Imunoterapia: o que é, quando é indicada e como é feita

A imunoterapia é um tratamento que fortalece o sistema imune, fazendo com que o corpo da própria pessoa tenha maior capacidade para combater infecções, câncer e doenças autoimunes.

Geralmente, a imunoterapia é iniciada quando outros tratamentos não apresentam resultados satisfatórios, sendo sua indicação sempre avaliada pelo médico responsável pelo tratamento da doença. 

No caso do câncer, a imunoterapia pode ser usada quando outros tratamentos, como quimioterapia ou radioterapia, não são suficientes ou causam efeitos colaterais intensos, podendo ser aplicada sozinha ou em combinação para estimular o sistema imunológico a combater as células tumorais.

Imagem ilustrativa número 1

Quando é indicada

A imunoterapia é um tratamento que pode ser indicado em casos de: 

  • Câncer, quando outros tratamentos não funcionam ou causam efeitos colaterais graves;
  • Doenças autoimunes, como em artrite reumatoide, esclerose múltipla e doença de Crohn;
  • Alergias, para reduzir a sensibilidade a alérgenos, como pólen, poeira ou picadas de insetos;
  • Infecções graves, quando é necessário estimular a defesa do corpo contra vírus ou bactérias difíceis de tratar;
  • Transplantes de órgãos, para evitar que o corpo rejeite o órgão transplantado, controlando a resposta imunológica.

Além disso, a imunoterapia pode ser usada quando outros tratamentos não funcionam bem, causam efeitos colaterais graves ou quando o tipo de doença apresenta características que respondem melhor a esse tipo de terapia.

Principais tipos de imunoterapia

Os principais tipos de imunoterapia são:

1. Transferência de células T

A transferência de células T, ou terapia celular adotiva, envolve coletar células imunes que atacam o tumor ou a inflamação, analisá-las em laboratório e selecionar as mais eficazes para ajudar na cura.

Após análise, as células imunes da pessoa são selecionadas ou modificadas em laboratório e reinseridas no corpo em grandes quantidades, para combater mais facilmente a doença.

Essa terapia celular é mais utilizada em alguns tipos de câncer, principalmente leucemias, linfomas e melanoma avançado.

2. Inibidores de checkpoint

Os inibidores de checkpoints imunológicos são medicamentos que bloqueiam pontos de controle naturais do sistema imunológico, permitindo que as células de defesa respondam de forma mais intensa contra as doenças.

Este tipo de tratamento tem sido feito principalmente em câncer de pele, pulmão, bexiga, rins e cabeça.

3. Anticorpos monoclonais

Os anticorpos monoclonais são proteínas criadas em laboratório que se ligam a as células cancerosas ou no sistema imunológico, ajudando a marcar o câncer para destruição ou a reforçar a ação das células de defesa.

Alguns destes anticorpos podem carregar substâncias, como quimioterápicos ou moléculas radioativas, que permitem evitar o crescimento do tumor. Veja mais para que serve os anticorpos monoclonais .

Além do câncer, os anticorpos monoclonais também são usados em doenças autoimunes como artrite reumatoide, esclerose múltipla e doença de Crohn.

4. Vacinas contra o câncer

No caso das vacinas, o médico recolhe algumas células tumorais da própria pessoa e depois alteram-as em laboratório para que sejam menos agressivas. 

Por fim, essas células são novamente injetadas no corpo, sob a forma de vacina, para estimular o sistema imune a combater o câncer com maior eficácia.

A vacina pode ser indicada em casos de melanoma avançado, tumores sólidos ou como forma de prevenir a recidiva após cirurgia ou tratamento, ajudando o corpo a reconhecer e eliminar células cancerosas remanescentes.

5. Moduladores do sistema imune

Os moduladores do sistema imunológico, incluindo terapias com citocinas como interleucinas e interferons, aumentam a resposta imune geral ou direcionada, sendo usados, por exemplo, em câncer, alterações autoimunes, doença inflamatória intestinal, alergia, asma e infecções.

Como é feita a imunoterapia

A imunoterapia pode ser pode ser feita por via intravenosa, que é a mais comum, oral, em pílulas ou cápsulas, tópica, em creme para alguns cânceres de pele iniciais, intravesical, diretamente na bexiga, ou por injeções subcutâneas.

A frequência e duração do tratamento dependem da doença, do tipo de imunoterapia e da resposta de cada pessoa, podendo ser diária, semanal ou em ciclos, com pausas para o corpo se recuperar e formar novas células saudáveis.

Durante o tratamento, a pessoa é monitorada, com exames para avaliar a resposta da doença e identificar possíveis efeitos colaterais. 

A imunoterapia atua estimulando o sistema imunológico, mas não alivia rapidamente os sintomas, por isso o médico pode associar outros medicamentos, como anti-inflamatórios, corticoides ou analgésicos, para reduzir o desconforto.

Além disso, a eficácia da imunoterapia pode ser influenciada por fatores como o microbiota intestinal, podendo funcionar melhor quando o intestino está saudável, que pode ser beneficiada com dieta rica em fibras ou transplante de microbiota.

Leia também: Dieta rica em fibras: como fazer (com cardápio) tuasaude.com/dieta-rica-em-fibras

Imunoterapia para câncer

A imunoterapia é um tratamento que ajuda o sistema imunológico a combater o câncer, estimulando ou modulando a resposta do corpo contra as células tumorais.

Essa terapia pode ser usada quando outros tratamentos, como quimioterapia ou radioterapia, não são suficientes ou causam efeitos colaterais intensos.

Existem diferentes tipos de imunoterapia para o câncer, incluindo medicamentos que reforçam a ação das células de defesa, anticorpos que marcam o câncer como alvo, vacinas que treinam o organismo para reconhecer células tumorais e terapias celulares.

Entretanto, o acompanhamento médico é essencial para monitorar efeitos colaterais e avaliar a eficácia do tratamento.

Possíveis efeitos colaterais

Os possíveis efeitos colaterais mais comuns na imunoterapia são:

  • Cansaço excessivo;
  • Febre e calafrios;
  • Náusea e perda de apetite;
  • Dor de cabeça ou tonturas;
  • Desconforto muscular.

Além disso, quando a imunoterapia é feita por injeção ou infusão, podem ocorrer reações no local da aplicação, como dor, vermelhidão ou inchaço.

Alguns efeitos colaterais mais graves e raros podem incluir inflamação em órgãos, como pulmões, fígado, intestino ou coração, devido à ativação excessiva do sistema imunológico, além de reações alérgicas graves, como anafilaxia. Entenda quais os sintomas da anafilaxia.

Vídeos relacionados

O que fazer para melhorar a IMUNIDADE

03:14 | 165.585 visualizações

PRÓPOLIS: o que é, para que serve e como usar

14:44 | 369.658 visualizações