Glioma: o que é, sintomas, graus e tratamento

Glioma é um grupo de tumores cerebrais que afetam as células da glia, que são responsáveis pelo suporte aos neurônios e bom funcionamento do sistema nervoso, causando sintomas como dor de cabeça, tontura, náuseas e vômitos.

Esse tipo de tumor cerebral pode ser classificado em graus e tipos diferentes que variam de acordo com a sua localização, células envolvidas, taxa de crescimento e agressividade.

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O tratamento do glioma é feito pelo oncologista ou neuro-oncologista e varia com o grau e tipo de tumor, podendo ser recomendado cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, por exemplo.

Médico avaliando ressonância magnética do cérebro

Sintomas de glioma

Os principais sintomas de glioma são:

  • Dor de cabeça;
  • Náuseas e vômitos;
  • Confusão mental;
  • Dificuldade para pensar ou falar;
  • Perda de memória;
  • Convulsões;
  • Fraqueza.

Além disso, também podem surgir dificuldade para manter o equilíbrio, visão embaçada ou dupla, alterações do comportamento ou irritabilidade, por exemplo.

Os sintomas de glioma geralmente surgem quando o tumor cresce e comprime o cérebro ou a medula espinhal, e também podem variar de acordo com a região afetada.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do glioma normalmente é feito pelo neurologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e familiar de glioma, exame físico e neurológico completo, além de exames de imagem.

Marque uma consulta com o neurologista na região mais próxima de você:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Assim, o médico pode solicitar exames, como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou PET scan, por exemplo. Saiba como é feito o PET scan.

Esses exames permitem ao médico confirmar o diagnóstico e identificar a localização do tumor e seu tamanho, podendo definir o tipo e grau do glioma e, assim, encaminhar a pessoa para o oncologista para iniciar o tratamento mais adequado.

Graus do glioma

De acordo com o crescimento e agressividade, o glioma pode ser classificado em:

1. Grau I

Esse tipo de tumor grau I cresce devagar e, em muitos casos, as células ainda se parecem bastante com as células normais do cérebro e não possuem capacidade de infiltrar no tecido cerebral.

2. Grau II

O glioma grau II também apresenta crescimento lento, mas com o tempo pode ficar agressivo. Também chamado de difuso, porque se mistura com o tecido normal do cérebro, o que dificulta a remoção completa na cirurgia.

3. Grau III

Esse tipo de tumor é mais agressivo, no glioma grau III as células se multiplicam mais rápido e já não se parecem com as células normais do cérebro. Esse tumor pode se espalhar com mais facilidade dentro do cérebro.

4. Grau IV

O glioma de grau IV é o tipo mais agressivo, com crescimento muito rápido. O principal exemplo é o glioblastoma, que é o tumor cerebral maligno mais comum em adultos. Entenda o que é o glioblastoma.

Possíveis causas

As causas do glioma ainda não são totalmente esclarecidas, no entanto, sabe-se que ocorre devido a mutações no DNA das células da glia no cérebro ou medula espinhal que passam a se multiplicar de forma anormal e descontrolada.

Alguns fatores podem aumentar o risco de gliomas, como idade, sendo mais comum entre os 45 e 60 anos, exposição frequente à radiação ionizante ou histórico familiar de glioma.

Tipos de glioma

Os principais tipos de glioma são:

  • Astrocitoma: é o tipo de glioma mais comum e ocorre nos astrócitos, que são células do cérebro que ajudam a cuidar dos neurônios, mantendo o equilíbrio e a comunicação entre as células nervosas;
  • Ependimoma: têm origem nos ependimócitos, que são células que revestem os espaços dentro do cérebro e da medula espinhal, permitindo a circulação do líquido cefalorraquidiano, que protege o sistema nervoso;
  • Oligodendroglioma: é um glioma que tem início nos oligodendrócitos, que são as células responsáveis por formar a bainha de mielina, uma camada que envolve os neurônios e ajuda na transmissão dos sinais elétricos no cérebro.

Os tipos de glioma se diferenciam pela formação em células específicas do cérebro ou da medula espinhal, o que influencia tanto na sua agressividade quanto na escolha do tratamento.

Como é feito o tratamento

O tratamento para o glioma deve ser feito pelo oncologista ou neuro-oncologista, podendo incluir:

1. Cirurgia

O tratamento inicial para o glioma é a cirurgia, que tem como objetivo a remoção do tumor, sendo preciso realizar a abertura do crânio, chamada craniotomia, para que o neurocirurgião consiga ter acesso à massa cerebral e ao tumor. Entenda como é feita a craniotomia.

Essa cirurgia é normalmente acompanhada por imagens fornecidas pela ressonância magnética e tomografia computadorizada para que o médico consiga identificar a localização exata do tumor a ser removido.

2. Radioterapia

A radioterapia é feita com o objetivo de eliminar ou reduzir o crescimento das células do câncer, sendo indicada para complementar o tratamento cirúrgico de remoção do glioma.

Esse tipo de tratamento para o glioma pode ser feito sozinho ou junto com a quimioterapia.

3. Quimioterapia

A quimioterapia para o glioma utiliza remédios quimioterápicos que ajudam a destruir as células cancerígenas localizadas no cérebro ou espalhadas pelo corpo.

Os principais quimioterápicos que podem ser indicados para a quimioterapia do glioma são temozolomida, carmustina, procarbazina, lomustina ou vincristina, por exemplo.

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4. Terapia por campos elétricos

A terapia por campos elétricos pode ser indicada para o tratamento dos gliomas, especialmente o glioblastoma.

Esse tipo de tratamento é feito com o uso de eletrodos colocados sobre a pele do couro cabeludo, que interrompe a divisão das células tumorais.

5. Remédios para controlar os sintomas

Alguns remédios, como anticonvulsivantes ou corticoides, por exemplo, podem ser indicados pelo médico para aliviar, controlar ou evitar sintomas como convulsões ou edema cerebral.

Leia também: Edema cerebral: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/edema-cerebral

Esses remédios devem ser tomados somente com orientação médica, de acordo com os sintomas apresentados.

6. Reabilitação

A reabilitação para o tratamento do glioma é muito importante para melhorar a qualidade de vida, podendo ser indicada a realização da fisioterapia para fortalecer os músculos e melhorar o controle motor ou a fonoaudiologia, no caso de distúrbios da fala.

Além disso, a terapia ocupacional também pode ser indicada para ajudar a pessoa a ganhar independência nas atividades do dia a dia em casa ou na escola, como comer ou andar, por exemplo.

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Glioma tem cura?

A possibilidade de cura do glioma depende do tipo e do grau do tumor. Gliomas de baixo grau, especialmente o de grau 1, podem ser curados com cirurgia, principalmente se forem totalmente removidos. 

Já os de grau 2 crescem mais lentamente, mas são difusos e geralmente não têm cura, embora o tratamento possa controlar a doença por muitos anos. 

Gliomas de alto grau, como 3 e 4, são mais agressivos, difíceis de tratar e não têm cura atualmente, mas o tratamento pode ajudar a melhorar a qualidade de vida da pessoa.

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