Rins policísticos: sintomas, causas e tratamento

Atualizado em outubro 2022

O rim policístico é uma alteração em que há o crescimento de vários cistos de diferentes tamanhos no interior dos rins, fazendo com que aumentem de tamanho e alterem sua forma. Além disso, quando o número de cistos é muito elevado, o rim pode começar a ter mais dificuldade para funcionar, podendo resultar em insuficiência renal.

Além de afetar os rins, esta doença também aumenta o risco de desenvolvimento de cistos em outros locais do corpo, especialmente no fígado. Veja quais os sinais que podem indicar um cisto no fígado.

Embora a presença de vários cistos no rim possa ter complicações graves, em quase todos os casos é possível fazer o tratamento, que envolve alterações nos hábitos diários, para aliviar os sintomas e evitar o surgimento das complicações. Veja mais sobre o cisto no rim.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas indicativos de rins policísticos são:

  • Pressão arterial alta;
  • Dor constante na parte inferior das costas;
  • Dor de cabeça constante;
  • Inchaço abdominal;
  • Presença de sangue na urina.

Em muitos casos, o rim policístico pode não causar qualquer tipo de sintoma, especialmente nos primeiros anos, quando os cistos ainda não pequenos. No entanto, à medida que vão surgindo e aumentando de tamanho, acontece o desenvolvimento dos sintomas. Além disso, em caso de rins policísticos, existe um maior risco da pessoa ter infecções urinárias e renais mais frequentes, além de maior tendência para ter pedra nos rins.

Caso surjam 2 ou mais destes sintomas é muito importante consultar um nefrologista para avaliar o funcionamento dos rins, pois mesmo que não seja sinal de rim policístico, pode indicar um incorreto funcionamento do órgão.

Como confirmar o diagnóstico

Para confirmar o diagnóstico de rins policísticos, o nefrologista ou urologista deve avaliar os sinais e sintomas apresentados pela pessoa e solicitar a realização de exames que ajudem a identificar a presença dos cistos, calcular a quantidade de tecido saudável e verificar o funcionamento dos rins.

Assim, pode ser indicado pelo médico a realização de tomografia computadorizada, ressonância magnética e exame de urina.

Possíveis causas

A doença do rim policístico é causada por uma alteração nos genes, que faz com que o rim produza tecido errado, resultando em cistos. Assim, é muito comum que existam vários casos da doença na família, podendo passar de pais para filhos.

Embora seja muito raro, a alteração genética também pode acontecer de forma completamente espontânea e aleatória, não sendo relacionada com a passagem dos pais para os filhos.

Como é feito o tratamento

Não existe uma forma de tratamento capaz de curar o ovário policístico, no entanto, é possível aliviar os sintomas e evitar as complicações. Dessa forma, alguns dos tratamentos mais usados incluem:

  • Remédios para a pressão alta, como Captopril ou Lisinopril: são usados quando a pressão arterial não diminui e ajudam a evitar lesões no tecido saudável do rim;
  • Anti-inflamatórios e analgésicos, como Acetominofeno ou Ibuprofeno: permitem aliviar a dor causada pela presença dos cistos no rim;
  • Antibióticos, como Amoxicilina ou Ciprofloxacino: são usados quando existe uma infecção urinária ou renal, para evitar o surgimento de novas lesões no rim.

Além dos remédios, é ainda muito importante fazer algumas alterações no estilo de vida, principalmente na alimentação, já que é recomendado evitar comidas com muito sal ou com muita gordura. Confira como deve ser a dieta para proteger o rim.

Nos casos mais graves, em que os cistos são muito grandes e os sintomas não conseguem ser controlados com a medicação, o médico pode aconselhar fazer cirurgia, para tentar retirar uma parte do tecido afetado dos rins, por exemplo.

Possíveis complicações

A presença de cistos no rim pode ter várias complicações, especialmente quando o tratamento não é feito de forma adequada. Algumas incluem:

  • Pressão arterial alta;
  • Insuficiência renal;
  • Crescimento de cistos no fígado;
  • Desenvolvimento de aneurisma cerebral;
  • Alterações nas valvas cardíacas.

Além disso, nas mulheres, a doença do rim policístico também pode causar pré-eclâmpsia durante a gestação, colocando em risco a vida do bebê e da gestante. Saiba mais sobre o que é a pré-eclâmpsia.

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