Os principais sintomas de pancreatite são dor abdominal na parte de cima do abdômen, podendo irradiar para as costas, o tórax e flancos, náuseas e vômitos, falta de apetite e barriga inchada.
O tratamento da pancreatite deve ser indicado pelo gastroenterologista ou clínico geral, podendo ser feito com uso de remédios, jejum e mudanças na dieta, hidratação e, em alguns casos, a cirurgia.
Por ser uma emergência, na presença de sintomas indicativos de pancreatite, deve-se ir imediatamente ao hospital para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado, para evitar complicações que podem colocar a vida da pessoa em risco.
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Principais sintomas de pancreatite
Os principais sintomas de pancreatite são:
1. Dor abdominal
A dor abdominal surge normalmente na parte de cima do abdômen, podendo também afetar a região ao redor do umbigo ou parte superior esquerda da barriga.
Esta dor geralmente piora ao comer, principalmente refeições ricas em gordura, beber, deitar, tossir ou exercitar-se. Entretanto, pode melhorar quando se fica de pé, com o tronco inclinado para frente ou em posição fetal.
A dor abdominal normalmente irradia para as costas e, às vezes, para o tórax, flancos e partes de baixo do abdome.
Este tipo de dor pode variar entre leve a intensa, constante e incapacitante, sendo descrita como do tipo profunda, ardente ou em forma de facada, podendo durar vários dias.
2. Náuseas e vômitos
As náuseas e os vômitos são sintomas comuns de pancreatite, estando presentes em cerca de 90% das pessoas com essa condição, podendo ser incontroláveis e, em geral, não aliviar a dor.
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A falta de apetite pode acontecer devido às náuseas, vômito, má digestão, inchaço e dor abdominal, que dificultam a alimentação.
4. Perda de peso
A perda de peso pode acontecer tanto pela falta de apetite como devido à má absorção de nutrientes, provocada pela redução da capacidade do pâncreas de produzir enzimas digestivas e hormônios.
5. Febre e calafrios
Os possíveis sintomas sistêmicos de pancreatite, que podem surgir em casos mais graves, são a febre e os calafrios, devido ao processo inflamatório no pâncreas.
A inflamação pode causar febre e calafrios, porque provoca a liberação de citocinas e o recrutamento de células inflamatórias, como neutrófilos e monócitos, podendo levar à síndrome da resposta inflamatória sistêmica
Assim, na presença de febre e calafrios, deve-se procurar um atendimento de emergência, para que seja feito o tratamento adequado e evitadas possíveis complicações.
6. Alterações dos sinais vitais
Alterações dos sinais vitais, como frequência cardíaca rápida e respiração rápida e superficial, também podem surgir na pancreatite.
Além disso, a pressão arterial baixa também pode surgir em casos graves, sendo provocada pela perda de líquidos ou síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS).
7. Barriga inchada
Outro possível sintoma da pancreatite é a barriga inchada, com sensibilidade ao toque na região de cima e meio do abdômen, logo abaixo do tórax e acima do umbigo.
A pessoa também pode apresentar leve rigidez na barriga.
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A pele e os olhos amarelados, tecnicamente chamados de icterícia, podem surgir na pancreatite, podendo indicar bloqueio na vesícula ou colangite, que é a inflamação do ducto biliar.
9. Alterações na pele
Em casos graves, a pessoa também pode apresentar alterações na pele, como paniculite, sinal de Cullen, que são manchas roxas ao redor do umbigo e sinal de Gray-Turner, que são manchas roxas nos flancos.
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10. Alterações nas fezes
Em casos de pancreatite crônica, a pessoa pode apresentar alterações nas fezes, como fezes oleosas, volumosas, com mau cheiro e diarreia.
Estes sintomas são provocados pelo comprometimento na produção de enzimas digestivas pelo pâncreas, dificultando a quebra de gorduras.
11. Diabetes
Devido à perda da capacidade do pâncreas em produzir os hormônios insulina e glucagon, a pancreatite crônica pode provocar diabetes secundária.
12. Alteração do estado mental
A alteração do estado mental, como confusão mental, letargia, apatia ou coma, é um possível sintoma de pancreatite grave, podendo surgir principalmente em idosos.
Sintomas de pancreatite aguda
Os sintomas de pancreatite aguda incluem:
- Dor intensa na região superior direita do abdômen, que surge de repente;
- Dor que pode irradiar para as costas;
- Barriga inchada e com sensibilidade ao toque;
- Náuseas e vômitos;
- Perda do apetite e má digestão;
- Febre e calafrios;
- Pele e olhos amarelados;
- Diarreia.
A pessoa com pancreatite aguda também pode apresentar pressão arterial baixa, taquicardia e respiração rápida e superficial.
Na presença de sintomas de pancreatite aguda, deve-se ir ao pronto-socorro imediatamente, para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações que podem colocar a vida da pessoa em risco.
Sintomas de pancreatite crônica
Os possíveis sintomas e sintomas de pancreatite crônica são: dor abdominal recorrente, perda de peso, diabetes, fezes volumosas e gordurosas, e desnutrição.
Sintomas iniciais de pancreatite
Os sintomas iniciais de pancreatite variam de acordo com a duração dessa condição. Os sintomas de pancreatite aguda geralmente surgem de forma repentina com sinais fáceis de identificar.
Já a pancreatite crônica se desenvolve ao longo do tempo, e seus sintomas podem ser mais leves no início ou aparecerem como episódios recorrentes de pancreatite aguda.
Como saber se é pancreatite
Para saber se é pancreatite, é recomendado consultar o gastroenterologista ou clínico geral, para que seja feito um exame físico e avaliado o histórico de saúde da pessoa.
Para confirmar o diagnóstico, o médico geralmente solicita a realização de exames como exame de sangue e de imagem, como ressonância magnética, ultrassonografia e tomografia computadorizada.
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Os tratamentos da pancreatite, que devem ser indicado pelo médico são:
- Hidratação, com o uso de soro diretamente na veia, no tratamento da pancreatite aguda para evitar a desidratação, melhorar a circulação sanguínea para o pâncreas e prevenir complicações;
- Jejum, por até 2 dias, até o controle dos sintomas;
- Dieta, indicada pelo nutricionista, iniciando com sopas, caldos de legumes e carnes, com pouca gordura, evoluindo para refeições sólidas com pouca gordura, como carnes magras, peixe e frango;
- Remédios, como analgésicos, antibióticos, para aliviar a dor ou nos casos de necrose do pâncreas e infecção;
- Uso de enzimas pancreáticas, como pancreatina, para ajudar na digestão e absorção de gorduras, carboidratos e proteínas da alimentação.
O médico também pode indicar a realização de uma cirurgia em situações como necrose pancreática infectada, sangramentos, bloqueio das vias biliares e acúmulo de líquido no pâncreas, por exemplo.
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