Diástase abdominal: o que é, sintomas, causas e tratamento (com exercícios)

A diástase abdominal é a separação dos músculos retos do abdômen, que acontece na região da linha alba, geralmente por causa do enfraquecimento destes músculos.

Também chamada de diástase dos músculos retos abdominais, geralmente leva ao surgimento de sintomas como saliência acima ou abaixo do umbigo e flacidez na barriga, e costuma ocorrer principalmente durante ou após a gravidez.

O tratamento da diástase abdominal pode ser feito com exercícios, fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia, principalmente quando o afastamento é maior que 5 cm e os exercícios não foram eficazes para corrigir o afastamento.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de diástase abdominal

Os principais sintomas da diástase abdominal são:

  • Saliência no abdômen, acima ou abaixo do umbigo;
  • Flacidez excessiva na barriga;
  • Enfraquecimento dos músculos do abdômen;
  • Dificuldade para manter a firmeza do abdômen;
  • Postura incorreta e desequilíbrio corporal;
  • Dor na lombar, na pelve ou no quadril;
  • Desconforto ou dor durante a relação sexual.

Além disso, pode ocorrer incontinência urinária ao fazer esforço, como tossir, espirrar ou levantar peso, e também prisão de ventre, devido à fraqueza dos músculos que dificulta o bom funcionamento do intestino.

O afastamento dos músculos abdominais pode chegar a 10 cm, sendo importante ser avaliado pelo médico, que pode indicar o tratamento mais adequado.

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Como saber se tenho diástase

Para se certificar da presença de diástase abdominal deve-se:

  1. Deitar de barriga para cima;
  2. Posicionar os dedos indicador e médio cerca de 2 cm acima e abaixo do umbigo;
  3. Contrair o abdômen, como se fosse realizar um exercício abdominal.

Normalmente, ao contrair o abdômen, os dedos se movimentam levemente para cima, mas em caso de diástase eles permanecem imóveis, sendo possível até colocar três ou quatro dedos lado a lado sem que se movam durante a contração.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da diástase abdominal é feito pelo ginecologista ou cirurgião geral, através do exame físico, ao avaliar as características dos músculos abdominais, além da presença dos sintomas.

Em alguns casos, o médico pode solicitar exames de imagem, como ultrassom ou tomografia computadorizada, para analisar de forma mais detalhada os músculos abdominais e confirmar o diagnóstico da diástase abdominal.

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O que causa

Alguns fatores podem contribuir para o surgimento da diástase abdominal, como:

  • Ter várias gestações;
  • Intervalos curtos entre as gestações;
  • Gravidez de gêmeos ou mais;
  • Gestação após os 35 anos;
  • Bebês grandes ou com peso elevado;
  • Fazer esforço intenso durante o parto vaginal;
  • Sedentarismo antes ou após a gravidez.

A diástase abdominal também pode ocorrer devido a fatores como obesidade, envelhecimento, esforços físicos inadequados ou excessivos, e inatividade nos primeiros dias após o parto.

Além disso, embora seja mais raro, a diástase abdominal também pode estar presente desde o nascimento, sendo chamada de diástase abdominal congênita, geralmente causada por nascimento prematuro.

Diástase abdominal masculina

A diástase abdominal também pode ocorrer em homens, podendo se desenvolver sempre que a parede abdominal é sobrecarregada, seja por esforços físicos intensos ou constantes, constipação, alterações rápidas de peso, obesidade, envelhecimento ou exercícios inadequados.

Tratamento para diástase abdominal 

Os tratamentos para diástase abdominal que podem ser indicadas pelo médico são:

1. Fisioterapia

A fisioterapia é fundamental para estimular os músculos do abdômen e do assoalho pélvico, fortalecendo o core e melhorando o tônus muscular. 

Técnicas como cinesioterapia, pilates modificado, ginástica abdominal hipopressiva e exercícios de reeducação respiratória podem ser eficazes na prevenção e na redução da diástase.

Leia também: Cinesioterapia: o que é, para que serve e como fazer (com opções de exercícios) tuasaude.com/cinesioterapia

O tratamento fisioterápico deve ser indicado pelo fisioterapeuta de forma individualizada, podendo ainda ser utilizado recursos adicionais, como eletroestimulação e hidroterapia, também podem ajudar a reduzir a flacidez e melhorar a firmeza da parede abdominal. Saiba como é feita a eletroestimulação.  

2. Cirurgia

A cirurgia para diástase abdominal, normalmente, é indicada pelo médico quando:

  • O afastamento dos músculos retos abdominais é maior que 5 cm;
  • Os exercícios ou fisioterapia não foram eficazes para diminuir o afastamento dos músculos;
  • Presença de sintomas como dor lombar ou incontinência urinária de esforço;
  • Motivos estéticos.

