico, porque o tratamento da vaginose e da candidíase são diferentes.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da vaginose bacteriana é feito pelo ginecologista ou obstetra a partir da avaliação dos sintomas apresentados pela mulher e do exame pélvico.

Além disso, o médico pode solicitar exames, como exame de urina, urocultura ou análise do corrimento vaginal em laboratório, por exemplo, para identificar a bactéria e indicar o tratamento mais adequado. Entenda como é feito o diagnóstico da vaginose bacteriana.  

Como é feito o tratamento

O tratamento da vaginose bacteriana na gravidez deve ser sempre orientado pelo obstetra ou ginecologista e, normalmente, é feito quando a grávida tem sintomas ou apresenta um grande risco de ter um parto prematuro, por exemplo.

Assim, o tratamento que pode ser indicado pelo médico é o uso de antibióticos orais, como clindamicina ou metronidazol, por 7 dias, ou com a aplicação de antibióticos em pomada por cerca de 5 dias. É importante que o tratamento seja feito com orientação médica, uma vez que alguns medicamentos, como o metronidazol, são contraindicados no primeiro trimestre da gravidez.

Além disso, deve-se fazer o tratamento pelo tempo orientado pelo médico, mesmo que os sintomas desapareçam antes.

Possíveis complicações

As principais complicações da vaginose bacteriana na gravidez são aumento do risco de parto prematuro, bebê com baixo peso ao nascer e aumento do risco de contrair um infecção sexualmente transmissível, como clamídia ou gonorreia, que podem causar doença inflamatória pélvica (DIP) e dificultar a ocorrência de uma gravidez futura.