A doença do rim policístico é uma doença hereditária na qual crescem vários cistos de diferentes tamanhos no interior dos rins, fazendo com que aumentem de tamanho e alterem sua forma. Além disso, quando o número de cistos é muito elevado, o rim pode começar a ter mais dificuldade para funcionar, podendo resultar em insuficiência renal.
Além de afetar os rins, esta doença também aumenta o risco de desenvolvimento de cistos em outros locais do corpo, especialmente no fígado. Veja quais os sinais que podem indicar um cisto no fígado.
Embora a presença de vários cistos no rim possa ter complicações graves, em quase todos os casos é possível fazer o tratamento, que envolve alterações nos hábitos diários, para aliviar os sintomas e evitar o surgimento das complicações.

Principais sintomas
Em muitos casos, o rim policístico pode não causar qualquer tipo de sintoma, especialmente nos primeiros anos, quando os cistos ainda não pequenos. No entanto, à medida que vão surgindo e aumentando de tamanho, os cistos podem provocar sintomas como:
- Pressão arterial alta;
- Dor constante na parte inferior das costas;
- Dor de cabeça constante;
- Inchaço abdominal;
- Presença de sangue na urina.
Além disso, pessoas com doença do rim policístico também apresentam infecções urinárias e renais mais frequentes, assim como maior tendência para ter pedra nos rins.
Caso surjam 2 ou mais destes sintomas é muito importante consultar um nefrologista para avaliar o funcionamento dos rins, pois mesmo que não seja sinal de rim policístico, pode indicar um incorreto funcionamento do órgão.
Como confirmar o diagnóstico
Para confirmar o diagnóstico, geralmente o nefrologista pede exames como ultrassom renal, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, não apenas para identificar a presença dos cistos, mas também para calcular a quantidade de tecido saudável.
Possíveis causas
A doença do rim policístico é causada por uma alteração nos genes, que faz com que o rim produza tecido errado, resultando em cistos. Assim, é muito comum que existam vários casos da doença na família, podendo passar de pais para filhos.
Embora seja muito raro, a alteração genética também pode acontecer de forma completamente espontânea e aleatória, não sendo relacionada com a passagem dos pais para os filhos.
Como é feito o tratamento
Não existe uma forma de tratamento capaz de curar o ovário policístico, no entanto, é possível aliviar os sintomas e evitar as complicações. Dessa forma, alguns dos tratamentos mais usados incluem:
- Remédios para a pressão alta, como Captopril ou Lisinopril: são usados quando a pressão arterial não diminui e ajudam a evitar lesões no tecido saudável do rim;
- Anti-inflamatórios e analgésicos, como Acetominofeno ou Ibuprofeno: permitem aliviar a dor causada pela presença dos cistos no rim;
- Antibióticos, como Amoxicilina ou Ciprofloxacino: são usados quando existe uma infecção urinária ou renal, para evitar o surgimento de novas lesões no rim.
Além dos remédios, é ainda muito importante fazer algumas alterações no estilo de vida, principalmente na alimentação, já que é recomendado evitar comidas com muito sal ou com muita gordura. Confira como deve ser a dieta para proteger o rim.
Nos casos mais graves, em que os cistos são muito grandes e os sintomas não conseguem ser controlados com a medicação, o médico pode aconselhar fazer cirurgia, para tentar retirar uma parte do tecido afetado dos rins, por exemplo.
Possíveis complicações
A presença de cistos no rim pode ter várias complicações, especialmente quando o tratamento não é feito de forma adequada. Algumas incluem:
- Pressão arterial alta;
- Insuficiência renal;
- Crescimento de cistos no fígado;
- Desenvolvimento de aneurisma cerebral;
- Alterações nas valvas cardíacas.
Além disso, nas mulheres, a doença do rim policístico também pode causar pré-eclâmpsia durante a gestação, colocando em risco a vida do bebê e da gestante. Saiba mais sobre o que é a pré-eclâmpsia.