A cirurgia da diástase abdominal consiste em aproximar os músculos retos abdominais, podendo ser feita por laparoscopia, o que permite também melhorar a postura, aliviar dores e, em muitos casos, reparar hérnias associadas.

Além de benefícios funcionais, a cirurgia também contribui para a restauração estética do abdômen, aumentando a satisfação e a autoestima.

O médico também pode recomendar uma lipoaspiração ou abdominoplastia para remover o excesso de gordura ou pele. Veja como é feita a cirurgia para diástase abdominal e os cuidados pós-operatórios

Exercícios para diástase abdominal

Os exercícios para diástase abdominal podem ser iniciados entre 6 e 8 semanas após o parto, com liberação médica, e devem ser realizados sob orientação do fisioterapeuta ou educador físico, que podem incluir:

1. Ponte

O exercício da ponte fortalece a musculatura do core, dos glúteos e da região lombar, ajudando na estabilidade da parede abdominal e na redução da diástase.

Como fazer: Deitar de costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão, afastados na largura do quadril. 

Em seguida, elevar lentamente o quadril, formando uma linha reta dos ombros até os joelhos, enquanto se contrai simultaneamente os glúteos e os músculos abdominais. Manter nessa posição por 5 a 10 segundos e descer o quadril.

2. Contração isométrica abdominal e pélvica

Este exercício de contração isométrica fortalece a musculatura profunda do abdômen e do assoalho pélvico, ajudando a melhorar a parede abdominal e a reduzir a diástase.

Como fazer: Deitar de costas com os joelhos dobrados e um travesseiro posicionado entre eles. Primeiro, contrair a musculatura interna das coxas pressionando levemente o travesseiro. 

Em seguida, ativar o assoalho pélvico como se estivesse segurando o xixi, e simultaneamente contrair os músculos abdominais profundos, mantendo a postura firme. Segurar a contração por 5 a 10 segundos e relaxar.

3. Prancha modificada

Este exercício fortalece os músculos abdominais, do core e do assoalho pélvico, ajudando a melhorar a postura e a estabilidade da parede abdominal, sem sobrecarregar a região da diástase.

Como fazer: Apoiar os antebraços e os joelhos no chão, mantendo o corpo alinhado dos ombros aos joelhos. Ativar os músculos abdominais profundos e o assoalho pélvico, contraindo suavemente o abdômen. 

Segurar a posição por 5 a 10 segundos, respirando de forma controlada, e depois relaxar. Conforme o progresso, é possível aumentar gradualmente o tempo de manutenção da postura.

4. Ginástica abdominal hipopressiva

A ginástica hipopressiva trabalha principalmente a respiração e a ativação da musculatura profunda do abdômen, sem que haja pressão excessiva no reto abdominal, sendo um exercício muito indicado para diástase abdominal.

Como fazer: Realizar uma inspiração profunda, seguida da sucção do abdômen, como se o umbigo fosse “colar nas costas”, mantendo a contração por cerca de 10 segundos. Fazer a expiração e descansar.

Assista o vídeo a seguir com alguns exercícios de ginástica hipopressiva para ajudar a corrigir a diástase abdominal:

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Exercícios que devem ser evitados

Alguns exercícios podem agravar a diástase abdominal e devem ser evitados, como:

  • Abdominais tradicionais;
  • Pranchas e flexões completas sem modificações;
  • Poses de yoga, como Downward Dog e Boat Pose;
  • Movimentos de pilates, como Double Leg Lifts e Scissors.

É fundamental evitar qualquer exercício ou movimento que faça o abdômen se projetar para fora, tendo cuidado especial ao levantar objetos e evitando esforços com sacolas ou pesos maiores que o bebê nas primeiras seis semanas após o parto.

Cuidados durante o tratamento

Durante o tratamento para corrigir a diástase abdominal também é recomendado manter a boa postura em pé e/ou sentado.

O uso de faixas elásticas abdominais, se indicada pelo médico, pode fornecer suporte temporário e ajudar a manter a postura correta, mas não substitui o fortalecimento muscular.

O acompanhamento de um profissional experiente é essencial, pois ele pode elaborar um plano personalizado para fortalecer os músculos, garantindo a execução correta dos exercícios e a progressão segura, evitando aumento da pressão intra-abdominal que poderia agravar a diástase.

Possíveis complicações 

As possíveis complicações da diástase abdominal podem ser:

  • Aumento da dor lombar, pélvica e quadril;
  • Hérnia umbilical;
  • Incontinência urinária;
  • Má postura.

Por isso, é importante realizar o tratamento, promovendo a união e o fortalecimento das fibras abdominais.

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