Fertilização in vitro (FIV): o que é, quando é indicada e como é feita

Atualizado em dezembro 2023

A fertilização in vitro, ou FIV, é uma técnica de reprodução assistida que consiste na fecundação do óvulo pelo espermatozoide em laboratório, podendo ser indicada em caso de baixa qualidade do sêmen, pouca reserva de óvulos ou risco de transmissão de doenças genéticas para o bebê.

Este procedimento normalmente é feito por etapas que podem demorar 4 a 6 semanas e envolvem o uso de medicamentos para estimular a produção de óvulos, sua fertilização no laboratório e a implantação do embrião no útero.

Esta é uma das técnicas de reprodução assistida mais utilizadas atualmente e pode ser realizada em clínicas ou hospitais particulares ou pelo SUS após uma avaliação detalhada pelo médico. Por isso, é recomendado consultar um ginecologista para avaliar a sua indicação.

Imagem ilustrativa número 1

Quando é indicada

A fertilização in vitro pode ser indicada em caso de:

  • Sequelas de doença inflamatória pélvica, que podem bloquear a passagem pelas tubas uterinas;
  • Doenças ginecológicas, como endometriose ou fibromas uterinos;
  • Baixa qualidade do sêmen, devido a contagem reduzida de espermatozoides, por exemplo;
  • Mulheres que não conseguem mais produzir óvulos, utilizando óvulos ou embriões de doadores;
  • Tratamentos que podem afetar a reserva de óvulos, a partir do uso de óvulos congelados antes do seu início;
  • Mulheres que desejam engravidar após os 35 anos, porque a fertilidade normalmente diminui com a idade;
  • Risco de transmissão de doenças genéticas, em caso de histórico na família, por exemplo.

No entanto, especialmente em caso de suspeita de infertilidade, o médico normalmente indica exames para casal para identificar a causa da dificuldade para engravidar e avaliar se a fertilização in vitro é mesmo a melhor opção. Conheça os exames que avaliam a fertilidade feminina e masculina.

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Como é o preparo

Antes de realizar a fertilização in vitro, é comum a mulher realizar exames de sangue, como a dosagem de FSH e/ou estradiol, para avaliar a sua reserva de óvulos, além de exames de imagem para verificar se existem alterações no útero que poderiam interferir na implantação do embrião. 

Já para o homem, normalmente é indicado fazer um espermograma, para verificar se os espermatozoides produzidos são normais e avaliar a necessidade de outras técnicas de reprodução assistida. Entenda melhor o que é reprodução assistida e as indicações.

Além disso, o médico normalmente também indica para o casal exames para algumas doenças como HIV, hepatite B e sífilis, que poderiam interferir no sucesso da fertilização in vitro.

Como é feita a fertilização in vitro

A fertilização in vitro é um procedimento realizado na clínica de reprodução assistida em três etapas:

  • Etapa I: os ovários são estimulados por meio do uso dos medicamentos para produzir óvulos, que são coletados através da aspiração transvaginal e enviados para o laboratório. Nesta etapa, o esperma do homem também é coletado;
  • Etapa II: os óvulos e espermatozoides são preparados e selecionados no laboratório e a fertilização é feita colocando-os juntos em um recipiente especial. Nesta etapa, caso as chances de fertilização sejam baixas, pode ser feita a injeção do espermatozoide diretamente dentro do óvulo;
  • Etapa III: após a fertilização, os embriões começam a se desenvolver e, após alguns dias, ainda nas etapas iniciais da sua formação, são implantados no útero da mulher pelo ginecologista na clínica de reprodução assistida.

Além disso, para verificar se a fertilização in vitro correu conforme o esperado, normalmente é feito um exame de gravidez para medir a quantidade de beta-HCG no sangue cerca de 9 a 14 dias após a transferência dos embriões para o útero.

Possíveis riscos

Um dos riscos mais comuns da fertilização in vitro é a gravidez de gêmeos devido à presença de vários embriões dentro do útero da mulher. Existe também o risco de aborto espontâneo, e, por isso, a gestação deve ser sempre acompanhada pelo obstetra e pelo médico especialista em reprodução assistida.

Além disso, embora seja raro, os medicamentos utilizados para a fertilização in vitro também podem causar a síndrome de hiperestimulação ovariana em algumas mulheres, provocando sintomas como dor no abdome, acúmulo de líquidos no organismo e falta de ar.